sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Pais e Filhos

   

  “Ninguém sabe o que aconteceu/Ela se jogou da janela do quinto andar/Nada é fácil de entender.”
  (Legião Urbana)


  😡 “A choradeira no brasil se dá por causa das injustiças sociais em altíssima escala e essa dívida há de ser cobrada não somente nessa geração, más ainda nas próximas, até que as imperfeições que houver não acometam mais os negros numa escala mais elevada do que os de qualquer outra raça ou etnia. ”
  (Comentarista no G+)

  Esse pensamento é o pensamento da maioria, se enchem de culpa em um masoquismo inexplicável.
  O duro é que são pensamentos cheio de boas intenções, mas muito maléficos...segundo um raciocínio LÓGICO.

   Passam para o garoto(a) negro que ele nunca vai conseguir nada se não tiver a caridade dos “brancos” ou tomar deles usando um revolver.

  Eu quero passar para o garoto negro que ele não precisa de esmola e muito menos da violência.

  Nascer pobre torna as coisas mais difíceis para todos.

  Trabalhe, estude e “seu lugar ao Sol” acontecerá na maioria das vezes, não estou falando de ficar rico, mas de ao menos ter condições de vida satisfatórias.

  O garoto negro não é inferior, mas pensadores com “boa intenção” os tratam como se fossem e a infelicidade é que muitos se convencem disso, realmente acreditam que não adianta estudar ou se dedicar a algum talento porque alguma sociedade “monstruosa” sempre lhe negará uma oportunidade.

  Dependendo da família que você nasce, a vida fica difícil independente de qualquer outra coisa.
  Olhe esse depoimento:


 Veja - No livro, a senhora revela uma infância muito pobre e um histórico de violência doméstica. Como essas experiências ecoam hoje?

  Luiza Brunet - Acho que sou uma mulher pouco doce, com atitudes masculinizadas.
  Estou tentando ficar mais flexível.
  Nós éramos seis irmãos e morávamos em uma casa de pau-a-pique, escondida entre cafezais, onde hoje é Mato Grosso do Sul.
  Nossa casa não tinha banheiro, só o que chamamos de casinha, sem sanitário.
  Fome eu não passei, porque tínhamos roça de milho, de feijão e dava para caçar.
  Nosso café da manhã era ovo cru, batido com açúcar e farinha, servido num prato que parecia um penico.
  Como eram muitas crianças juntas, nós não sentíamos a pobreza em suas facetas mais sofridas, era tudo meio brincadeira.
  A parte ruim era o alcoolismo do meu pai.
  Quando estava sóbrio, era muito afetuoso, mas, quando bebia, ficava violento.
  Por anos, ele agrediu minha mãe.
  Na primeira vez que tentou matá-la, eu tinha 10 anos.
  Eles brigaram e, com um facão, ele correu atrás dela.
  Minha mãe se escondeu na plantação de mandioca e passou dois dias lá.
  Eu me lembro do colchão deles, feito de folha de bananeira, com o buraco, aberto com o facão. 


   Como já escrevi várias vezes, minha infância foi difícil.
   Mas não posso culpar uma sociedade monstruosa ou um Governo “que não pensa nos pobres.”
  Meus pais casaram bem cedo, minha mãe estava gravida com 16 anos e teve mais 6 filhos (2 morreram).
  Já tinha pílula, camisinha, como meus pais nasceram em Campinas tinham fácil acesso à escola.
 
 Concluir faculdade é meio complicado até hoje (não só no Brasil).   
  Não é só dinheiro, muitos não gostam de ler/estudar...independente de cor, raça, religião, situação financeira da família.

  Meus pais não teriam grande dificuldade em terminar pelo menos o antigo “Ginasial” o equivalente ao ensino fundamental hoje.

  Deixar de estudar para constituir família não pode ser creditado a mais ninguém senão a eles mesmos.

  Culpa da mídia?
  Meus pais passaram boa parte da juventude no Regime Militar.
  A mídia tinha censura política, mas a censura “erótica” era bem maior.
  Os militares levavam muito a sério a “moral e bons costumes”.
  A mulher era fortemente desestimulada a qualquer relacionamento sexual fora do casamento.



  Apesar de tudo eu estudei, trabalhei e vivo razoavelmente bem.


 😡 “Essa dívida (histórica com os negros e mais pobres) há de ser cobrada não somente nessa geração, más ainda nas próximas, até que as imperfeições que houver não acometam...”
 (Comentarista no G+)

  Se você não gosta de ler/estudar, não se interessa por Historia, Ciência ou Matemática ...se interesse ao menos pela história de seus pais.
  As “imperfeições” que você quer cobrar de “gerações” passadas e futuras talvez sejam resumidas apenas a sua, a decisões tomadas por seu papai e sua mamãe.

  Por favor, caso não goste do que encontrar, NÃO odeie seu pai e sua mãe”...
  (Palavras da salvação 😏)

  Apenas tente começar uma história com menos “imperfeições” para seus futuros filhos, amém?

     “O passado serve para evidenciar as nossas falhas e dar-nos indicações para o progresso futuro.”
(Henry Ford) 




 “Você culpa seus pais por tudo, isso é absurdo
  São crianças como você, o que você vai ser quando você crescer” 
 “Meu filho vai ter nome de santo Quero o nome mais bonito”. 


   Está preparando para seu filho uma vida mais bonita, com menos “imperfeições”? 











     

 


  Ter filhos NÃO é azar.

  Faz parte da vida.

  Eu e minha esposa desejamos e planejamos a paternidade.

  (Se bem que minha esposa não queria filhos, cedeu para me agradar)

  Entretanto, depois que ela se descobriu gravida ... nunca tinha a visto tão satisfeita.

  Seu desejo de não ser mãe credito a imaturidade.

 

  Azar é da criança que nasce de pais irresponsáveis.

 

   

  

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