quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Valores Religiosos

 


  

Bruno: No Brasil, Deus não é brasileiro, é cabo eleitoral.

  Aqui, a fé virou moeda política e a igreja, comitê eleitoral.

  No Brasil, a Bíblia pesa mais que a Constituição, o pastor manda mais que o professor e o dízimo vale mais que o imposto.

  Não é fé, é controle.

   #TeocraciaSocialNao




Carlos: Pra você a solução democrática é calar a igreja?!

  Bem vamos calar, vamos calar os sindicatos também, vamos calar as ongs, vamos calar os partidos alinhados as minorias, alias também exercem poder(segundo sua tese)sobre aqueles se sentem assim. 

  Admita que o teu problema é que a igreja não defende a tua ideologia.


Bruno: Não se trata de “calar” ninguém, mas de impedir qualquer grupo, seja igreja, sindicato ou partido, de impor dogmas a toda a sociedade via poder estatal, privilégio legal ou manipulação política.

  Quem exige privilégio ou imunidade não quer debate, quer hegemonia.

  Liberdade de crença é para todos, imposição de crença não é liberdade, é abuso de poder.

  A diferença entre direitos e privilégios é que os primeiros valem para todos, os segundos, só para quem grita mais alto.

Defender laicidade não é sobre ideologia , é sobre justiça igual para todos, inclusive você.


Carlos: Em uma sociedade democrática não cabe o impedir um grupo de desenvolver a suas ideias e lutar por suas ideias desde que as mesmas respeitem as leis. 

  Igreja não impõem crença ela não vai na tua casa te arranca de lá e te leva para a igreja. 

  Sobre manipulação política não existe o que existe é colocar lado a lado o que eu acredito com o que determinada ideologia propõem e partir dali eu tomo minha decisão. 

  Se sou contra o aborto não vou votar em alguém a favor é simples.



William: Concordo com o Carlos, ninguém é obrigado a participar de uma igreja, logo, a decisão do cidadão é de sua livre e espontânea escolha, como garante nossa atual Constituição.


Bruno: William, você esqueceu que “ninguém é obrigado” não significa que ninguém é pressionado.

  No Brasil, religião molda escolas, leis, políticas e até a moral pública, tão naturalizado que muitos nem percebem.

  Você chama de escolha livre o que já foi programado na infância, no medo, na cultura.

  O triunfo da religião é exatamente esse, fazer o peixe achar que a água é invisível.

  Chama isso de liberdade, mas é só tradição vestida de opção.


William: Você defende que os pais não passem (ou tentem passar) seus valores para os filhos?

   O Estado deve decidir se pode ter religião e qual?



Bruno: Você distorceu tudo, não defendo que pais sejam proibidos de passar valores, isso é inevitável, faz parte de criar um filho.

  A questão é, impor um rito religioso irreversível a quem não pode consentir não é “passar valor”, é sequestrar a liberdade futura.

   É uma diferença básica entre ensinar e marcar.


  Sobre o Estado, não, ele não deve decidir crença de ninguém, mas deve proteger o direito de cada indivíduo escolher seu próprio caminho, inclusive de não ser batizado, circuncidado ou rotulado sem chance de escolha.

   Isso é laicidade de verdade, nem impor, nem impedir, só garantir a liberdade.

  Respeitar o direito da próxima geração decidir por si é proteger a liberdade, não, a negar.

   Só quem teme o livre questionamento acha que “passar valor” exige carimbo permanente antes da consciência existir.



William: "Respeitar o direito da próxima geração decidir por si é proteger a liberdade, não, a negar."


  Eu e minha esposa passamos nossos valores para nossas filhas.

  Diante das próprias experiências delas são livres para seguir o que quiserem.

  Se eu não passar meus valores para minhas filhas isso vai ficar a cargo de quem?

   Do professor na escola!?


    “A questão é, impor um rito religioso irreversível”


   Não sei disso não, é da nossa natureza na adolescência contestar os pais, querer criar nossa própria identidade.

   Se a pessoa permanece cristã é porque assim decidiu.

   Se pra você “inteligente” é ser ateu, passe esse valor para “seus” filhos.


Bruno: Eu não estou dizendo que ser “inteligente” é ser ateu, esse é um espantalho.

  O ponto não é impedir pais de transmitir valores, mas denunciar a imposição de ritos irreversíveis antes da criança ter escolha.

  A diferença entre ensinar valores e marcar identidades é simples, valores podem ser questionados, revertidos, reconstruídos, já rituais sociais, legais e simbólicos impostos na infância muitas vezes permanecem como estigma ou rótulo, mesmo quando o indivíduo discorda depois.

  Não se trata de “criar ateus”, mas de garantir que liberdade real só existe onde a escolha também é real.

  Defender o direito de escolher não é proibir tradição é exigir honestidade, respeito e responsabilidade por quem vai viver as consequências.

  Só teme a dúvida quem sabe que seu sistema não se sustenta ao ser realmente questionado.


William: Vou ficando por aqui, senão vamos começar a nos repetir.

  Os argumentos principais já foram expostos.

  Quem se interessar tenho uma meditação interessante transmissão de valores "culturais", não só religiosos...


Meus Valores - Link




Laicidade - Link


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 Carlos: “Admita que o teu problema é que a igreja não defende a tua ideologia.”


 

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