domingo, 31 de março de 2013

Filhos do Mundo

 

  “Todos nos beneficiamos de uma sensação de contato com a divindade, mesmo que a sensação seja apenas imaginada.”
  (Dan Brown)

  Podemos olhar só para os benefícios do sentimento religioso ignorando qualquer malefício, mas esta não é uma filosofia de boa qualidade.
  Olhar só para os espinhos de uma roseira é tão pouco eficiente quanto olhar apenas para as rosas.
  É importante, sempre que possível, nos distanciarmos de detalhismos e buscarmos uma visão "holística". 



A palavra holístico foi criada a partir do termo holos, que em grego significa "todo" ou "inteiro".
    O holismo é um conceito criado por Jan Christiaan Smuts em 1926, que o descreveu como a "tendência da natureza de usar a evolução criativa para formar um "todo" que é maior do que a soma das suas partes".



   O principal beneficio da religiosidade talvez seja um “freio moral”.
  Pessoas com uma índole muito perversa/irresponsável fiquem intimidadas diante de um "Deus que vê tudo" de uma "justiça espiritual". 
  Não que se arrependam da perversidade, temem uma punição.
  Os indivíduos de boa índole tem suas virtudes ainda mais reforçadas.

  Essa é a "rosa" vamos ao "espinho".

  

  Por outro lado esperamos que esse Deus que vê tudo faça justiça por nós e como na maioria das vezes ele se mantém distante [pelo menos é essa nossa percepção] a perversidade permanece impune.

  Os exemplos são inúmeros.


  Quer coisa mais triste que aquele casal que não provê seu próprio sustento e coloca filhos no mundo esperando que alguma divindade cuide?

   Esperam em “deus” mas cobram do Estado/Sociedade .

  Se a fé deles é tanta porque não pedem primeiro um bom emprego ou bençãos para algum empreendimento?
  Alcançada essa graça o próximo passo poderia ser ter filhos amados e bem cuidados sem depender da ajuda de terceiros.

  Constamos que esta sensação de contado com a divindade já não é tão benéfica para quem nasce em famílias desestruturadas.
  Milhões de crianças no mundo em situação de extrema pobreza atestam isso.


  Entretanto quero ressaltar que sou "espiritualista".

  Noto alguns "fenômenos" [subversão da lógica] que sugere alguma interferência externa em nossas vidas.

  Quando a pessoa observa que é uma "escolhida", as coisas dão relativamente certo para ela [a vida de ninguém é uma maravilha] ainda vale a pena dar um peso maior para as coisas do “sagrado”.
  Mas a maioria de nós somos criaturas e os “pés no chão” deveria ser prioridade.

  Uma coisa é você ser filho do patrão ou o patrão o considerar como filho, outra coisa é você imaginar que é filho do dono.
  Muitos se imaginam filhos de Deus, irmão caçula de Jesus Cristo.

  Eu posso imaginar que sou filho do Silvio Santos o duro vai ser conseguir minha parte na herança.😏

  Trabalhar, estudar, não ser perdulário irá trazer mais benefícios para eu e os que me cercam que a minha imaginação.
  Mas este é um pensamento de alta qualidade, as pessoas são atraídas mais pela quantidade ... se movem em manadas.

  Quantos livros Dan Brown vendeu?

  Quantas Bíblias e Corãos foram vendidos no mundo?

  Quantas criaturas vivem uma vida de muitas “provações” e acreditam que serão recompensadas no pós morte quanto maior for seu sofrimento na Terra?

   A irresponsabilidade ao procriar tem suas consequências perversas.




  Li uma reportagem, ela falava que todo órfão sonha ser resgatado do orfanato por seu pai ou sua mãe.
  Quando atingem 18 anos são colocados para fora e só encontram o mundo…os filhos do mundo.

  É quando a realidade "estupra" a imaginação.

  Como culpar quem mentalmente ainda fica preso ao orfanato?
  Naquele lugar desagradável ainda podia sonhar, fora dele não tem lugar nem para dormir.
  Mas muitos sobrevivem, procuram companhia, constituem família, se transformam para os filhos os pais que nunca tiveram, em uma intangível superação de dar o que nunca teve.
 
