quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

George Orwell

 




 "As massas nunca se revoltarão espontaneamente, apenas por serem oprimidas.
  Sem padrões de comparação não se darão conta de quão são oprimidas."

 (George Orwell)

 




  Esse pensamento incentiva a revoluções, quem gosta desse tipo de ocorrência tem orgasmo mental com esse comentário de um pensador tão celebrado quanto George Orwell.

  Não gosto de revoluções quando implicam em confronto armado.
  Prefiro evoluções, em geral são mais tranquilas e eficientes.
  Através de debates, que vença o melhor argumento e seja colocado em prática.

  Se não gosto desse posicionamento de George então não gosto de toda sua obra?

  Não é bem assim.
  Reconheço nele um grande pensador o problema é o ambiente que viveu.
  George Orwell nasceu em 1903 morreu em 1950 com 46 anos. 

  A Gripe Espanhola iniciou em 1918.
  A primeira Guerra acabou em 1919. 

  A segunda guerra acabou em 1945. 

  Foi uma fase da humanidade pra lá de complicada.
  Difícil um pensador não ficar amargo, pessimista, numa época de tantos confrontos ideológicos sangrentos e como se não bastasse, uma pandemia arrasa quarteirão.

  “Dizem que o tempo tudo cura,
   Dizem que sempre se pode esquecer,
   Mas os sorrisos e lágrimas, anos a fio,
   Ainda fazem meu coração sofrer.”


  Tenho até um certo pesar por um pensador desse porte ter nascido em época tão conturbada, ainda bem que não foi eu...

  

                                            


   "Sem padrões de comparação não se darão conta de quão são oprimidas."


 

  George não tinha material suficiente para comparação.

  Muitos de nós raramente estamos satisfeitos com a situação em que nos encontramos sempre queremos mais e melhor.
  Isso é normal na nossa natureza e "sem excessos"  útil para nossa evolução.
  Em 1900 a humanidade passava por uma boa fase.
  Acredito que com diálogo iríamos evoluindo em tudo de relações de trabalho a grandes avanços tecnológicos.
  Mas as ideias de Engels e Marx começaram a conquistar corações e mentes.
  Revoluções começaram a ocorrer.
  Rússia, Itália, Alemanha ... comunismo, fascismo, nazismo.

  Tudo isso passou, hoje temos muito mais material para comparação.

  Em oposição ao que se desenhava, Estados cada vez maiores, controladores, totalitários.
  George propunha uma "revolução anarquista".

  O tempo passou, a maioria de nós entende a necessidade do Estado.
  A visão romântica que todos através do amor, dialogo, "educação"... podemos virar "monges budistas" não resiste a realidade. 

  Precisamos de Estado, ele precisa ser forte o suficiente para manter a lei e a ordem.
  Não para impor a vontade de alguns a maioria como George observava no tempo que viveu.

  ➽Democracia é o governo da maioria respeitando as minorias.

  Entre a anarquia e o totalitarismo há muitas outras situações possíveis.
  Depois de tantas comparação e analises históricas eu sou Centro Direita.
 Um Estado forte, mas submisso democraticamente a vontade da maioria através da liberdade de expressão e eleições confiáveis.

 



  

 Eric Arthur Blair mais conhecido pelo pseudónimo George Orwell, foi um escritor, jornalista e ensaísta político inglês, nascido na Índia Britânica.

  Sua obra é marcada por uma inteligência perspicaz e bem-humorada, uma consciência profunda das injustiças sociais, uma intensa oposição ao totalitarismo e uma paixão pela clareza da escrita.

   Apontado como simpatizante da proposta anarquista, o escritor faz uma defesa da auto-gestão ou autonomismo.  

  Sua hostilidade ao Stalinismo e pela experiência do socialismo soviético, um regime que Orwell denunciou em seu romance satírico “A Revolução dos Bichos”, se revelou uma característica constante em sua obra.


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