“Um outro dado que comprova a qualidade e universalidade do acesso à saúde em Cuba, por exemplo, é a taxa de mortalidade infantil.
(Quantidade de crianças com menos de 1 ano mortas entre 1000 nascidas).
Neste critério, Cuba lidera o ranking das Américas, empatando com o Canadá e ultrapassando os EUA na última década.
Esse dado torna incontestável o sucesso da ação governamental deste país nesta esfera.
O motivo principal do alto desempenho cubano com relação a esta área revela-se facilmente:
Durante praticamente todos os anos desde 2000, Cuba é o país das Américas que mais vem investindo em saúde.
O percentual do orçamento para essa pasta em relação ao PIB estava ao redor dos 10% em 2010 (último ano com registro), com histórico de crescimento significativo na última década.
(Em 2000, correspondia a aproximadamente 6%).”
➽[Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do RJ]
Tenho umas observações a fazer.
Regimes "fechados" como o cubano passam para o mundo os números que quiserem.
Porem, suponhamos que os números apresentados sejam bem próximos da realidade.
A meu ver existe um motivo muito mais significativo para o índice de mortalidade infantil em Cuba ser baixo.
Estou sendo dramático para provocar sua mente, mas o fato é que o índice de abortos em Cuba é altíssimo, há poucas restrições.
“Em Cuba o aborto é legalizado desde 1965.
A mulher grávida pode abortar sem restrições até a 10ª semana de gestação, sem precisar de motivo para isso.
De acordo com o médico cubano Miguel Sosa, presidente da Sociedade Científica Cubana para o Desenvolvimento da Família (SOCUDEF), o aborto em Cuba "é fácil, seguro, cômodo e gratuito", porém o país "considera o aborto como um problema de saúde e quer lutar para reduzi-lo
Antes de 1959, provocar um aborto só era legal em caso de perigo de vida à mulher grávida, em caso de estupro ou pela transmissão de doenças hereditárias, porém era frequentemente praticado ilegalmente como método contraceptivo.
Em 1961, o Ministério de Saúde Pública adota uma interpretação do Código de Defesa Social que amplia o acesso ao aborto em todos os hospitais do Sistema Nacional de Saúde (SNS), onde o atendimento era gratuito.
Em 1979, um novo código penal é publicado, e o aborto se torna gratuito e é realizado a toda gestante que o solicitar ao SNS.
Em um estudo realizado entre 1991 e 1993, 249 mulheres cubanas grávidas realizaram um aborto, seja ele cirúrgico ou medicamentoso, desde que menos de 56 dias tivessem passado desde o início de seu último ciclo menstrual.
Quase todas as mulheres que escolheram o aborto cirúrgico o fizeram por ser mais simples e rápido, 44% disseram que o escolheram por ser menos doloroso.
Do outro lado, 69% das mulheres que escolheram o aborto medicamentoso o fizeram por considerá-lo mais seguro, e 44% por não ter que passar por cirurgia.
As mulheres podiam escolher até três motivos.
[Wikipédia]
Testes são feitos e ao menor sinal de má formação do feto a mulher é incentivada a abortar.
Em Cuba na dúvida se a criança será saudável ou não... aborta-se.
Crianças que nascem com problemas dão um custo enorme a qualquer sistema de saúde.
A mãe deixa de trabalhar e não raro ainda recebe benefícios do Governo.
Com o índice de natalidade baixa a população de Cuba não cresce muito, ainda mais para uma ilha isso é muito interessante.
São menos indivíduos para consumirem os recursos naturais.
Geralmente quando sabemos que uma pessoa é filha única temos o "pré conceito" que foi uma criança mimada, esse é um estereótipo, mas como sabem estereótipos não surgem do nada.
Esses pais dão a seus filhos do bom e do melhor ... de acordo com o que é possível dar em Cuba.
Logo, não tem crianças em semáforos e orfanatos na proporção que tem em outros países.
Eu e minha esposa temos apenas duas filhas, para elas venderem bala em um semáforo... só se acontecer algo muito, mas muito grave com nós.
Foram e são razoavelmente "mimadas".
Roupas, passeios, material escolar da moda... poucas obrigações domésticas.
A mulher cubana só tem o filho que quer ter.
É bem diferente ser recebido com festa de ser recebido como um problema.
Uma cubana não teria dúvidas ... é aborto.
Fala com ele que está gravida, o cidadão prefere que você aborte.
Criar um filho que o próprio pai está renegando não é uma situação desejável.
Uma cubana provavelmente abortaria.
(Evidente que são situações genéricas, cada caso é um caso, estou falando da "tendência cultural".)
Sei que você que é radicalmente contra o aborto esta horrorizado.
"Me parece" que a boa educação e saúde das crianças cubanas está mais ligado a famílias melhor estruturadas graças ao planejamento familiar.
Prefiro que os homens usem camisinha e as mulheres tomem pílulas, na minha opinião é muito mais civilizado.
Nessa meditação não estou fazendo nenhuma apologia ao aborto.
Sou contra o aborto, mas sou mais contra uma criança vir ao mundo sem o amor de um pai e mãe.
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