    

  

 Na maior parte do tempo escrevo para as criaturas ... iguais a mim.


       


  Mesmo para as que não percebem sua condição, ficam mentalmente presas ao “orfanato.”

  Estão deixados a própria sorte, mas esperam o resgate de um "papai do céu".

   Um forte abraço a todos esses meus irmãozinhos…OS FILHOS DO MUNDO!

   Eu escrevo para vocês...







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sábado, 30 de março de 2013

Desconexão da Realidade

  Beber só aos fins de semana também traz riscos à saúde.
  Terra Noticias, saiba mais...





  Assisti uma reportagem sobre os efeitos do álcool.

  Em um trecho mostrou 3 amigos, um moço e duas moças, indo para a balada e depois voltando.
  Foram colocados no banco traseiro de um carro e filmados tipo "BBB".
  O objetivo era mostrar a mudança de comportamento.
  Na ida o papo foi descontraído, mas coerente, na volta só abobrinha 😆

  Confesso que muito dos últimos textos foram inspirados naqueles jovens, eles estavam tão alegres, rindo de qualquer coisa, de certo estavam “desconectados” de uma realidade.

  Inspirado neles, na minha ida ao mercado comprei uma garrafa de cachaça.
  Com muito sacrifício, aos poucos, consegui consumir 1/4 da garrafa.
  Definitivamente o álcool não é para mim.
  Além de não ocorrer nenhuma desconexão é como se estivesse envenenando meu corpo.
  Em pouco tempo até o cheiro se tornou abominável.

  Mais uma vez esbarramos nas diferentes medidas, na nossa desigualdade "genética ou espiritual".
 (Como preferir).
  O que é maravilhoso para uns é detestável para outros.
  Sou uma pessoa disciplinada, se suportasse o álcool saberia o momento certo de parar, mas porque o álcool é insuportável para mim?
  O mínimo gosto de álcool em qualquer bebida ou doce já me desagrada o paladar.
  Falar com alguém embriagado me é muito desagradável.

   Porque a experiência de consumir pinga, vinho ou Whisky?

  Não conseguir desconexão é complicado.
  Na maior parte do tempo me passa despercebido, como um cego que se acostuma com a ausência de luz.
  Porém, quando vejo pessoas tão desconectados e alegres percebo o peso da minha natureza.

  Como posso teorizar que a alegria delas é falsa, o que é alegria verdadeira!? 
  Apenas observo que naquele “momento” estão felizes.

  Há varias maneira de se desconectar da realidade.

 

  As pessoas se “embriagam” com seus cultos religiosos, recitação de mantras, fofocas, consumismo, times de futebol, ideologias…

 

 

 

 

   Já vivenciei todas essas coisas, só não consigo que elas me levem a uma desconexão da realidade, da lógica. 

  Só consigo desconexão quando durmo, se sofresse de insônia acho que seria meu fim, seria tragado pela loucura.

  Tenha muito cuidado para não ser destruído pelo alcoolismo (e outras desconexões) se conheça, saiba a hora de parar. (Não ficar fanático)
  Se a bebida tem em você esse efeito agradável da alegria ... não consigo ser muito 
contra esse prazer.
  Acho que nem Jesus era, transformou a água em vinho, na minha interpretação apócrifa penso que até ele sugeriu que para suportar a realidade por vezes nada melhor que um porre… 😄

  É, eu não fui "abençoado" com essa possibilidade então dorme William, dorme …






 

Não durma no trabalho para
 não acordar desempregado.
😆


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sexta-feira, 29 de março de 2013

Dons e Talentos

    “É impossível para um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe.”

[Epíteto] 


  Para Epíteto, uma vida feliz e uma vida virtuosa são sinônimos.
  Felicidade e realização pessoal são consequências naturais de atitudes corretas. 
  Vamos meditar sobre isso.

  Trouxe Epíteto para mostrar como o debate escrito é muito mais eficiente que o debate falado.
  Palavras escritas (ou gravadas) não podem ser ignoradas, tem o registro, no debate oral fica meio o "dito pelo não dito". 

