😥 “Quem lembra desse casal?
Fernandinho e Ofélia do Zorra Total.
Hoje, depois de levar tantas risadas e alegrias ao público brasileiro, estão doentes e abandonados pela Globo.
Isso a Globo não mostra.
Isso me faz refletir e aprender que, NÓS, só prestamos quando temos algo a oferecer.”
[Post no Face]
O que a Globo deveria fazer!?
Lúcio Mauro, aos 89 anos, se recupera de derrame.
Estado estável.
Claudia Rodrigues (45 anos) convive com as sequelas da cirurgia de transplante de células-tronco, a qual foi submetida há pouco mais de seis meses para tratar esclerose múltipla.
Trabalharam na Globo, receberam seus salários.
Lucio Mauro tem idade para se aposentar, porque foi ator da Globo merece algum benefício extra!?
Claudia tem uma doença genética rara, pode se aposentar por invalidez.
A Globo é uma empresa com fins lucrativos.
Não é ONG, não é asilo, não é hospital.
Assinei contrato com a Unicamp, trabalho eles me pagam.
Se eu ficar doente, que compromisso profissional a empresa tem comigo além dos previstos em lei!?
Nos compadecemos de todos que estão doentes ou à beira da morte isso é natural, mexe com nossos sentimentos.
Quando as pessoas adoecem geralmente querem um tratamento especial por parte de todos a sua volta.
A pessoa quer um tratamento melhor por estar em mau funcionamento!?
Quando estou doente a única coisa que espero das pessoas é que sejam mais tolerantes com minhas falhas, tento dar o melhor de mim, mas com alguma dor ou indisposição meu rendimento é menor.
Tem aquele tipo de pessoa que ao ficar doente espera que façamos tudo por ela.
Na família isso é normal, compreensível, mas no trabalho, a não ser que você tenha um laço de amizade muito grande ... é complicado.
Claro que ninguém se nega a trabalhar um pouco mais caso um colega esteja naquele dia mal de saúde.
Mas e se o colega está sempre com problema?
Você vai ficar sempre se desdobrando para compensar a menor produtividade do companheiro?
Lembrei de um caso.
Na empresa de armações de óculos tinha o setor de polimento.
O serviço basicamente era sentar de frente para um motor com feltro, dar lustro nas peças.
Uma funcionária começou a reclamar de constantes dores nas costas.
Nos 3 meses de experiência ela foi muito bem, não reclamou de nada, tudo estava ótimo, agradecia pela oportunidade de emprego.
Por causa das dores começou trazer atestados longos.
Quando ia trabalhar parava diversas vezes.
Empresa pequena não tem muita disponibilidade de funções, tinha um setor de solda que exigia menos esforço físico, comentei sobre a mudança.
Ela disse que não adiantaria porque em qualquer setor a dor seria a mesma e ela gostava do polimento.
Moça nova, 22 anos, minha dedução foi lógica.
A garota tinha algum problema na coluna e todos sabemos quanto esse tipo de dor é difícil de tratar.
Naquela altura ela já tinha uns 8 meses de empresa, o serviço de polimento não era tão pesado a ponto de ferrar a coluna dela em tão pouco tempo.
Trabalhava sentada e armações de óculos são leves.
Durante nossa conversa ela manifestou uma profunda insatisfação com o salário!
Na equipe ela produzia menos, ganhava a mesma coisa, mas achava que merecia ganhar mais!
Só me restou uma coisa a fazer, demiti-la o mais rápido possível.
Como encarregado eu representava a empresa, o que deveria fazer?
Fui monstro em demitir a garota?
Por que!?
Fiquei triste ao perceber seu problema de coluna, mas ela produzia bem menos que os outros funcionários, a equipe tinha que segurar esse rojão em nome do que?
Eu e meu patrão detestávamos demitir pessoas.
Nossos momentos mais tristes eram justamente quando por falta de vendas tínhamos que enxugar o quadro de funcionários.
Contratávamos só quando as coisas melhoravam razoavelmente, justamente para não ter que demitir depois.
Fiz uma reunião com ele, fui bem franco na minha análise sobre a garota.
