Marcelo: Hoje meu filho foi ao McDonald’s e comprou dois
lanches: um pra mim (na verdade, porque ele queria o brinquedo do McLanche
Feliz 😁) e outro pra ele.
  No caminho, um morador de rua pediu algo. 
  Sem pensar duas
vezes, ele pegou o lanche que era meu e entregou.
  Quando chegou em casa, eu ri e reclamei: Ué, por que você
não deu o seu?
   Ele me respondeu com a maior naturalidade: Foi você que me
ensinou a dividir com quem não tem. 
   Eu pensei que você não se importaria.
 
  
William: 😂😂
  Nem sei o que dizer.
  Deve ter uma lição de moral aí.
  Mas para cada uma moral eu encontro duas imorais .
  Vou pensar por duas semanas, depois eu volto ...
Marcelo: E aí, pra fechar com chave de ouro, ele ainda disse: Mas a gente pode dividir o meu agora.
  Nesse momento, eu entendi que meu filho aprendeu a essência do que eu tento ensinar: solidariedade não é sobre cálculo, é sobre coração.
  Eu tenho orgulho do meu filho. ❤️
William: Humm ... isso é mais fácil analisar.
  Segundo você o que ele queria mesmo era o brinquedo.
  Ele ficou com o que realmente queria, não dividiu com ninguém e ainda ficou bem na foto.
  Esperto.
  Aqui em casa minhas filhas já tentaram coisa parecida.
  Fiquei satisfeito com a esperteza delas, sinal de inteligência, mas ... pra cima do papai não.
  Nesse caso elas ficariam com o brinquedo e eu com o lanche.
Marcelo: Rapaz, não sei se sinto pena de você ou das crianças.
William: Em que sentido?
  Em um país com uma cultura tão primitiva quanto a nossa qualquer um habilidoso em técnicas de manipulação tem grande vantagem.
   Eu só uso para o bem e educo minhas filhas para que também usem para o bem.
Marcelo:  O lanche não me pertencia, foi iniciativa dele me dar de surpresa.
  O que você ensina às suas filhas é problema seu.
   Só lamento que você projete suas frustrações nelas e não consiga enxergar generosidade sem a lente da posse.
William: Seu filho trabalhou e pagou pelo lanche?
  Se sim, parabéns a ele, boa educação.
  Porque fazer caridade com o dinheiro dos outros ... é mole.
Marcelo: Eu ensino meu filho valores como caráter, honra, amizade, solidariedade, amor ao próximo e altruísmo. 
  Na minha casa, a gente escolheu agir certo. 
  Sei que cada um age conforme sua origem, mas aqui a escolha é clara: seguir pelo caminho do respeito e da responsabilidade.
William: Seu filho não agiu certo ao dar uma coisa que não lhe pertencia.
  Ensino para minhas filhas o que acho certo.
  Elas podem dar o que é delas.
  Dar qualquer coisa de outro sem pedir permissão é desrespeito.
  Não importa se é pai, mãe, filho, melhor amigo...
  Se não respeitamos nem as pessoas que gostamos imagine as outras.
Marcelo: Meu filho não fez caridade com o dinheiro dos outros.
  Ele recebe mesada, administra o que é dele e faz suas escolhas. 
  Nesse dia, decidiu dividir com quem não tinha.
  Isso não foi moleza, foi caráter.
William: Eu também dou mesada para uma filha, a outra já esta empregada.
  Mas convenhamos, ganhar uma grana do papai e da mamãe é uma coisa.
   Ralar para conseguir a grana é outra.
   O que passo para minhas filhas e tantas pessoas (tenho blogs) é esse contato com a realidade.
   A caçula por vontade própria trabalhou por um tempo como menor aprendiz.
   Teve dias que chegou chorando em casa 😂.
 Sexta dia 27 meu bebê Ellen (16 anos) começou a trabalhar em uma farmácia de produtos naturais.
  (Mandou essa foto).
  Sou contra ela trabalhar, é muito estudiosa, deveria focar nos estudos.
  Mas se decidiu viver essa experiência ... democraticamente eu aceito.
  Parabéns a minha filha por estar se transformando em uma ótima cidadã.
  Dia 28 meu outro bebê Aléxia (19 anos) saiu ás 8 horas e foi doar sangue.
  William 💛  Mara e nossos bebês criados com muito amor e responsabilidade.
  Escrevo muito sobre isso.
  A PATERNIDADE RESPONSÁVEL PODE “SALVAR” O MUNDO.
  Não precisamos de “jovens revolucionários” e sim jovens que evoluam enquanto cidadãos.
  Estudo, trabalho, honestidade, fraternidade.
  Que mundo maravilhoso podemos ter ...
Postado em 30/09/2019
                                                      
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  A PATERNIDADE RESPONSÁVEL PODE “SALVAR” O MUNDO.
  Não precisamos de “jovens revolucionários” e sim jovens que evoluam enquanto cidadãos.
  Estudo, trabalho, honestidade, fraternidade.
  Que mundo maravilhoso podemos ter ...
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