"Os médicos sugeriram a uma
jovem mulher que ela abortasse porque o bebê nasceria com alguma deficiência.
Ela se recusou.
A mulher é minha mãe, o bebê
sou eu."
[Andrea Bocelli]
"Andrea Bocelli nasceu na cidade de Lajatico em 1958.
Filho de Alessandro e Edi Bocelli, Andrea cresceu na fazenda da família, a cerca de 40 km da cidade de Pisa.
Aos seis anos de idade, iniciou aulas de piano e depois de flauta, saxofone, trompete, harpa, violão e bateria.
Andrea Bocelli nasceu com glaucoma congênito que o deixou parcialmente cego.
Com doze anos, durante uma partida de futebol levou um golpe na cabeça que fez com que sua cegueira fosse total.
Na infância, Andrea tocava órgão na igreja que se situava próxima à casa, onde ia todos os domingos com a avó.
Também aos doze anos de idade venceu o prêmio Margherita d'Oro, em Viareggio, com a canção "O Sole Mio", constituindo a primeira vitória numa competição musical.
Após a conclusão do seu ensino médio, em 1980, Bocelli foi para a Universidade de Pisa, onde mais tarde foi graduado em Direito.
Depois de trabalhar por um ano como advogado, Andrea teve aulas de canto do maestro Luciano Bettarini, dedicando-se à música em tempo integral."
História inspiradora, do tipo que NÃO gosto.😊
Mas entendo quem quem gosta, eu também já gostei.
Mesmo contra as probabilidades, você vai fazer alguma coisa importante e tem fé que vai dar certo.
Olha para esse cantor famoso como deu.
Mais tarde descobri que o problema com as histórias inspiradoras é que elas te "cegam" para realidade que na grande maioria das vezes o que era mais provável acontecer ... acontece.
Notem que os médicos não erraram na "previsão" que a criança provavelmente nasceria com grave sequela.
A bolada na cabeça pode ter acelerado o processo, mas até hoje (que eu saiba) a disfunção glaucoma congênito não tem cura, também não é daquelas disfunções altamente debilitantes.
E se fosse uma sequela cerebral?
Andrea nasceu em uma família bem estruturada italiana.
E se nascesse de uma família muito pobre de algum morro carioca?
Enfim, se inspirar nos poucos casos que dão muito certo é interessante desde que você não deixe de considerar que na maioria das vezes da errado ou muito errado.
Veja um caso que deu muito errado:
O TERROR SILENCIOSO
A história de um cineasta famoso, um filho
doente mental e uma tragédia.
“O diagnóstico saiu logo no início da gravidez.
Transmitida através das fezes do gato, a toxoplasmose é quase inofensiva para pessoas saudáveis, mas é grave para gestantes.
O parasita — Toxoplasma gondii — pode infectar a placenta e o feto, causando danos neurológicos severos, como atraso no desenvolvimento mental e motor, paralisia cerebral e epilepsia.
O caso de Dorinha era tão sério que o médico sugeriu que o casal discutisse a interrupção da gravidez.
Com um recém-nascido no colo e 20 anos de idade, Dorinha desorientou-se com a notícia de uma infecção grave da qual nunca ouvira falar.
Coutinho tomou o assunto para si e resolveu manter a gravidez, apesar dos riscos.
Com sua brava decisão, fez nascer o filho que um dia o mataria e cujo risco de suicídio seria um de seus pesadelos mais latentes.”
interessante, Freakonomics.
A parte sobre aborto era uma coisa que eu teorizava, o documentário apresentou números confirmando.
Não concordo com a teoria da folha em branco, isso não significa que eu desconsidero a influência do meio em nosso comportamento, apenas defendo que a essência do que somos, nossa “natureza” já está em nós desde o nascimento. (Genética ou espiritualmente, como preferir)
Gosto de ler, acumulei muito conhecimento o meio em que nasci permitiu isso.
Fui matriculado em escola aos seis anos, mesmo sem poder comprar livros os conseguia fácil na biblioteca.
E se eu fosse criado em uma família que não me alfabetizasse?
Que William existiria?
Me parece que é da minha natureza buscar conhecimento minha alfabetização poderia ser atrasada por anos, mas aconteceria.
Porem, sem acesso a bons livros eu seria quase irreconhecível, uma outra pessoa.
Por outro lado, se eu nascesse em uma família bem estruturada que me proporcionasse alto nível educacional, provavelmente eu estaria em situação social bem elevada, seria igualmente quase irreconhecível, talvez uma pessoa muito influente em nossa sociedade.
NOTEM QUE É A MINHA NATUREZA INTERAGINDO COM O MEIO EM QUE FUI EXPOSTO.
Vamos construir algumas equação filosóficas:
1 - Criança de natureza boa criada em ambiente bom.
Tem alta probabilidade de ser um pacato e eficiente cidadão.
2 - Criança de natureza boa criada em ambiente hostil.
É uma incógnita, depende muito da “qualidade desse espírito” e de quanto hostil é o meio.
3 - Criança de natureza má em ambiente ruim.
É difícil sair algo bom.
4 - Criança de natureza má em ambiente bom.
Pode ter seus pontos negativos bastante atenuados a ponto de não chegar a praticar nenhum crime.
Nesse documentário Freakonomics, os pesquisadores queriam saber porque os índices de criminalidade que vinham em escala crescente nos Estados Unidos começaram a reduzir drasticamente.
Ficou bem claro que a legalização do aborto foi o que mais influenciou na queda da violência.