  Epíteto passou a maior parte da sua vida vivendo como escravo, com um senhor muito cruel.
  A escravidão era muito natural no passado da humanidade não tinha o peso que tem hoje, acredito que muitas pessoas ficavam de boa nessa situação.
  O individuo já nasceu escravo ou por uma infelicidade foi tornado ... fazia parte da vida naqueles tempos.
  O detalhe aqui é: "Com um senhor muito cruel".
  Com um dono "gente boa" falar em felicidade é exagero (não acredito em felicidade), mas a vida ia seguindo tranquila.
  Esta escrito/registrado que o proprietário de Epiteto era muito cruel.
  Não dá para ser "feliz" assim a não ser que o individuo seja muito masoquista, um registro que não existe sobre Epiteto.

  Quero dizer que o que Epiteto viveu depõe contra sua linha de pensamento.
  Ele era virtuoso, praticante de atitudes corretas e não foi "feliz". 
  Epíteto quer nos convencer que foi feliz sendo escravo de um dono cruel!

  Vamos para outra questão.

  Porque a linha mestra da filosofia de Epiteto esta equivocada (segundo minha argumentação) devo ignorar tudo mais que ele escreveu? 

  A filosofia de Epiteto é fraca, mas tem alguns pensamentos geniais.

  Quando digo que a massa é medíocre muitos entendem que estou me considerando superior ou que a massa é algum tipo de escória da humanidade. 
  A palavra medíocre vem de estar dentro de uma média, mas concordo que ela ganhou um sentido "negativo" e por isso vou evitar usa-la em outros textos.
  Eu sou medíocre, provavelmente você também.

   
Mozart e Michelangelo eram pessoas medíocres, só enxergavam sua arte e mais nada, pessoas limitadas ao seu TALENTO.
  Quem pode dizer que não foram gênios ... no seu ramo de atividade?

  A vida não é exata.
  A massa é medíocre no sentido de não ter uma visão geral das coisas, mas em seus “dons”, seus “talentos”, fazem a diferença na sociedade, não são dispensáveis ou escória.

  Um excelente mecânico de automóveis ... é um excelente mecânico de automóveis mesmo que vote no 
Joaquim Roriz.
 (Aquele político de Brasília cheio de processos.) 
  Claro que sua visão política é lamentável, mas sua habilidade com automóveis pode torna-lo mais importante para sua comunidade que uma pessoa inteligente e altamente politizada que entenda que um dos grandes males da nação é nossa tolerância com a impunidade e corrupção.

  Voltando a Epíteto, ele foi vitima de seu próprio pensamento, que se diga é grandioso, muito observável.

   “É impossível para um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe.”

  Achava que já sabia que uma vida virtuosa e uma vida feliz são sinônimos, não “aprendeu” (observou) que suas idéias não correspondiam aos fatos.

  Será que uma boa e “virtuosa” dona de casa é sempre mais "feliz" que uma prostituta?

  Trabalhei em uma boate de prostituição (segurança), conversei com muitas prostitutas.
  Posso assegurar-lhes que no geral não são mais felizes ou infelizes que outras mulheres, cada caso é um caso.
  Se irão para o Inferno quando morrerem depende da crença de cada um … quem pode afirmar com certeza que Epíteto esta no “céu”?

   Quem acha que já sabe tudo que acontece pós morte física não tem como mudar sua opinião sobre coisas que acontecem na vida terrena.

  Da mesma forma um ateu que tem certeza que somos apenas maquinas biológicas não tem como mudar sua opinião sobre uma série de coisas.

  É impossível para um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe, mantenho minha mente aberta ... "só sei que nada sei."




 
Dois pensadores que considero acima da média são Sócrates e Benjamin Franklin.

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quinta-feira, 28 de março de 2013

Dinheiro e Prazer

  “O dinheiro não traz felicidade; para quem não sabe o que fazer com ele.”
[Machado de Assis]


  Quando lemos essa frase já caminhamos para o “condicionamento” da caridade, do não desperdício, da generosidade…
  Acontece que o que nos deixa "felizes" (alegres por algum tempo) é o que nos dá PRAZER, independente se a ação é considerada “nobre” ou não. 

