terça-feira, 26 de maio de 2020

Autoeducação


  Debate no Face:

😒 "Educação envolve planejamento familiar.
       Mas só faz planejamento familiar quem recebeu educação!
       Entendeu ou quer que eu desenhe!

 - Minha mãe teve 7 filhos.
   Eu tenho duas filhas.
   Foi pura observação, ninguém me “educou” nesse sentido.

😒 "Você já nasceu educado!?"

 - O que define por educado?

😒 "Uma pessoa educada.
      As pessoas abusam da palavra EDUCAÇÃO, sem terem a “educação” de reparar que ela significa muito mais do que aparenta.
  Aí misturam educação com grau de instrução e com cultura.
  Uma pessoa pode ter pós graduação em um monte de coisas, mas não ter nenhuma em educação.
  Uma pessoa pode ser culta, pode saber sobre tudo, mas não saber nada sobre educação.
  E, ao contrário, pode ser analfabeta “de pai e mãe”, mas ser super educada.
 Para mim, EDUCAÇÃO não é só conhecer as regras do bom comportamento; não é só saber usar os códigos de acesso: bom dia, boa tarde, boa noite, dá licença, por favor, obrigado etc.
  Uma pessoa EDUCADA, é muito mais do que isso.   
  Tem gente que chega em um lugar, e dá um “bom dia” tão frio, que é como se tivesse chegado um “iceberg”.
  Tem gente que diz um “por favor” tão autoritário, que a pessoa se sente na obrigação de atender.   
  Tem gente que diz um “obrigado” tão obrigado, que a pessoa não sabe se ajudou ou se prejudicou...
  Uma pessoa educada “por natureza” ou “de alma”, diz bom dia com um sorriso, um muito obrigado com um olhar, pede licença pondo a mão no ombro da pessoa e está, instintivamente, cede a passagem, porque sente a mão educada que a tocou ...
  Às vezes, sem pronunciar uma palavra.
  Uma pessoa educada respeita o próximo, até quando o próximo é “mal educado”.
  Ela nunca procura “descer” para se igualar.
  EDUCAÇÃO quer dizer: respeitar a tudo e a todos.   
  Respeitar os códigos de trânsito, as filas, as culturas, a natureza, as pessoas, os credos religiosos, as etnias...
  Enfim, uma pessoa educada sabe entrar e sair de qualquer lugar, sem “fazer feio”.
  Sabe agradar sem ser falsa e sabe se impor sem oprimir e sem humilhar ninguém.
  Uma pessoa educada tem a sensibilidade de saber agir, conforme o que o momento exige."


  - Humm ... veja que o conceito de educação dá margem há muita coisa.
   Então a resposta padrão pra tudo é:

   “Precisamos de mais educação”.

   Evidente que algo tão genérico não me satisfaz como pensador.

   No caso em questão, PATERNIDADE RESPONSÁVEL.
   Eu apelo para simples observação.
   Não importa o tipo de escolarização, educação, situação econômica...

  TER FILHOS NESSE MOMENTO VAI SER BOM PRA QUE?

  A não ser que o indivíduo seja casado, esteja numa situação financeira aceitável e a esposa também deseje um filho.

  TER FILHOS DEVE SER EVITADO.

  É uma pergunta simples e uma resposta fácil.
  A pessoa pode ser órfã e analfabeta que ainda assim vai saber o que é melhor para vida dela.

  Ter filhos fora de hora é um tremendo vacilo ou IRRESPONSABILIDADE.

  Não me venham com “vitimismo”.

  (Tirando estupro e remédio com defeito, é complicado se colocar como vítima)



  Aqui no Blog vamos meditar mais um pouco:

 

   "Uma pessoa educada “por natureza” ou “de alma”, diz bom dia com um sorriso, um muito obrigado com um olhar, pede licença pondo a mão no ombro da pessoa e está, instintivamente, cede a passagem, porque sente a mão educada que a tocou ...
  Às vezes, sem pronunciar uma palavra.
  Uma pessoa educada respeita o próximo, até quando o próximo é “mal educado”.
  Ela nunca procura “descer” para se igualar."
  [Comentarista]

  

  O debatedor pergunta em um momento se eu já nasci educado.
  Na sua explanação, entre tantas coisas, ele acredita nessa possibilidade.
  Quando faço uma pergunta é justamente para identificar no que o cidadão acredita para verificar se algo se assemelha ao que penso.
  Se temos (naquele determinado tema) algo de comum entendimento para seguir uma linha de raciocínio.
  Já escrevi inúmero textos dizendo que contesto a teoria que nascemos folha em branco e nossa personalidade é fruto do meio que vivemos.
  Evidente que isso influencia, mas a questão é que geneticamente e/ou espiritualmente (de acordo com o que você acreditar) já nascemos com certas características de caráter/personalidade.

