Se o indivíduo sente
vontade de fazer o mal e não faz, isso é louvável.
Se o indivíduo não sente vontade de fazer o
mal, é melhor ainda.
“Já nos primeiros anos de escola eu era uma criança isolada pelos meus pensamentos.
Um dia meu pai me levou à escola e eu naturalmente, como sempre fazia, fiquei em um cantinho distante de todos perto do alambrado até chegar a hora de entrar.
Naquele dia meu pai discutiu um tanto ríspido com minha mãe sobre minha dificuldade de socialização, meu pai achava que era culpa da minha mãe e minha mãe dizia que era culpa do meu pai.
Eu não sabia de nada, até hoje não entendo a maioria das coisas, mas não queria ver meu pai e minha mãe discutindo então quando meu pai me acompanhava até a escola (foram raríssimas vezes) eu me aproximava de uma roda de alunos e fingia ter muitos amigos, quando meu pai sumia no horizonte satisfeito, eu voltava para o meu cantinho, observando a vida de longe, tentando entender seu sentido.”
➽ Naturalmente Chato
Um dia meu pai me levou à escola e eu naturalmente, como sempre fazia, fiquei em um cantinho distante de todos perto do alambrado até chegar a hora de entrar.
Naquele dia meu pai discutiu um tanto ríspido com minha mãe sobre minha dificuldade de socialização, meu pai achava que era culpa da minha mãe e minha mãe dizia que era culpa do meu pai.
Eu não sabia de nada, até hoje não entendo a maioria das coisas, mas não queria ver meu pai e minha mãe discutindo então quando meu pai me acompanhava até a escola (foram raríssimas vezes) eu me aproximava de uma roda de alunos e fingia ter muitos amigos, quando meu pai sumia no horizonte satisfeito, eu voltava para o meu cantinho, observando a vida de longe, tentando entender seu sentido.”
➽ Naturalmente Chato
Vou dividir com
vocês algo que não entendia quando criança e continuo não entendendo.
Mesmo sendo uma comédia o titulo já me desagrada.
Como se tornar o pior
aluno da escola.
Que graça tem
isso!?
O que me provocou
essa meditação foi uma Rodada da Noite (um quadro do programa) onde os
convidados relataram suas traquinagens na escola, coisas pra lá de idiotas.
Danilo conta com
certo "orgulho" a vez que subiu no telhado da escola e jogou objetos em quem
passava.
Acho muito
primitivo.
Aceito numa
boa esse comportamento ... em um chimpanzé.
Um ser humano
supostamente inteligente fazendo isso ... não entendo.
Não me lembro de
alguma vez ter feito alguma traquinagem com colegas de escola.
Desrespeitar
qualquer professor era impensável pra mim.
Antes de
demonizarem Danilo e seus convidados...
No trabalho eu
estava próximo há um grupo de "idosos" (pessoas com cerca de 65 anos) como não
sou surdo e não podia sair do local, ouvi eles conversarem sobre as peraltices na infância.
Uma mulher falou
de como enganava a mãe para nadar com garotos em um lago distante.
Claro que a mãe
descobria e ela apanhava, mas bobeou ela fugia para o lago, imaginem o perigo, uma garota na "pré adolescência" em lugar ermo, por sua conta e risco.
Um homem falou
sobre como judiava de cães e gatos.
Outro de como
usava seu estilingue para quebrar janelas.
Todos riam, "orgulhosos de seus feitos".
Entendo que em
nossa infância nos falte juízo.
Claro
que fiz coisas idiotas, a diferença é que não consigo me orgulhar nem achar
graça.
Uma coisa idiota
que fiz foi mexer na válvula do pneu de um carro do meu tio.
Eu era curioso de
como o ar entrava e não saía, queria entender o mecanismo.
Mas ao saber que esvaziar o pneu prejudicava o veículo parei de fazer, ajudou também meu tio
ver e ficar "p" da vida.
Nunca prejudiquei
animais, entendi desde cedo que sentiam dor igual eu.
Atirar pedras
para quebrar janelas ... primitivo .... repulsivo.
Noto que a
maioria das crianças não passam de certo limite.
Não saem por aí
atirando pedras, maltratando animais, se colocando em risco.
Isso eu não
entendo.
A pessoa queria
fazer o que o "rebelde" faz?
Se o indivíduo sente vontade de fazer o mal e não faz
isso é louvável.
Se o individuo não sente vontade de fazer o
mal é melhor ainda.
Não entendo
a admiração que muitos têm pelos bagunceiros/indisciplinados.
Não entendo a graça que veem no comportamento primitivo.
Se a situação
social exige eu fico por perto, mas louco para voltar para o meu cantinho longe
de tudo e de todos em um lugar que as coisas façam sentido.
Não sou daqueles pais que cobram o máximo dos filhos.
Se minhas filhas forem alunas médias já me dou por satisfeito.
Entendo os que se esforçam para serem os melhores, tem meu respeito e admiração.
Se esforçar para ser o pior!?
Não faz sentido.
Admirar crianças cujo prazer é atormentar outras e achar graça nisso ... primitivo, nada civilizado.
Desde muito jovem lia o companheiro Confúcio, ele eu entendia muito bem.
"Quando pagar o bem com o bem, então o povo será encorajado a praticar o bem.
Quando pagar o mal com o mal, então o povo ficará prevenido de fazer o mal."
Confúcio
Quando pagar o mal com o mal, então o povo ficará prevenido de fazer o mal."
Confúcio
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