  Descobrir o que nos dá prazer é muito importante. 
  Isso pauta muitas de nossas ações, até as que não nos achamos capazes de fazer. 

  Meditar sobre prazer tem o objetivo de entender as engrenagens que movem a humanidade, olhar o mundo como ele está ou é e não como deveria ser segundo a nossa medida/vontade.

  Suponhamos que alguém sinta prazer em ser superior as outras pessoas, goste de humilhar o próximo.
  O "psicologismo" sugere que essa pessoa é recalcada/infeliz, age assim para disfarçar sua enorme insegurança.
  Pode ser, mas todos nós temos nossas frustrações, não conheço ninguém plenamente feliz. 
  Quanto a "insegurança" tudo fica ainda mais subjetivo.
  Será que Mike Tyson ficava infeliz ou tinha uma “falsa felicidade” (como alguns gostam de dizer) quando derrubava um adversário na lona?
  Será que aquele político que já desviou milhões, não dorme direito a noite, é uma pessoa infeliz?

  Se entendermos melhor essas engrenagens podemos desenvolver uma sociedade mais eficiente no sentido que a felicidade de um não seja a infelicidade do outro.

  Podemos desenvolver ferramentas eficientes de distribuição de renda , verificar o que realmente deve ser lecionado nas escolas, desenvolve leis penas mais de acordo com a realidade..

  Felicidade NÃO existe.
  O que nos propicia momentos muito alegres/agradáveis é o PRAZER.
  Dinheiro (geralmente) torna nosso prazer mais acessível.
  Há os que sentem prazer no simples acumulo de capital, mas a maioria quer mais é gastar no que proporcione satisfação, casa, automóvel, comida, viagens, bebida, sexo, drogas, jogos... 

  O que fazer com o prazer?

  Nos policiar para que não nos tornemos monstros.
 (Cometer excessos que prejudique a vida de outros)

  Se não desenvolvemos essa “consciência” de um ponto de vista "religioso" pecamos, socialmente cometemos crimes.

  Ter prazer em cantar, plantar, dançar ... são bons prazeres.
  Ter prazer em roubar, corromper, molestar crianças ... vira caso de polícia.


    





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segunda-feira, 25 de março de 2013

A Medida

 “Uma boa consciência é um travesseio macio.”
[Frase de um anônimo]






    “Daniel e Suzane foram para o Motel Colonial, não muito distante do Campo Belo, onde deram entrada à 1h36 e gastaram R$ 350.”
[Isto É]


     As pessoas de boa índole se tomam como a medida do mundo, a medida da humanidade ... essa é uma amarga ilusão.  

  Se a pessoa de boa índole é incapaz de matar então todos são incapazes de matar.
  Quem mata "foi vitima" de alguma ocorrência na infância ou tem problemas mentais.
  O "psicologismo" tão difundido nos últimos 100 anos.

  Não acho que Suzane seja doente, anormal ou precise de algum tratamento, ela simplesmente não esta dentro daquela média que podemos chamar de pessoas de "boa índole".
  Sei que isso é muito amplo e consequentemente subjetivo.
  Então vamos deixar uma régua bem alta sem levar em consideração pequenos delitos, perfeito ninguém é.

  Bater em mulher - A grande maioria dos homens que conheço respeitam as mulheres.
  Na minha família e conhecidos briga de casal é comum, mas que chegue agressão física são poucos casos em termos de porcentagem.
  Estupro, pedofilia, atentado ao pudor ... a grande maioria dos homens que já conheci em toda minha vida não fazem isso.
  Evidente que não deveriam fazer mesmo, mas usando essa régua alta vamos considera-los de boa índole.

  No entanto já conheci homens que fizeram coisas terríveis e não vi nenhum sinal de arrependimento, por vezes houve até prazer em fazer.
  A vida deles (até onde pude investigar) foi tão normal (com altos e baixos) como a de qualquer outro.
  Então os classifico de maneira geral de indivíduos com má índole, não tem grande empatia por pessoas, principalmente as de fora do seu circulo de convivência.
  O cidadão por vezes é bom pai, marido, filho, amigo, mas fora disso toca o terror, rouba, mata é extremamente corruptor ou corrupto.