  Há pessoas que nascem meigas, gentis?
  Há pessoas que nascem mais brutas, grosseiras?

  Sim para as duas perguntas.
  Assim que nascem não dá para perceber, mas a partir de uns 2 anos quando a criança consegue se comunicar melhor, vemos que algumas são birrentas, casca grossa, enquanto outras são mais suscetíveis ao diálogo.

  Como o pai, mãe, pessoas próximas interagem com a criança influencia?

  Evidente que sim, mas o ponto é que já nascemos com certas características que “determinarão” nossas ações para o bem ou para o mal.

  E isso também é muito amplo.
  A pessoa ser meiga não significa ter ótimo caráter.
  Muitos ladrões, estelionatários, assassinos ... são gentis, é uma maneira de não suspeitarmos de suas ações.
  O estuprador por vezes se apresenta como um príncipe, atencioso, gentil, “educado”, e quando a vítima está  situação de fragilidade o crime é cometido.

  Por outro lado tem gente grosseirona, desbocada que tirando essa parte desagradável são de caráter exemplar.
  Trabalhadoras, honestas, não ficam te paparicando, mas estão ali quando você precisa.

 Tudo isso foi só preparação para o que vou escrever agora.

  Até prova/evidência ao contrário:

  Não escolhemos em que família vamos nascer.
  Não escolhemos em que país/cultura vamos nascer.
  Não escolhemos nossa cor de pele.
  Não escolhemos nossas deficiências físicas.
  Não escolhemos quais hormônios predominarão em nossa genética, se vamos ser mais ansiosos ou pacientes; violentos ou pacíficos; extrovertidos ou tímidos.

  Porem em 90% das situações.
 (Só para dar uma quantificação, não levem essa porcentagem a ferro e fogo.)
  Temos algumas opções, mais que isso, sabemos o que é certo fazer ... no sentido de “civilizado”.

  As perguntas são simples e as respostas também.

 É certo assassinar?
  É certo roubar?
  É certo estuprar?
  É certo humilhar?
  É certo corromper ou ser corrompido?
  É certo roubar material da empresa?
  É certo desviar dinheiro publico?
  É certo desrespeitar uma pessoa apenas por sua opção sexual, cor de pele, nacionalidade, deficiência física?
  É certo fazer corpo mole no trabalho sacrificando os colegas?
  É certo dirigir bêbado/drogado?
  É certo se drogar?
  É certo transar sem proteção?
  É certo colocar no mundo alguém que você não pretende ou tem condições de criar?

  Senhoras e senhores, na grande maioria das situações temos discernimento suficiente para agir da maneira correta.

  Se não agimos ... não venham me falar que “falta de educação” é o problema.

  Daí a culpa é de quem?
  Estado, seus pais, dos vizinhos, da Natureza!?

  Tem culpa todo mundo menos o próprio indivíduo!!!
                                                   

  O “pensamento de direita” tem como um de seus pilares a “responsabilidade individual” antes da “responsabilidade coletiva”.

 

   Na maioria das situações VOCÊ sabe o que é certo fazer.

  FAÇA!
  O principal responsável por sua “educação” é você mesmo.

  Espero que sua família, estado, vizinhos “te ajudem” nesse caminho ... QUE SÓ VOCÊ PODE TRILHAR.

 



















 


   

    NUNCA RABISQUEI EM LIVROS.
    Fazia anotações em um caderno à parte.
    Até porque 99% deles eram emprestados da biblioteca.
 
    Sempre tenho muito cuidado com minhas coisas.
    (Mais ainda com as coisas dos outros)
    Meu celular é mantido em uma capa, o atual tem dois anos e não tem um arranhão.
 
   Mas o Felipe Neto deve ser uma pessoa muito melhor que eu...
   Humildemente gosto de cuidar bem, principalmente do que é ou foi muito importante em minha vida.

 

  



Autoeducação

1- Processo educativo em que a aprendizagem se realiza em função dos esforços do próprio educando, sem a assistência do professor.

2 - Método pedagógico, muitas vezes a distância, em que a aquisição do conhecimento ocorre pelo esforço pessoal do aluno, cabendo ao professor a tarefa de orientação.

[Michaelis]   




 

     😒“Devemos levar em conta, que de fato, também existem bons mestres.”

                (Comentarista) 

  

  De fato alguns tem o dom de ensinar.

 

  Outro fato é que boa parte do “aprender” vai do nosso “interesse”.

  Eu aprendo até com humorísticos...

 

 ➥ Link



  







                                                                 



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domingo, 17 de maio de 2020

João Doria Covas


  Eu sabia que Jair Bolsonaro é instável.
  Foi voto útil.
  No segundo turno votar em Haddad seria jogar todo o esforço da Lava Jato no lixo.

