sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Mosquito e a Aranha



 “Presume-se que a mulher deve esperar, imóvel, até ser cortejada.
  Mais ou menos como a aranha espera o mosquito.”
   (Bernard Shaw)

😏😂

  Concordo com Shaw.
  Vejo homens se gabando de “pegar” a mulher.
  Não é bem o que observo.
  A mulher se enfeita, perfuma, "joga sua teia" e quem cair ela vê se quer ou não.

  Essa conversa minha com um colega é bastante ilustrativa.

👨 Peguei uma garota que eu estava muito a fim.

  Pegou!
  Ela foi forçada a transar com você ou transou por prazer?

👨 Por prazer, acho.

  Ela te levou com o carro dela?

👨 Não, fui com o meu.

  Ela pagou o combustível?

👨 Claro que não!

  Ela pagou algum lanche?

👨 Não. Eu que paguei.

  Então ela pagou o motel?
👨 Também não.

 Você sabe que se ela não te achou bom de cama irá comentar com a melhor amiga e a amiga falará para outras?

👨 É, eu sei.

  Resumindo: 

a) A mulher estava afim de transar, escolheu você que foi busca-la na porta de casa.

b) Você pagou tudo.

c) Se o seu desempenho sexual não foi bom será motivo de piada.

d) Teve que ser criativo no dialogo porquê é o homem que tem “obrigação” de ter bom papo.

e) Se ela gostou agora você tem a obrigação de namorar com ela, mas se não te curtiu…tiau, tiau, largue do pé dela!

QUEM PEGOU QUEM?

  





 



     

 

 “Gostei da reflexão, mas só homens castrados agem assim.

  Os babacas domados pelo feminismo.

  São os trouxas que vão pagar caro por uma puta disfarçada e interesseira qualquer.

  Sem o mínimo de auto estima este coitado vai se prestar a uma relação de merda porque não se porta como um homem”.


   (Comentarista no G+)

 

  

  Em primeiro lugar não sei o que quis dizer com “castrados”.
  Se está se referindo a homens impotentes, esses evitam sair com mulheres até que recorram a algum tratamento, hoje em dia há vários disponíveis.

  Em segundo lugar não sou “castrado”, impotente, tenho autoestima dentro da média.
 “Culturalmente” não tive escapatória.
  No tempo de solteiro não me lembro de nenhuma mulher que eu saí ter pago alguma coisa para mim.
  (Minha esposa já pagou várias coisas, mas é outro tipo de relação.)

  Imagine, eu me interesso por uma mulher, a convido para sair e aviso:
  “Cada um paga o seu.”
(Se a moça fizesse questão disso eu aceitaria, mas nunca aconteceu)

  Você está convencendo a mulher a ir para o motel e o toque final é:
 “Você paga?”
       😄
  A moça “broxa” na hora.

  Esse meu texto não é para atacar a Cultura vigente, foi apenas para tornar as relações mais “conscientes”.
  Não tem essa história que “o homem fez mal para moça” ou “que mulher direita não transa”.

  Não sou fã da teoria de “Anular Gêneros”.
  Homem e mulher tem seus papéis sociais é um gostoso jogo da sedução... coisa que encontramos em qualquer espécie de mamíferos.
  Isso não foi “romântico”, a meditação também não é.






Janeiro 2024







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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Estranho no Ninho

  “Não há nada mais empolgante neste mundo, que ter uma criança que é sua e que ao mesmo tempo é uma estranha”.
[Aghata Christie]

  É verdade Aghata.

  Lembrei agora (18/03/2011) quando minha filha de 10 anos tinha uns 2 anos.
  Fez uma birrinha com minha esposa que disse não para alguma coisa.
  Para acabar com a birra perguntei a ela se queria que o papai batesse na mamãe.
  Ela prontamente disse que NÃO!
  Eu disse então que desse um beijo na mamãe e parasse de graça e todos ficamos satisfeitos e alegres.