  Enfim.

  Você de boa índole que se acha a medida de todas as coisas pode até acreditar que Suzane foi vitima de alguma ocorrência na infância que ninguém ainda descobriu.
  Por falta de evidências de algum abuso/trauma "eu" a considero simplesmente de má índole.
  Graves problemas neurológicos não foram identificados.

  Aposto que rolou um sexo muito gostoso no motel e ela dormiu com uma “consciência” muito tranquila.
  Um dos irmãos Cravinhos não dormiu bem ... eufórico com sua nova moto. 
  E quanto aos cadáveres mutilados? 
  Já tinham esquecido.

“Uma boa consciência é um travesseio macio.”

   Essa frase sugere que só "pessoas boas" dormem tranquilas, só que não.

  Marginais se arrependem se são presos, não do crime em si ... a consciência deles é mais tranquila do de muitas pessoas honestas que se culpam por tudo, até pela má índole dos marginais.
😟








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sábado, 23 de março de 2013

Pensar em Voz Alta

     “Um amigo é uma pessoa diante de quem posso pensar em voz alta.”
 [Ralph Emerson]

  Só penso em voz alta quando me certifico que estou sozinho.
  Tenho dificuldade em fazer amigos.

  Meu isolamento acontece porque o mundo é muito estranho.

  Lembro de uma vez que estava indo para algum compromisso social adolescente, quando já estava saindo pelo portão minha mãe um tanto constrangida me disse que a calça estava rasgada no traseiro.
  Claro que fiquei muito chateado com a situação.
  Eu não tinha muitas roupas, minha melhor calça estava muito gasta (o tecido já não suportava costura).
  Entretanto fiquei muito agradecido a minha mãe por me avisar, seria constrangedor depois da festa saber que as pessoas me olhavam devido  um rasgo na calça...

  


  Certa vez em uma situação parecida falei a um “amigo” que sua calça estava muito curta precisava descer a barra, ele me detestou por tê-lo avisado … "porque você não cuida da sua vida!".

  Penso/observo, logo, falo.
  
  Humm ... cheguei a conclusão que se não quisesse ser considerado ainda mais chato/desagradável era melhor “evitar pensar em voz alta”.

  Certa vez um “amigo” comprou uma moto, fiquei surpreso com a quantidade de juros que ele iria pagar, daria para comprar outra moto igual aquela, mas elogiei a moto, realmente uma maquina muito bonita.


  Fiquei sabendo mais tarde de um comentário dele sobre mim: 

  “Aquele desgraçado invejoso.”


  Fiquei chateado com a situação, mas agradecido.
  Eu já estava observando que o pensamento de Emerson era só mais uma frase inspiradora”.
  O comentário foi aquele empurrão final para eu mudar de atitude.

  Hoje em dia quando alguém me conta da obtenção de um bem, procuro nem saber a forma de pagamento, nosso povo adora rolar uma divida no cartão de crédito, entrar no limite do cheque especial é “chic”.

  Vejo muitos colegas usando aquele “leasing” bancário como salário, com um nome bonito desses em inglês só pode ser um ótimo negócio … 😆
  O Banco deixa a sua disposição na conta um "empréstimo de emergência".
  O individuo tem estranhas emergências, ir a praia, comprar roupas, gastar mais no bar (ou em qualquer outro lugar)

  Já não penso em voz alta.
  Um amigo não liga tanto se o chamamos de idiota (entre homens é comum), mas se “provamos” que ele é idiota então a coisa muda de figura.

  Você se enxergou em alguma dessas situações, cartão de crédito, cheque especial, leasing?


  Façamos um trato, você não pensa em voz alta que eu sou um desgraçado e eu não penso em voz alta que você é um idiota.


  
Podemos ser amigos? 
😆


O que seria das “amizades verdadeiras” sem a falsidade...






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sexta-feira, 22 de março de 2013

Seqüência de Eventos

  “Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível.” 
[São Francisco de Assis]

  Começamos mamando no peito de nossa mãe, isso é necessário, possível e nos dá prazer.

