sábado, 10 de dezembro de 2016

Mídia Isentona

 “GOVERNO TEMER É PÉSSIMO EM COMUNICAÇÃO.”

 

 “COMUNICAÇÃO DE TEMER É UM DESASTRE.”

 

 “GOVERNO FALHA EM COMUNICAÇÃO ATÉ QUANDO NÃO HÁ MOTIVO.”

 

 (Algumas manchetes dos portais de notícias – Dezembro de 2016.)

  

 

  Quando FHC, Lula, Dilma falavam em rede nacional você tinha o hábito de ouvir?
  Costuma ouvir no rádio a Hora do Brasil?
  Eu não.

  Atualmente meu maior canal de informação é a Internet, mas já foi jornais, revistas, TV aberta.
  Faz tempo que não entendo quando as "Celebridades da Mídia Jornalística" atribuem a falha de algum projeto do Governo a falta de comunicação.

  O projeto era bom, entretanto foi mal comunicado!?
  Mas se o projeto era bom porque a mídia não cuidou de divulga-lo!?

  Percebem como nós latinos nos colocamos totalmente nas mãos de algum Estado?
  Globo, Band, Record, SBT, Folha, Estadão … são empresas brasileiras com jornalistas brasileiros.
  Se um projeto é bom cabe a “imprensa” comunica-lo aos seus leitores.
  Porque essa dependência total de um comunicado do Presidente o qual poucas pessoas prestam atenção?


  Se alguns jornalistas veem falha no projeto apontem essas falhas.
  Acredito que todos nós queremos o bem da nação.
  Isso não pode ser colocado apenas na responsabilidade do Presidente e seus ministros.

  Aqui no Blog faço questão de analisar a informação e me posicionar.
  Apresento números, apresento a lógica da argumentação, faço sugestões.

  Seria interessante aqui no Brasil que a grande mídia se posicionasse mais contra ou a favor de alguma coisa, evitasse essa tal “isenção”, esse ficar encima do muro.

  Se a Folha é contra uma medida (PEC 241 por exemplo) exponha seus motivos, explique a seus leitores.
  Se o Estadão é a favor da PEC 241 exponha seus motivos explique a seus leitores.
  Se a medida é boa, mas tem seus pontos que o jornal considera negativo diga qual e porquê.
  Sua parte leitor, é analisar os fatos/argumentações e chegar a sua própria conclusão.

  O que devemos condenar no jornalismo é a mentira, a informação “sabidamente” falsa.
  Sim, porque o repórter pode ser ludibriado por alguém.
  Se o repórter publicou uma pesquisa que parecia idônea, mas depois descobrimos falha ou enganosa, devemos ficar indignados com os responsáveis pela pesquisa, não com quem a noticiou de "boa fé".

  Se alguém dá uma informação falsa é esse alguém que tem que ser questionado NÃO o repórter.
  Um travesti diz que saiu com um “famoso” e apresenta fotos.
  O repórter está divulgando uma informação a princípio verdadeira, nem importa se é relevante ou não.
  Depois a perícia descobre que a foto foi montada.
  É jornalisticamente ético o repórter fazer uma divulgação ainda maior sobre esse novo fato.
  Colocar o repórter no mesmo nível de quem deu a informação falsa ... não dá.


  Vamos para um tema importante.
  Reforma do ensino médio.
  O que lemos na mídia?

 

 "ALUNOS OCUPAM 400 ESCOLAS EM PROTESTO CONTRA A REFORMA DO ENSINO MÉDIO”

 

“BRASIL OCUPA AS ÚLTIMAS COLOCAÇÕES EM TESTES INTERNACIONAIS DE EDUCAÇÃO.”

 

“ESPECIALISTAS DIZEM QUE É PRECISO VALORIZAÇÃO DOS PROFESSORES.”

  

Ano 2016

 

  Se você ler as matérias desse tipo de manchete dificilmente encontrará algum posicionamento, é nossa mídia isentona.

  Você sabe se a “Globo” é a favor ou contra a reforma do ensino médio?
  A “Band” defende a obrigatoriedade da educação física no ensino médio ou é contra?
  O “SBT” acredita que educação artística tem que ser obrigatória no currículo?
  A “Record” reconhece a competência de nossos professores, só falta pagarmos mais a eles?

  Quando falo dessas empresas obviamente falo de seus profissionais, sua linha editorial.

  Nos Estados Unidos a mídia é tão independente que tem liberdade para ser “partidária”, defender ou ser contra alguma proposta, atividade ou declaração.
  Pode até abertamente apoiar um candidato e ser contra outro, algo que aqui no Brasil é uma heresia jornalística.
  Nem piada pode fazer com um candidato em período de eleição.

  No Brasil o dogma politicamente correto da mídia é a “ISENÇÃO”.

  Essa “isenção” é sinônimo de informação crua sem muita explicação.
  É se ater ao fato jornalístico sem demonstrar um posicionamento.

  Mas é fácil observar a "manipulação" via manchetes...

  “GOVERNO QUER IDADE MÍNIMA DE 70 ANOS PARA APOSENTADORIA.”

  Lendo a matéria você descobre que alguém cogitou essa hipótese, mas não é um consenso no Governo.
  De qualquer forma o que fica na cabeça do cidadão é a manchete.

  Falar que não temos "retorno nenhum dos impostos" é fácil, quero ver demonstrar que isso acontece de fato.

  Existe programas de analises políticas e econômicas, mas são linguagens eruditas que alcançam a poucos.
  
  No Brasil precisamos urgentemente que mais pessoas assumam suas responsabilidades individuais inclusive sobre a COMUNICAÇÃO.
  Se você entendeu EXPLIQUE.
  Esperar tudo de algum Governo é infantilidade política demais...

                                                

 "O governo não é uma razão, também não é eloquência, é força.

  Opera como o fogo; é um servente perigoso e um amo temível; em nenhum momento se deve permitir que mãos irresponsáveis o controlem."

  ➽[George Washington]

 



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