  


  Passou o tempo e quando minha filha de 8 anos estava mais ou menos com 2 anos tentei usar o mesmo truque.

 - Quer que o papai bata na mamãe?
 - “Quero”.

  Fiquei sem saber o que dizer, minha esposa ficou uma arara… 😄

  Acabamos todos rindo muito, mas algo interessante ainda estava por acontecer.
  Umas 3 horas depois aquele toquinho de gente me perguntou se eu já havia batido na mamãe!!

  A peguei no colo e disse que bater nas pessoas é muito feio.
  Perguntei se ela não gostava da mamãe, ela disse que amava a mamãe, então fiz umas cócegas nela e disse que então não deveríamos bater na mamãe o que ela para meu alivio concordou.

   Porque para uma filha a violência era inconcebível e para outra aceitável?

  A mesma casa, minha cunhada Idalina esteve presente igualmente cuidando de ambas quando saíamos para trabalhar, nosso casamento não passou por nenhuma crise, gestações tranquilas…

  É Aghata, filhos, tão nossos e tão estranhos.

  Eu digo...

  Geramos o corpo, mas o “espirito” que o habitará de onde virá?











Aqui em casa foi bem assim... 

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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Energia Nuclear


   Líder budista culpa "prepotência humana" por tragédia no Japão.

 “Em evento ecumênico em São Paulo, o reverendo budista Kensho Kikuchi, 73, acusou a “prepotência humana na busca de dominar a natureza e ter cada vez mais comodidades”, como parte da causa da tragédia que vive hoje o Japão, referindo-se aos acidentes na usina nuclear da província de Fukushima –que ocorreu após terremotos e tsunami.”

  De 1950 até hoje a população japonesa cresceu em torno de 40 milhões de pessoas.
  Não é pouca coisa, é muita gente para aquele pequeno território.

  Observo que a “prepotência humana” permite a sobrevivência dessa população de mais de 120 milhões de pessoas de uma forma tão abastada e pacifica como nunca na história daquele país.
  O Haiti que não tem um povo tão prepotente sofreu muito mais baixas no terremoto de 2010, o que nos leva a contrariar o reverendo.

  Esses pensadores avessos aos avanços tecnológicos não enxergam o obvio.
  Sabemos que a Terra não durará para sempre, se tivermos tempo inevitavelmente teremos que colonizar outros planetas.
  Para isso precisamos de mais tecnologia e não retrocesso.

  Essa população de 120 milhões consome uma enormidade de energia, as usinas nucleares são uma NECESSIDADE, paremos de HIPOCRISIA.

  Claro que não devemos ignorar ou subestimar os riscos envolvidos.
  Nada é 100% seguro.
  O planeta Terra não é e nunca foi uma máquina perfeita e altamente previsível.

  Imaginem que um pequeno meteoro caia na barragem de Itaipu ou próximo a ela provocando um forte tremor de Terra, conseguem imaginar o tamanho da tragédia e o número de mortos principalmente na Argentina?

  Os religiosos diriam que:
 “Deus não permitiria uma coisa dessas…”

  Bem, crenças a parte, como podemos nos preparar?
  Por medida de segurança desativar Itaipu!?

  Percebem que viver é um risco?

  Embora perigosa, nesse momento, a humanidade não pode abrir mão da energia nuclear.
  Devemos continuar “prepotentes” e tornar as usinas ainda mais seguras enquanto não dispomos de outras alternativas.
  Se desenvolvermos bastante a fusão “a quente” quem sabe um dia cheguemos a uma fusão a frio.

  Meus mais profundos sentimentos a todos os humanos atingidos por essas catástrofes naturais, pessoas do Haiti, Nova Zelândia, Chile e agora Japão.

 Precisamos de mais tecnologia não menos.
 Se isso é ser prepotente então viva a prepotência e abaixo a HIPOCRISIA!

  


Tsunami no Japão - 2011.