  Se nossa mãe morrer enquanto formos bebês mamar nela não será mais possível, independente de nosso esforço, fé ou determinação.

  Deletando essa sequência de evento desagradável [morte] que não gostamos nem de imaginar ficamos com a sequência de eventos “esperada”.

  Por nós mamaríamos por muito tempo, mas nossa mãe depois de um certo tempo nos força a “largar o peito”, independente de nossa fé, esforço ou determinação.

  Essas “frases inspiradoras” na maioria das vezes são tão infantis que é espantoso o número de pessoas que deixam se guiar por elas.

  Comentei isto em um texto onde observava que no portal do Terra não tinha nenhum link para o GD de Debates, mas o indefectível link para horóscopo sempre está lá.
  Filosofia não, Astrologia sim!

  Peguemos o caso do jogador Robinho, ele tinha prazer em jogar bola e jogava, não era necessário, mas era possível.
  Ele nasceu com talento para o futebol, foi um dom, não foi algo conseguido com dor, sofrimento, obstinação…
  Jogando bola na rua, alguém do meio futebolístico viu, gostou e o ajudou.
  Já pensaram que poderia ser um pedófilo ou um assassino como o de Luziania?


  Eu tinha um colega com hiper talento para o futebol, jogou em vários campos, muitas ruas, passou por muitas peneiras, mas não apareceu ninguém que o ajudasse.
  Meu amigo fez o que era necessário, fez o que era possível e sua carreira de jogador foi impossível…

  Sim senhoras e senhores, estamos falando sobre SEQÜÊNCIA DE EVENTOS.

  Tente, se esforce, corra atrás de seus sonhos, mas não se comporte como um fracassado se eles não acontecerem.

   Não tenha a ILUSÃO que seu destino está totalmente em suas mãos porque NÃO ESTA!

  Para o Robinho apareceu um “anjo” que o levou para ao Millan, para meu amigo não apareceu ninguém e aconteceu o alcoolismo.
  Meu amigo se sentiu e se comportou como um fracassado e foi tragado pelo álcool.

  São Francisco só poderia estar certo, como duvidar do Santo?
  A culpa do sucesso não ter chegado para o meu amigo é porque “ele” não se esforçou o bastante...

  Eu não tenho a vida dos meus sonhos, sonhava em ser um grande escritor.
  Também me sinto um fracassado, mas estou muito longe de ser consumido por algum vicio, descobri há muito tempo que meu destino não está totalmente em minha mãos…

APRENDI A DUVIDAR DOS SANTOS!

  E das frases inspiradoras.

  Não me parecia possível e nem necessário duvidar dos santos, aconteceu o impossível?


“Decifra-me ou ti Devoro!”






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quinta-feira, 21 de março de 2013

Poder da Oração

   “Se você não acorda cedo, nunca conseguirá ver o sol nascendo.
    Se você não reza, embora Deus esteja sempre perto, você nunca conseguirá notar sua presença.”
[Paulo Coelho]



  Eu ver ou não o Sol nascendo é algo quase irrelevante para o acontecimento das coisas.
  O Sol irá seguir seu percurso e provocar todas as consequências mesmo que eu passe o dia inteiro no escuro do meu quarto.
  Se ver o Sol nascendo é uma imagem que me dá prazer posso até acordar mais cedo, mas não que isto vá alterar algum acontecimento, apenas acordei mais cedo para ver o Sol nascer,  depois posso até voltar a dormir.

  Na “MINHA” vida cheguei a essa mesma conclusão com relação a reza ou oração.

   Orava bastante e tinha a ilusão que as coisas “boas” que ocorriam eram em grande parte consequência das orações.

  É engraçado como tornamos algo ruim em bom imaginando que o ocorrido poderia ter sido pior.
  Um acontecimento ruim, é… ruim.
  Não se torna bom porque poderia ter sido pior.

  Você desenvolveu um câncer, mas conseguiu ser curado e credita a cura a presença de Deus em sua vida.
  Desde quando ter uma doença se tornou algo bom!?