  Meu voto em João Doria foi diferente.
  Alguém novo no campo político, pessoa culta, boa capacidade de comunicação, bem informada.
  Possibilidade para futuro Presidente.
  Na administração da capital não deu para avalia-lo bem, foram só dois anos, primeira administração pública, para qualquer um é complicado mesmo.

  Hoje passamos por um momento difícil, pandemia; é nessas horas que conseguimos avaliar melhor o potencial das pessoas.
  Até agora não gosto do que estou vendo.
  O “audacioso” Doria se apressou em colocar o Estado inteiro em quarentena ampla.
  Mas até agora não teve coragem de impor um bloqueio total onde realmente precisava, na cidade de São Paulo que mantém o foco principal da doença.

  Tenho pra mim que Bruno Covas (atual prefeito da capital) faz tudo que Doria manda, lembremos que ele é prefeito porque era vice e Doria renunciou.

  São umas ideias difíceis de entender.
  Por esses dias com cones e agentes de trânsito, decidiram estreitar ruas e avenidas.

  Se fosse uma blitz para fins de barreira sanitária seria até compreensível, mas era para verificar pra onde a pessoa estava indo.
  Se “o agente decidisse” que não era algo importante fazia o veículo retornar.
  Vejam bem, não tinha nenhuma lei proibindo a pessoa do seu direito de ir e vir, nenhuma irregularidade com o veículo, nem medição de temperatura ocorria.

  O propósito era dificultar o transito para desestimular as pessoas a saírem de casa!!!

  Caraca, é São Paulo.
  Se congestionamento fosse motivo para o paulistano não sair de casa ... seria melhor mudar de cidade.
  Vendo o ridículo da coisa (e ilegalidade) decidiu criar uma lei ampliando o rodizio de veículos.




  Entendam que aplicar o bloqueio total na cidade seria compreensível, há muitos casos, muitas mortes, UTIs ficando lotadas.

  Se ele se decidisse por “quarentena vertical” seria compreensível.
  É uma grande cidade com pessoas dependendo da atividade econômica para ter o que comer.
  O Estado consegue dar alguma ajuda, mas antes da pandemia já não tinha dinheiro sobrando, com a queda drástica na arrecadação de impostos tudo ficou muito pior.

  No entanto Doria não se decide por uma coisa nem por outra.
  Adaptando aquela expressão chula:

  “Não defeca nem sai do banheiro químico.”

 

   



 
  O problema não foi a pessoa Haddad, mas o grupo que ele representava...













quinta-feira, 7 de maio de 2020

Medo Doentio



 Duas coisas nessa pandemia me surpreenderam.

1 – O número de mortos está sendo bem maior do que eu esperava.
      Diante do que havia ocorrido na China (pelo menos o que chegou até nós via OMS) minha aposta é que mataria no máximo o dobro do que o H1N1.
  Evidente que já seria um estrago terrível, mas o Covid virou uma das maiores tragédias dos últimos tempos.


2 – Eu tenho medo da morte, mas é algo TÃO INEVITÁVEL que sempre pensei muito nela então desenvolvi uma preparação mental.
  Tenho mais medo da “passagem” (morte lenta ou rápida) do que da morte em si.
   Que o medo da morte é comum a toda humanidade é óbvio, mas a pandemia me mostrou o PAVOR de muitos ... um medo elevado a décima potência.
  As pessoas não suportam nem pensar na hipótese que podem morrer!!
  Tá, a mídia colaborou bastante para que o pânico se estabelecesse, mas o ingrediente principal é o medo doentio de morrer.
  Preciso escrever mais sobre a morte, a humanidade precisa aceitar melhor esta inevitabilidade.
  As pessoas tem essa ilusão de “eternidade biológica” totalmente ilógica ... isso atrapalha o melhor planejamento da vida.






 😠 “Queria ver se alguém muito próximo de você morresse!”


   Me escreveram bastante isso.
  Muitas pessoas próximas já morreram.
  Entre tantos, um irmão, avós, pai e mãe, sogro, tios, cunhadas, primos, colegas de trabalho, escola, igreja, vizinhos.
  É uma lista grande a qual não gosto de ficar remoendo na memória.
  Se por acaso lembro de alguém, apenas desejo que esteja em paz, tento pensar em outra coisa.

  O que sinto?

  A morte é algo tão natural na minha mente que depois da tristeza inicial, aceito bem.
  A pessoa existia ... não existe mais.

  A princípio, quanto mais a pessoa está fazendo parte da nossa vida, mais sentimos.
  Um colega do atual emprego que morresse, pela proximidade, me deixaria mais abalado que um de outro emprego que há tempos não vejo.