  “De acordo com as autoridades, houve 15 894 mortes confirmadas e mais de 2 500 ainda desaparecidos.
   O terremoto causou danos substanciais ao Japão.
   A Central Nuclear de Fukushima I sofreu uma explosão aproximadamente 24 horas depois do primeiro sismo, e apesar do colapso da contenção de concreto da construção, a integridade do núcleo interno não teria sido comprometida.”





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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Sobre Virtude




  “A virtude não passa de tentação insuficiente.”
   (Bernard Shaw)

   Bernard está dizendo de forma graciosa que:

  “Todo homem tem seu preço.”

   ou

 “Não existe mulher fiel, existe mulher mal cantada.”

  Coisas desse tipo.

  Lembrei agora que Adão foi obediente a Deus, ele não comeu e possivelmente não comeria o fruto se não tivesse sido tentado por Eva.
  Eva era obediente a Deus, não comeria o fruto se não houvesse sido tentada pela “serpente.”

  Me parece que o próprio Deus foi colocando uma tentação cada vez maior até que fosse superada a virtude do homem.

   A lógica nos diz que não fomos criados sem virtude, a virtude é natural em nós.

  (Virtude = Disposição constante do espírito que nos induz a exercer o bem e evitar o mal.)

  Do jeito que Bernard escreveu a frase (não sei se foi sua intenção) parece que somos naturalmente maus, perversos.
  Temos essa impressão também ao lermos as doutrinas de várias religiões e vários pensadores inclusive ateus.

  Reconheço que há pessoas perversas ou de baixíssima empatia, mas que nós humanos somos naturalmente maus, não consigo observar nada que corrobore.

  Desenvolvemos inúmeras leis de proteção a vida, é difícil localizarmos uma cultura onde o assassinato não seja crime punível.
  Que ser naturalmente mau ajudaria os mais fracos como tantos de nós fazemos!?
  Atualmente avançamos rapidamente concedendo direitos até a animais de outras espécies, aqui em Campinas foi uma dificuldade incrível matar algumas capivaras que estavam infestando um parque com carrapatos.


  “Campinas abate capivaras após polêmica com ambientalistas.”



  Vamos ao início de tudo, a infância.
  Nas creches/escolas notamos os brigões, mas a maioria das crianças são umas “bananas”, apanham e só fazem chorar ou procurar a tia.
 

  Olhando muito para dentro de eu mesmo me sinto naturalmente bom, não tenho nenhuma vontade de fazer mal a ninguém, muito pelo contrário.
  Pessoas que me irritam simplesmente prefiro manter distância.
  Desejo punições, mas só para quem faz mal, comete crimes.
  Mesmo assim quero presídios que ofereçam condições dignas.
  Defendo a pena de morte, mas que seja o mais rápida e indolor possível.

  E você, olhando para seus pensamentos mais íntimos, tem mais bem ou mal?



   


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domingo, 25 de agosto de 2013

Mediocridade

  “Deus deve amar os homens medíocres.
    Fez vários deles.”
      [Abraham Lincoln]

  Ser medíocre no conceito original é estar dentro da média entre dois termos de comparação.

  Isso não é ofensivo, é natural que seja assim.
  Vamos a uma visualização matemática.

  Grupo de 100 alunos.

 10 acertaram mais de 80% das questões do ENEM.

 10 acertaram menos de 20% das questões.
 (Não sabem nem porcentagem e não irão entender o que estou escrevendo 😄)

  80 acertaram mais de 20% e menos que 80% estão dentro da média.
 
  Entenda que em qualquer ramo de atividade terá em uma ponta os muito eficientes e na outra os menos ineficientes, entre eles estão os medíocres ... os “dentro da média”.
  Não é tão legal quanto estar no topo, mas bem melhor que estar nas últimas posições.

  Porem ser chamado de medíocre em algum momento passou a ser ofensivo.

  “Ser medíocre significa não ter qualidades ou habilidades suficientes para se destacar naquilo que se propõe a fazer, seja na vida pessoal ou profissional.
  Uma pessoa medíocre é vulgar, tem poucas qualidades, é uma pessoa pobre do ponto de vista intelectual.”