  Se você foi a igreja e milagrosamente se curou ainda vá lá, mas se passou por um longo e sofrido tratamento ... como  pode dizer que a oração foi o mais importante?

  Observei que os “escolhidos” não precisam de oração, será que o Tiririca ou Lula são crentes tão fervorosos assim?
  (Duas pessoas de reconhecido “sucesso” em 2013)

  Para nós criaturas a oração é pura perda de tempo, somos deixados a própria sorte, algumas coisa dão certo e outras errado devido a uma “SEQÜÊNCIA DE EVENTOS” onde a oração não passa de placebo.


  Mas se você gosta de orar, assim como o Paulo Coelho gosta do nascer do Sol, ore e acorde mais cedo, sinta a presença de Deus e observe a racionalidade se distanciando, sumindo no horizonte dos eventos…


















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quarta-feira, 20 de março de 2013

Presença Física

  Tem coisas que faço por prazer, outras por necessidade e outras porque apresentam bons resultados.

  No passado ia a casa de minha mãe, lá encontrava familiares e nos estendíamos em longos debates.

  Em contato com colegas de escola, trabalho ou igreja era a mesma coisa, o debate acontecia, o tempo ficava curto.

  Eu gostava ...  até perceber que o RESULTADO era nenhum.😐

  Depois de minutos ou horas de conversa nada ficava na mente das pessoas.
  Na hora seguinte ao debate ou no máximo no dia seguinte, mesmo elas aceitando o que eu havia dito não mudavam uma virgula de seus procedimentos, suas ações.

  Necessidade de passar a tarde conversando eu não tenho, nem sou uma pessoa que gosta de falar muito, prefiro o silêncio.
  Sem resultado nenhum não tenho prazer em debater.
  Entre ficar 3 horas jogando conversa fora e dormir, ler ou assistir um filme prefiro as outras opções.

  Muitos colegas e membros de minha família cobram minha presença física.
  Querem expor suas idéias “olhando olhos nos olhos”, se negam a debater via Internet.
  Dizem que eu "fujo" do enfrentamento cara a cara.
  Não sei com que base dizem isso, todos que já debateram presencialmente comigo, sabem que sou bom nisso.

  Ocorre até um "fenômeno" interessante.
  Eu começo meio atrapalhado como se estivesse trazendo para consciência meus arquivos mentais.
  Em dado momento um "arrepio" percorre todo meu corpo e pensamentos de grande efeito começam a acontecer.
  Incontáveis textos surgiram de conversas rápidas (ou longas), durante o debate surge aquele pensamento/argumento fascinante que eu anoto e desenvolvo o raciocínio.
  
  O problema é que o debate presencial é bem mais cansativo, no entanto o que mais me desmotiva nele é a falta de resultados.
  Gasto um longo tempo com o individuo (ou pequeno grupo) e percebo que ele não salvou absolutamente nada em seus arquivos.

  Debater na Internet é bem mais eficiente, uno o útil ao agradável.
  Dividido com outros todo meu conhecimento acumulado e fico em casa.   
  Debatendo com mais pessoas sempre há a possibilidade que alguém absorva alguma coisa.

  Qual resultado eu tenho?
  Ficam os textos.

   As palavras ditas o vento leva, as palavras escritas permanecem.

  Prefiro o debate escrito por que tudo fica registrado, "salvo em arquivos".

  Se a tecnologia me permite o conforto de estar na minha casa e obter melhores resultados ... não vejo razão para retomar antigos hábitos. 
 
  Sei que muitos familiares e colegas gostam de "jogar conversa fora", comentar amenidades, não tenho nada contra, mas  é um prazer deles não meu.
 Tenho  necessidade de algum resultado.

  A Filosofia para mim só faz sentido se puder acrescentar algum conhecimento, permitir uma troca de experiências, trazer algo que torne minha vida mais eficiente, que torne a vida do outro mais eficiente.

   A mudança não tem “obrigação” de acontecer, mas ela tem que ao menos ser “possível”.

  Se a pessoa discute por discutir só pra passar o tempo, prefiro usar de outra forma o meu tempo.

   






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