 Mas vamos onde nenhuma mente aceita ir…

 Aqui em casa a situação hoje (7 de maio 2020) é a seguinte:

  Trabalhando em um hospital, quarentena pra mim até agora não foi possível.
  Se eu ficar em casa cada dia de trabalho será descontado, logo, se eu pegar Covid não é por irresponsabilidade, muito pelo contrário, estou fazendo o que preciso fazer.

A empresa que minha esposa trabalha, deu férias, acrescentou mais uns dias, quase que ela teve o contrato de trabalho suspenso (ainda há essa possibilidade).
  Entretanto, o setor que ela está locada (pneus de moto) está funcionando por enquanto.
  Suponho que com tantos entregadores usando motos, o gasto de pneus para esse tipo de veículo aumentou, eles precisam desse produto.
  Minha esposa ficou em casa o quanto pode, mas está fazendo o que é preciso fazer, voltou a trabalhar
 
  Uma das minhas filhas trabalha em farmácia, outra atividade que não foi interrompida.
  Para ela quarentena ainda não foi possível.
  Quando eu ou minha esposa estamos de folga a levamos com veículo particular, porém na maioria das vezes usa transporte público.
  Ela faz o que é preciso fazer.

Outra filha faz só faculdade, as aulas estão interrompidas.
  É a única que está de fato em quarentena.
  Até demais, mal sai do quarto.

 
  Vejam que dos quatro, três tem possibilidade de trazer Covid para casa.
  Não tem o que fazer, fora manter as normas de higiene.

  Se um de nós contrair Covid vai se sentir culpado do que!?

  Sou o mais velho, fui diagnosticado com hipertensão; em casa (teoricamente) sou o que corre mais risco de algum agravamento.
  Espero que não, mas se eu morrer … morri.
  Tento evitar, mas não vou deixar de fazer o que tenho que fazer por um medo doentio de morrer.
  Sempre (não só agora) fui consciente da possibilidade de eu morrer a qualquer momento.
  Em função disso sempre estimulei minha esposa e filhas a serem independentes.
  De certo será uma ferida terrível, mas nada que o tempo não cicatrize, tantas esposas perdem o marido, tantos filhos perdem o pai, a vida segue.

  O mesmo serve para minha esposa e filhas.
  Sempre tentei as deixar conscientes sobre a brevidade da vida, para morrer basta estar vivo.

  Durante a pandemia tenho postado o quanto outras doenças, criminalidade, acidentes matam.
  A Covid é só uma possibilidade a mais.


  Ciente da morte estar sempre tão próxima trato todas as pessoas com o máximo de respeito possível.
 
  Quando morrem não há nenhum tipo de remorso, tenho meu momento de luto, a vida segue.

  Minhas filhas tem uma vida muito boa.
  Em casa  têm fartura, paz, segurança.
  Se precisam ou querem sair tem liberdade, confiança.

  E se acontecer a morte de uma filha?

  Me dá arrepios imaginar isso.
  Vai ser um longo luto, mas sei que o tempo vai cicatrizar a ferida, tantos pais perdem seus filhos e a vida segue.

  Porque não tenho medo doentio da morte, minha ou de alguém próximo?

  O medo doentio da morte nos impede de viver da maneira que “eu” acredito satisfatória.

  Nos prende a crenças dogmáticas.

  Nos leva a histeria/pânico em situações que temos mais chances de sobrevivência se mantermos a calma, usarmos o bom senso.

  O medo doentio da morte faz com que muitos simplesmente ignorem esse acontecimento.
  Criam uma ilusão que ela não existe para eles próprios ou pessoas próximas.
  Só os outros, mais distantes, morrem.

  Acontece o óbvio, mais cedo ou mais tarde a realidade se impõe.
  Sem preparo mental nenhum, muitos desabam, entram em depressão terrível.
  Não raro, carregam algum remorso para o resto de suas vidas, porque tinham a ilusão que a pessoa próxima era eterna (inclusive biologicamente), acreditavam que tinham todo tempo do mundo e encheram o relacionamento de “mesquinharias”.

Mesquinha:  Condição da pessoa cuja visão e/ou espírito são limitados; desprovido de magnanimidade.
  Natureza do que é medíocre; fútil.
  Se preocupa só com seus próprios sentimentos e desejos ignorando o dos outros.

 
  Para viver melhor, mais eficientemente; pensar no fim é o melhor começo que conheço...








   


  A pessoa é adulta, está mais do que bem informada, culpar o Estado por suas atitudes é muita cara de pau.

  Quem tem  exagerado medo da morte se tranque em casa pra sempre, não é só o Covid que pode matar.

  E se eu ficar doente?
  Se tiver respirador disponível, pago meus impostos, tenho direito de usar.
  Se não tiver ... paciência.
  O crematório é logo ali.
  Depois de morto não vou sentir mais nada mesmo.

  [Postado em 3 de Maio 2020]





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