  Todos nós somos medíocres na maioria das atividades, nos destacamos em algumas.

  Freddie Mercury foi um cantor sensacional, não sei dele se destacar em alguma outra atividade.
  Albert Einstein foi um cientista e filosofo brilhante, não sei dele cantar bem, ser um grande poeta ou pintor.
  Abraham Lincoln se destacou na política, mas os meios que usou para isso nem sempre eram os mais “éticos”.

  Quando me chamam de medíocre não considero ofensivo se a base de comparação é Aristóteles, Maquiavel, Franklin, Sócrates, Pitágoras, Confúcio ...
  Se a pessoa nem ao menos sabe quem são esses pensadores ... como posso me sentir ofendido!?
 
  Nós medíocres não temos aquela inteligência que se possa dizer:
   “Oh, meu Deus como ele é inteligente!”
  Mas temos inteligência suficiente para cuidar de nós mesmos, assumirmos nossas RESPONSABILIDADES INDIVIDUAIS.

  Tenho respeito pelo medíocre o que me espanta é que ele mesmo não se respeita, tem constante “crise de identidade”.

  Vamos falar de dinheiro que fica mais fácil para a maioria medíocre mentalizar 😄.
  (Os abaixo da média já pararam no primeiro parágrafo.)


  Você é classe média, tem vida razoável, estando empregado vai tocando sua vida sem grandes luxos, mas também longe da miséria.
  Mas ao olhar quem está lá no topo se sente “escravo”, “dominado”, “explorado” ... não quer um mundo de “desigualdades”.
  
  


  Minha pergunta é:

   Se somos desiguais em nossas capacidades, habilidades e situação de nascimento, como é possível que todos tenham a mesma situação financeira?

  Para que todos acertem mais de 80% das questões do ENEM precisamos baixar muito o nível da avaliação ou achar alguma formula magica onde todos os alunos se dediquem muito aos estudos.

  Não acredito que baixar o nível da escolarização vai ser bom para o Brasil e duvido de “fórmulas magicas”.

  Porque a “Classe Medíocre” se odeia tanto?
  Odeia ainda mais a “Classe Top”.
  E estranhamente santifica a pobreza!





 .

sábado, 24 de agosto de 2013

Pastoral do MST


  Os padres que estão no comando da Igreja Católica foram formados na década de 60 e 70.
  Nesse período no Brasil havia uma simpatia generalizada pela URSS.
  Havia a "possibilidade" de sermos uma enorme Cuba na gestão João Goulart.
  Os militares interviram e não chegamos a tanto.

  Golpe de 1964 

  Predominava uma visão romântica do Comunismo, os seminaristas e padres não eram exceção.
  Acreditavam no fim do capitalismo e no sucesso da Teologia da Libertação.

  Vindo para os dias de hoje ...

  Estava assistindo a Século 21 (emissora católica), notei que há muitos padres jovens e a tendência é o movimento carismático.

 Os atuais “padres shows” é que daqui algum tempo darão as cartas, a geração formada em 60 está caminhando para o descanso eterno. 

  A situação que observamos é um resquício do passado.
  Para algumas pessoas  parece que o “muro” nem foi derrubado, elas pararam no tempo.
  A Igreja Católica, por seu tamanho, sempre apresenta um retardo em relação a atualidade, mas daqui alguns anos  os padres “socialistas” estarão mortos e os padres de “resultados” estarão no poder.

  Oh! Glória a Deus… 😏



 "Entra na minha casa
   Entra na minha vida
   Mexe com minha estrutura
   Sara todas as feridas
   Faz um Milagre em mim."


  A população em geral "parece" estar despertando da ilusão socialista, mas não dá pra comemorar muito, o que não falta na América Latina são "recaídas".

  Essa matéria do Estadão é muito interessante e importante, achei melhor copiar, para não correr o risco do link ficar indisponível.


                                               


  XICO GRAZIANO


   06 Agosto 2013 

 

  O País sem o MST.

