segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Sobre o Medo

  “Não tenha vergonha de admitir seus medos, tente enfrenta-los SÓ em caso de necessidade.”
  [William Robson]

  Li e ouvi incontáveis vezes:

  “Temos que enfrentar nossos medos.”

  Não vejo lógica em fazer isso, a vida é curta, prefiro gastar meu tempo perseguindo o PRAZER.

  Suponhamos que você tem 2 horas livres, gosta de jogar vídeo game e tem medo de baratas.
  Entre o prazer do jogo e ficar procurando baratas ... a opção me parece óbvia.

  Digamos que você tem medo de avião e avião não precisa fazer parte do seu meio de transporte, que lógica tem em enfrentar esse medo?

  Me parece muito masoquismo ou desinteligência ficar combatendo medos gratuitamente, sem necessidade.
 “Para crescer como pessoa”.

  Tenho medo de ficar doente, então deveria buscar a doença para provar para eu mesmo que posso supera-la!!
  Evito doença o máximo que posso com higiene, boa alimentação e exercícios.

  Você tem medo de engravidar, a dor do parto?
  É um medo justificável, só o enfrente quando se fizer necessário.
  Começou a doer muito faça cesariana, não sofra mulher!

  Tem medo de falar diante de uma plateia?
  Não fale.
  Poucas profissões exigem que sejamos ótimos oradores.
  Se isso passar a ser um entrave profissional faça algum curso de desinibição ou curso de teatro sem grandes pretensões.

  O importante é que você enxergue importância em enfrentar seu medo, perceba alguma vantagem/necessidade.

  Se é só na intenção de “provar” para si mesmo (ou outra pessoa) que pode fazer alguma coisa da qual tem “aversão” ... considero desperdício de tempo e energia.

 Dê um passo além, pense em 3D.

  Descubra do que NÃO TEM MEDO.

  Não ter medo de altura (por exemplo) pode lhe render um bom dinheiro trabalhando em lugares altos ou até muito prazer voando de asa delta ou saltando de paraquedas.

  Fiquei sabendo de uma mulher que era do serviço de limpeza, descobriu que não tinha problemas em cortar pessoas, fez cursos, hoje está bem de vida fazendo necropsias.

  Não tenho medo de me expor ao ridículo escancarando minha mente, para eu nunca trouxe nada de bom, mas já fez o sucesso de muitos escritores e compositores, Raul Seixas e Nelson Rodrigues são bons exemplos.


  Enfim, criou-se em nossa cultura esse “dogma” que temos que enfrentar nossos medos.
  Se fossemos enumerar todos nossos medos descobriríamos que são tantos que é melhor deixá-los adormecidos em algum canto da mente, para que mexer com quem está quieto?

  Tenho uma dica.

  Evite confrontar seus medos, mas NÃO evite pensar sobre eles.

  Vamos a um exemplo rápido e simples.
  Lembro de na infância ter tido muito medo de baratas.
  Sabem como é, casa de pobre, por vezes faltava dinheiro até pra comida imagine comprar inseticida.
  Baratas faziam parte da minha vida.
  Comecei a pensar no “perigo real” que uma barata representava pra mim.
  Fisicamente quase nenhum, elas são frágeis, não picam, não mordem.
  Fantasiamos que podem entrar por nossos orifícios 😄 mas eu particularmente não sei de nenhum caso.
  Depois de meditar cheguei à conclusão que o mais “nojento” nas baratas era o contato delas com alguma comida.
  Comecei a colocar alimentos em embalagens que dificultassem o contato de qualquer inseto, até hoje faço isso com um certo exagero ... confesso.

    

  Depois de muitos testes descobri que grampos para prender papéis são muito práticos para fechar embalagens.
  Em casa tem uma porção deles.

  Eu deveria ter medo de ficar louco e ... tenho.




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