Em firma pequena cada um que se ausenta faz uma falta terrível.
O problema de saúde da garota era de difícil solução.
O fato é que o setor de polimento iria ficar com a equipe sobrecarregada e produzindo abaixo da capacidade enquanto aquela funcionaria estivesse ali.
A razão falou mais alto e demitimos a garota.
Sempre que demiti alguém fiz questão de dar uma explicação “possível” porque a pessoa estava sendo demitida.
(Nem sempre é possível falar toda verdade, seja para não ofender/humilhar a pessoa, seja para proteger legalmente a empresa.)
Nesse caso a explicação possível foi “mais ou menos” assim, já faz muito tempo:
Não tenho nenhuma vaga na empresa para o setor administrativo, na linha de produção não temos nenhuma função que não seja repetitiva.
Você não se adaptou ao serviço.
Veja que as outras funcionárias fazem o mesmo serviço numa boa, acontece o cansaço, mas não a dor física.
Aproveite o tempo de seguro desemprego para investigar melhor o porquê de tantas dores.
Você é nova, isso não é normal.
Cada vez que você precisa se ausentar afeta praticamente toda linha de produção.
Firma pequena não tem quem colocar no lugar, você sabe.
Os setores que vem depois do polimento recebem menos peças, cria uma "diminuição" em cadeia.
Tanto que aqui as férias são sempre coletivas no final do ano.
Fico grato pela sua colaboração, tentamos, mas é melhor cada um seguir seu caminho.
Boa sorte!
A maioria dos empregados nunca esteve em cargo de chefia, nem foi dono de alguma empresa.
Como a maioria não tem essa experiência, a noção generalizada é que toda empresa por menor que seja é muito rica, tem dinheiro para pagar excelentes salários e ótimas condições de trabalho, só não faz isso por ganância do patrão.
O chefe é sempre um carrasco, babaca, puxa saco.
Eu sei porque na minha adolescência pensava assim.
Meu primeiro emprego foi em uma banca de feira.
Na minha cabeça o Seu Wagner tinha muito dinheiro, ele e a esposa eram meus carrascos.
(Estou exagerando um pouco para tentar me fazer entender, eu tinha 11 anos)
Nem entendia porque ele todo dia não comprava pastéis ou lanche para nós.
(Ele fazia isso às vezes)
Eu só via o dinheiro que entrava no caixa nem pensava no custo da mercadoria, impostos, o trabalho dele para conseguir as mercadorias ... os dias que o movimento era bem fraco e entrava pouco dinheiro em caixa.
Anos depois quando ocupei um posto de chefia na fábrica de óculos percebi a enorme responsabilidade que era.
O “babaca puxa saco” agora era eu.😊
Não é à toa que muitos nem tentam ser chefes.
A empresa era pequena, no seu auge teve cerca de 70 ou 80 funcionários, eu tinha que me envolver em todos os aspectos.
Todas as reuniões importantes eu estava presente.
Depois dessa fase, quando a empresa foi absorvida por outra, montei um negócio próprio.
Fui patrão no sentido amplo do termo.
Sei lá, se eu não tivesse passado por tudo isso talvez ainda estivesse naquela “fase adolescente” de desprezar a chefia e falar mal da empresa ... que mal ou bem me esta garantindo um emprego e salário no fim do mês.
Eu que fui atrás do emprego, não é a empresa que veio atrás de mim implorando pelos meus serviços.
Enfim.
Todos emocionalmente se entristecem ao saber da doença de Claudia Rodrigues e Lucio Mauro.
Emocionalmente queremos procurar um culpado, alguém para responsabilizar...
Tem certeza que a vilã da história é a empresa Globo?
Seja racional.
Uma empresa não pode mantê-lo em nome do tempo que você era produtivo.
As pessoas não podem deixar de viver a vida delas para viver a sua.
Você acreditar que o mundo tem que girar em torno de você porque está doente é a emoção dando a última palavra.
"Empatia" é se colocar no lugar dos outros.
O problema é se colocar apenas no lugar de quem esta doente e ignorar totalmente as necessidades dos que estão saudáveis.
Essa lógica entra em sua mente?