 

  Noutro dia, em seminário do PT na Bahia, Lula lançou um enigma:

 

   "Eu fico pensando o que seria o Brasil se não fosse o MST".

 

  A resposta me brotou fácil, haveria mais prosperidade e paz no campo.

  Explico o porquê.

 

  O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) originou-se em 1979, motivado pela luta agrária dos colonos gaúchos nos municípios de Ronda Alta e Sarandi.

  O regime militar, que comandava o País na época, tentou desmantelar, pelas mãos do famigerado coronel Curió, aquela inquietação camponesa.

  Ao contrário, porém, sustentado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e apoiado por líderes da oposição democrática, o episódio prosperou, agigantando-se o acampamento de sem-terra.

 

  Cinco anos depois (1984), 8 mil pessoas invadiram a Fazenda Annoni, demonstrando uma ousadia que, de pronto, ganhou a simpatia da opinião pública.


  O sucesso da empreitada guindou a nova organização à liderança da ação "antilatifundiária" no campo.

  Seu antípoda, criado no debate da Constituinte, era a União Democrática Ruralista (UDR).

  Seu rival "interno", de quem procurou sempre se diferenciar, era a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), considerada "pelega" pela esquerda de então.

  A sociedade em mudança adotou o MST.

 

  Assim, no estrebuchar da ditadura, renascia no País a tese da reforma agrária.

  Agora, porém, a causa vinha despida de sua lógica econômica, conforme fora idealizada nos anos 1960, para se carregar de conteúdo social.

  Com a bênção da Teologia da Libertação, um pedaço de terra redimiria os excluídos do campo.

  Nascia uma utopia agrária.

 

  Ruíra em 1989 o Muro de Berlim.

  Por aqui, findos os anos de chumbo, avançava a redemocratização.  

  Simultaneamente, avançava a modernização capitalista da agricultura, modificando a dinâmica do agro; antigos latifúndios viravam empresas rurais.

  Mais à frente, o Plano Real retirou da terra ociosa seu ganho especulativo, empurrando-a para a produção.

  Começava o império da tecnologia na agropecuária brasileira.

 

  Nesse caminhar da História, a bandeira revolucionária do MST começou a perder seu brilho.

  Foi então que a organização decidiu, em 1995, mudar sua estratégia, partindo para o confronto direto com os fazendeiros do País: invadiu a Fazenda Aliança, situada em Pedra Preta (MT). 

 Pertencente a um conceituado líder ruralista, a propriedade mantinha excelente rebanho, elevado rendimento, 29 casas de alvenaria, 160 quilômetros de cercas, 21 empregados registrados, reserva florestal intacta, um brinco produtivo.

  Acabou nesse momento o MST "do bem".

  Inaugurando a fase ulterior da crise agrária, as invasões de propriedades tomaram conta do Brasil, avançando especialmente contra as pastagens de gado.

  Incontáveis "movimentos" surgiram alhures, arrebentando cercas, roubando gado, fazendo "justiça" com as próprias mãos.

  Verdadeiras quadrilhas disfarçaram-se de pobres coitados e saquearam regiões, como no sul do Pará. Banditismo rural.

 

  O MST militarizou-se.

  Seus quadros passaram a fazer treinamento centralizado, o comando definiu regras de comportamento e seleção.

  Centros passaram a oferecer cursos de capacitação, baseados na cartilha básica intitulada Como Organizar a Massa.

  Doutrinação pura.

  Nascido como "movimento social", o MST transformou-se em rígida organização, adentrando a cidade.

  Recrutando miseráveis urbanos, montou uma "fábrica de sem-terra" no País.

  Nunca mais a reforma agrária encontrou seu eixo.

 

  Como teria sido a reforma agrária sem o terrorismo das invasões de terras?

 

  Primeiro, seria certamente um programa mais bem planejado, articulado, e não um remendo açodado para resolver conflitos.

  Não trombaria com a agronomia nem com a ecologia, projetando assentamentos tecnicamente viáveis.

