(Comentarista)
Tudo é uma questão de confiança, mais precisamente análise de crédito.
Se ganho mil reais e quero comprar algo de 3 mil com certa urgência (ou por ansiedade), compro dinheiro.
Dos mil reais, posso gastar com prestações 300 reais.
11 parcelas de 300 reais + a inflação do período.
Observem que é uma negociação simples.
Logo, nesse mês de Maio mesmo ganhando mil reais você vai adquirir um produto de 3 mil.
Vai gastar muito mais do que ganha comprometendo GANHOS FUTUROS.
Mas antes tem a analise de crédito.
💣Se o Banco tem informações que você vai morrer em 3 meses, não confia em fazer esse empréstimo que só seria quitado em 11 meses.
(Por isso idosos tem maior dificuldade para conseguir financiamentos de longo prazo)
💣Se acabou de perder o emprego, não tem ganhos futuros para comprometer, não passa na análise de crédito.
💣 Se tem outras dividas em outras instituições e o Banco sabe que você não tem os 300 reais disponíveis todo mês, é aconselhável que negue o crédito, o calote é quase certo.
No caso de Países ... eles são eternos enquanto durar esse planeta.
Os Bancos vão emprestando para os Governos enquanto confiam que vão receber.
Quando os Bancos “comuns” já não confiam mais, ainda resta os FMIs da vida.
“Os países contribuem com dinheiro para o fundo através de um sistema de quotas a partir das quais os membros com desequilíbrios de pagamento podem pedir fundos.”
[Wikipédia]
Percebam que o FMI é uma grande cooperativa, se acontecer um calote ele “socializa” os prejuízos.
Evidente que os países que estão colocando dinheiro nesse fundo (e que também tem suas dívidas) não querem jogar dinheiro fora em uma “Venezuela”.
O FMI é diferente de um Lehman Brothers que tem que ressarcir “do próprio bolso” (dinheiro dos correntistas) os investidores em caso de calote.
Japão e Estados Unidos conseguiram se endividar tanto porque há uma confiança que as parcelas continuarão a serem pagas.
Mas é evidente a urgência do controle de gastos por parte de todos as nações.
Depois vão falar que o “Capitalismo” nos levou a um cataclismo econômico.
O que vejo é apenas irresponsabilidade fiscal, simplesmente ignoramos de propósito matemática básica
Não adianta querer colocar a culpa nos políticos, nós votamos em pessoas que gastam mais do que arrecadam e qualquer um que queira fazer os cortes necessários é tido como “inimigo do povo”.
Estudem matemática, coloquem em pratica na sua vida e na hora do voto.