Mulheres razoavelmente responsáveis se preocupam em não engravidar indesejadamente, fazem uso correto de contraceptivos.
Elas tem as crianças que desejam ter e por conseguinte são boas mães constroem um bom ambiente para seus filhos, procuram homens que sejam bons pais.
Gravidez indesejada pode acontecer por acidente, ninguém está livre disso, mas lembre-se que é preciso uma falha de duas pessoas, dois precisam ser descuidados ou muito azarados.
Na maioria dos casos a gravidez indesejada não é acidente.
Quando alguém transa sem proteção assume o risco.
O fato é que há pessoas de NATUREZA muito irresponsável, o que podemos fazer com elas?
Seu filho engravidou uma namorada, as vezes amiga, o que irá fazer?
Dar uma surra nele, obrigar a casar?
O casamento entre duas pessoas que se amam a ponto de se casar já não é fácil imagine pessoas casando apenas por conta de gravidez indesejada, difícil sair bom ambiente para criança disso.
Se a gravida é sua filha você faz o que, a expulsa de casa?
Por mais que não gostemos o aborto pode ser uma solução.
Se a criança nascer provavelmente 3 vidas serão prejudicadas, com o aborto uma vida não chegará a acontecer.
Isso não quer dizer que a garota e o garoto nunca serão bons pais isso pode acontecer daqui 4 ou 5 anos quando estiverem mais maduros.
O bebê crescerá em um bom meio...ou pelo menos melhor que a situação anterior.
Dependendo da sua crença sei que o aborto é inaceitável então vamos meditar um pouco sobre sua crença ou falta dela.
Você é ateu, o que implicaria interromper uma gravidez até o terceiro mês?
Em alguma punição divina você não acredita.
É apenas um problema legal, no Brasil aborto é proibido, mas leis podem ser mudadas.
Em um mundo com 7 bilhões de pessoas porque evitar o nascimento de uma criança indesejada seria um grande problema?
Se você é ateu é difícil ser categoricamente contra o aborto.
Um ateu “radicalmente” contra o aborto é algo irracional.
Se você é religioso me responda:
De onde vem o espírito?
Minha aposta é que a maioria dirá que é soprado por Deus.
Nas principais religiões que conheço o corpo é matéria, sem o espírito para anima-lo, a vida não é possível.
A pergunta é:
Porque o Deus que sabe tudo sopraria vida/espírito em um embrião que ele sabe que será abortado!?
Deus sabe tudo ou não?
Na dúvida Deus pode esperar até a situação se definir para soprar um espirito ou não.
Nós humanos (segundo religiosos) não conseguimos soprar vida/espirito, no máximo conseguimos manter o corpo biológico funcionando através de maquinas.
Em UTI é muito comum a “vida ir embora”.
O médico informa que o paciente está morto o que mantem seu corpo em funcionamento é apenas a máquina.
Por analogia podemos dizer que um embrião não sobrevive fora do corpo da mãe, ele é mantido pela “maquina” biológica da mãe.
A grande vantagem de Deus é que ele pode soprar vida ou não.
Não entendo porque religiosos SUBESTIMAM a inteligência ou a “natureza” de Deus.
O Deus que é senhor de tudo, pode tudo, ao mesmo tempo é OBRIGADO a soprar um espirito cada vez que um ovulo é fecundado!!!!
Se você é radicalmente contra o aborto não pode usar seu conhecimento sobre Deus para fundamentar o argumento, seria tratar a Deus como uma mentalidade muito medíocre/limitada.
É subestimar a natureza e inteligência de Deus.
Para concluir essa meditação.
Deixo bem claro que SOU CONTRA O ABORTO, gostaria que todas as pessoas fossem extremamente responsáveis com relação a tudo principalmente paternidade.
Não sou “radicalmente” contra o aborto.
Só da mulher pensar na possibilidade de abortar é algo para meditar muito se naquele momento uma criança nascerá em ambiente bom.
Eu não gostaria de nascer de uma mulher que não me desejasse.
Se for para ela me colocar em um ambiente de fome, violência, desprezo, irresponsabilidade...me abortar seria até um grande favor.
Se somos só maquina biológicas, o funcionamento da minha seria interrompido tão cedo que eu nem teria consciência de nada é como se eu nunca tivesse existido.
Se somos essencialmente espíritos soprado por Deus, espero que ele seja bom, justo ou pelo menos misericordioso.
Me providencie uma MÃE, não uma parideira.
Defendo que a decisão final de abortar (ou não) deve ser da mulher.
Se ela decidir pelo aborto, nós enquanto sociedade devemos possibilitar métodos seguros/eficientes.
Confesso que nesse imbróglio todo não é com a mulher que mais me preocupo...
“VEJA acompanhou durante quase meio ano a luta de Ligia, usuária de droga e mãe de um bebê de 7 meses, contra o vício que já está em 1 milhão de lares brasileiros”
[Veja]
A matéria é restrita a assinantes, em resumo fala de uma moça que luta para manter a guarda da criança e usa o dinheiro do Bolsa Família para comprar crack . Ela quer manter a guarda da criança por amor de mãe ou por amor ao bolsa família que lhe garante dinheiro para comprar pedras de crack?
Olhe para o bebê, esse espirito não merecia um ambiente melhor, não merecia uma mãe?
Usuárias de drogas deveriam por lei serem obrigadas a tomar anticoncepcionais de longa duração, tem um que fica ativo por 3 anos.
Bolsa família deveria ser negado para esse tipo de gente.
Senhoras e senhores se fosse para eu ser esse bebê, preferia não ter nascido.
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