   Não faria da reforma agrária um foco de devastação ambiental, conforme se verifica em toda a Amazônia.

  Não confundiria remanescentes florestais com terra inculta, promovendo uma infeliz união da miséria com a depredação ecológica, como, entre tantos exemplos, provam a Fazenda Zabelê, no litoral de Touros (RN), ou a Fazenda Araupel, em Rio Bonito do Iguaçu (PR).

 

  Segundo, os beneficiários da reforma teriam aptidão reconhecida para a lide rural, jovens habilitados, filhos de agricultores familiares, jamais viriam dos excluídos da cidade.

  O vestibular da terra seria a capacitação, nunca a invasão.

  Os assentamentos rurais estariam baseados na produção tecnológica, integrada ao circuito de mercado, nunca firmada na roça de subsistência, isolada.

  Os novos produtores se emancipariam, seriam titulados, e não, como ocorre hoje, se tornariam subservientes ao poder.

 

  Terceiro, e em decorrência dos anteriores, a reforma agrária seria menor em tamanho, porém muito maior em qualidade.

  Geraria produção e renda.

  Daria à sociedade retorno do investimento público.

  Hoje, acreditem, nem se avalia o custo-benefício dos assentamentos.

  Nunca se mediu sequer a produção agropecuária advinda das áreas reformadas no Brasil, que atingem 90 milhões de hectares, envolvendo 1,2 milhão de assentados. Ninguém sabe quanto nem o que produzem.

 

  Conclusão: O distributivismo agrário resultou na mais onerosa e fracassada política social da História brasileira.

   Para se ter uma ideia, o custo médio de cada assentado beira os R$ 100 mil, valor que manteria uma família durante 13 anos recebendo um salário mínimo mensal.

  Com uma agravante, pelas mãos raivosas dos invasores de terra se criou no País um foco contínuo de encrenca, antipatias, inimizades.

 

  O que seria do Brasil se não fosse o MST?

  Respondo ao Lula, tranquilamente: mais produtivo e fraterno no campo.

 

 * Xico Graziano é agrônomo, foi secretário de agricultura e secretário do meio ambiente do estado de São Paulo.

 

  Link - Estadão



 





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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Teologia da Libertação

   

  A Teologia da Libertação surgiu em uma época que a humanidade acreditava que caminharia inexoravelmente para o Comunismo com a falência do Capitalismo.


  Teologia da Libertação é um movimento de teologia política, que engloba várias correntes de pensamento que interpretam os ensinamentos de Jesus Cristo em termos de uma libertação de injustas condições econômicas, políticas ou sociais.
  Ela foi descrita, pelos seus proponentes como reinterpretação analítica e antropológica da fé cristã, em vista dos problemas sociais, mas outros a descrevem como marxismo cristianizado.”


   Quando a URSS colocou o primeiro satélite em órbita pareceu claro para todos a sua superioridade organizacional e social.

  Somado a isso, todo “ocidental” que tinha permissão para visita-la ficava exposto a um teatro produzido pelo partidão, todas as notícias que partiam da URSS eram excelentes.

  A imprensa ocidental não tinha aceso a informações sobre a URSS e as que vazavam para o exterior tinham a censura prévia do Comunismo, endeusando o regime.
  Na União Soviética não tinha fome, desemprego, moradores de rua.
  Na União Soviética saúde, educação, segurança era tudo maravilhoso e de graça.

  Nas décadas de 60 e 70 havia uma crença/aposta que no mundo iria predominar o Comunismo/Socialismo.
  Padres simpáticos as ideias de Marx tentaram adaptar o cristianismo católico a essa nova realidade.
  O que não seria fácil uma vez que o marxismo prega o fim das religiões.
  Os padres da Teologia da Libertação transformaram as missas em doutrinações politicas deixando em segundo ou terceiro plano a religiosidade em si.
  Os novos “santos” eram Fidel Castro e Che Guevara.


