quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Mercado Saturado


 “O assunto mais importante do mundo pode ser simplificado até ao ponto em que todos possam apreciá-lo e compreendê-lo.
  Isso é - ou deveria ser - a mais elevada forma de arte.”
 [Charles Chaplin]

  Não sei qual é o assunto mais importante do mundo, vou simplesmente meditando sobre assuntos.
  Hoje é sobre “Mercado Saturado” espero que todos possam compreender.

  Li uma matéria que o mercado literário está saturado, por isso a leitura “perde espaço”.
  (Não encontrei um link para colocar)

  Meu primeiro contraponto a matéria é:

  Leitura ou literatura só conta se for impressa em papel!?

  Você não está realmente lendo esse Blog porque o meio é digital!?

  Sei lá, depois de ler muito, faz algum tempo prefiro escrever.
  Leio muito sobre notícias e a partir delas comento ou escrevo textos.
  Uns 95% do que leio é no meio digital.
  Se eu tivesse 10 anos hoje, com minha característica, acredito que leria tudo que já li usando agora um tablete ou smartphone.
  Com as caraterísticas da minha família na infância seria difícil comprar, mas algum usado poderia receber até de doação.
  O acesso à internet ficaria mais complicado.
  De qualquer forma, o livro impresso não seria minha primeira opção.

  Simplificando ao máximo:

  Leitura é leitura, não importa se está escrito na pedra, madeira, papel ou tela.
  Se o cidadão leu “O Escaravelho do Diabo” no papel ou no tablete ... que diferença isso faz realmente!?


  Vamos a algo mais complexo difícil de simplificar.
  Notei que em algumas fases da humanidade as artes aparecem de forma exuberante.
  É como se por um período várias mentes fossem “iluminadas” ou fosse retirado o que as impedia de brilhar, de alcançar o sucesso.
  Intrigado com esse fenômeno me atirei em uma profunda meditação e percebi algo muito interessante.

  Em todas as épocas há mentes brilhantes, mas por algum motivo o que elas produzem não chega ao grande público

  Graças a Internet escuto músicas que não estão nas paradas de sucesso.
  É espantoso como tem músicas boas sendo produzidas no Brasil e no mundo, mas inexplicavelmente não atingem o grande público.

  Já se perguntaram porque o mercado musical não está saturado para o Sertanejo Universitário?

  Me disseram um dia que estamos na era da superficialidade, que não há mais público para obras mais profundas, no entanto quando vejo o sucesso de séries como House ou CSI (episódios antigos) que oferecem uma profundidade filosófica não posso concordar que a humanidade no estágio atual não esteja preparada ou sedenta por um discussão filosófica mais complexa.
  No mundo da Arte não há saturação, se tiver 2, 3 ou 4 filmes bons os 4 serão assistidos, um não irá tirar o público do outro.
  Cinemas em geral funcionam 7 dias por semana.

  Por alguma “interferência/ciclo” pessoas extremamente medíocres (para o meu gosto) estão ocupando postos de comando e decidindo o que devemos ler, assistir ou ouvir.
  Peguemos a novela dás 8 da Globo, se fossem selecionadas 12 músicas de qualidade para sua trilha sonora de certo fariam sucesso, mas as escolhas são desagradáveis.
  (Sem generalizações e de acordo com MEU gosto.)

  Hollywood deve receber centenas de roteiros todos os anos é impossível que no meio não tenha alguns muito bons, mas quem tem poder para decidir o que vai ser filmado atende ao próprio gosto ou o que acha que vai ser mais lucrativo.
 
  Se todas as artes entraram de maneira tão precária nesse novo século, não observo que seja um problema de mercado saturado, há mercado e muito.
  Converso com muita gente que quer ir ao cinema, mas não encontra a motivação de um bom filme, acabam indo meio que por tradição, assistimos filmes tão fracos que depois de 1 hora nem lembramos direito sobre o enredo.

  Lembrei agora da Motown, todo mundo dizia que não havia mercado para a música negra, mas o iluminado Berry Gordy reuniu alguns bons artistas e a arte floresceu de maneira espetacular.

“Apesar de terem existido músicos negros norte-americanos de grande sucesso antes dos anos 60, incluindo Louis Armstrong, Ella Fitzgerald, Nat King Cole, e Chuck Berry, a Motown foi a mais importante lançadora de artistas negros desde seu surgimento até o surgimento do chamado "hip hop".
  Foi também a primeira a lançar músicas que deixavam de lado o puro e simples lirismo e mergulhavam também em temas sócio-políticos.”





  Todos os dias espero esse novo iluminismo artístico.
  Algumas mentes brilhantes ocupando meios de comunicação poderosos fazendo a Arte florescer.
 Descobrindo miquelangelos, tons jobins, benjamin franklins…

 Como tanta mediocridade tem chegado ao poder, ao comando das coisas?

 Não sei!
 Nem parece coisa desse mundo…

 Já falei de literatura, música e o que falar da pintura?


  O que Leonardo da Vinci, Michelangelo, Caravaggio ... diriam desse tipo de quadro:





  Meu Deus!



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