  “Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira.”
  (Che Guevara)


  Na década de 80 a URSS começou a passar por grandes dificuldades e com o desenvolvimento das tecnologias de comunicação não dava mais para esconder.
  Os mesmos satélites que deram uma imagem de superioridade aos russos, passaram a transformar o mundo em uma “aldeia global” levando imagens a bilhões de televisores.
  O que vimos foi que os gastos militares soviéticos eram astronômicos por isso o grande avanço a tudo relacionado nessa área.
  Mas o povo não vivia tão bem assim.
  Filmes americanos (e de outras nações do Ocidente) eram proibidos simplesmente porque mostravam uma qualidade de vida muito superior mesmo se tratando dos mais pobres.
  Mostravam que "a primavera era capitalista".


  Aqui no Brasil de hoje dá para termos uma noção desse sentimento.
  Nos filmes americanos vemos que os pobres vivem em casas enormes para o padrão brasileiro.
  Naquele filme “Todo mundo odeia o Cris” a casa do cara é uma mansão perto do meu apartamento.
  Se comparar com a “casa” de fundo que eu morava na adolescência ...não dá nem pra comentar... 

                                      


   Enfim:
  Na década de 80 o Comunismo foi se mostrando uma grande furada e a Teologia da Libertação seguiu pelo mesmo caminho.
  O Vaticano foi rápido em desfazer o mal-entendido, mas esse tipo de ideologia é difícil de ser eliminada totalmente, idéias são vírus poderosos.

  Vamos a uma grande provocação filosófica.
  Defendo que a Teologia da Prosperidade é um “mal menor” se comparada com a Teologia da Libertação.




  “Teologia da prosperidade (também conhecida como Evangelho da prosperidade) é uma doutrina religiosa cristã que defende que a bênção financeira é o desejo de Deus para os cristãos e que a fé, o discurso positivo e as doações para os ministérios cristãos irão sempre aumentar a riqueza material do fiel.
  A doutrina interpreta a Bíblia como um contrato entre Deus e os humanos; se os humanos tiverem fé em Deus, Ele irá cumprir suas promessas de segurança e prosperidade.
  Reconhecer tais promessas como verdadeiras é percebido como um ato de fé, o que Deus irá honrar.”



   Igrejas como a Universal incentivam o cidadão pedir a Deus, mas também ir à luta.
  Entre incentivar o indivíduo ao progresso trabalhando, estudando, confiando em Deus e incentivar o indivíduo a invadir propriedades e ter ódio de qualquer um que seja empresário (representante mor do capitalismo selvagem e destruidor), fico com a primeira opção.
  As igrejas pentecostais que adotam a Teologia da Prosperidade até incentivam o indivíduo a ser empresário.

  No campo político ao invés de se associar a guerrilheiros os protestantes disputam eleições, participam do jogo democrático.
  A Teologia da Prosperidade tem sido útil incentivando o indivíduo a ser um bom cidadão buscando seu melhor.
  A Teologia da Libertação foi um engano colossal da Igreja Católica, esses padres da TL são pensadores perdidos no tempo.
  Aqui no Brasil dão apoio a movimentos como o MST.

  Quero salientar que o Vaticano percebeu rapidamente o engano da TL e corrigiu os rumos da Igreja Católica:

  “A influência da teologia da libertação diminuiu após seus formuladores serem condenados pela Congregação para a Doutrina da Fé em 1984 e 1986.
  A Santa Sé condenou os principais fundamentos da teologia da libertação, como a ênfase exclusiva no pecado institucionalizado, coletivo ou sistêmico, excluindo os pecados individuais, a eliminação da transcendência religiosa, a desvalorização do magistério, e o incentivo à luta de classes.”

  A Teologia da Libertação persistiu na mente de padres comunistas como Leonardo Boff por exemplo que entre outras pérolas dizia:
  

  “Para aqueles com estômago elitista, lugar de peão é na fábrica produzindo, alimentando a bomba do Capitalismo!”


  Não preciso dizer mais nada.