sábado, 7 de maio de 2016

Hipertensão ou Diabete?


 😒“William, você apenas emitiu uma opinião, sem fazer a menor conferência das informações.

  Sou químico e, assim, tenho conhecimento matemático e estatístico acima da média da população brasileira.”

[Comentarista-Maio 2016] 

 

*Tinha um link para o debate, mas o G+ deixou de funcionar.


  Tomem cuidado com essas pessoas que esfregam um “título/diploma” em seu rosto e se insinuam superiores.
  O fato de alguém ser químico o torna um entendido em química só isso.
  Como química é uma ciência, a maior parte das informações são conseguidas com certa precisão em livros e sites de busca.
  Se você quer saber a ação do chumbo no organismo ... não precisa fazer faculdade de química ou medicina.
  É evidente que se uma leitura fosse suficiente para você ser um especialista não precisaríamos mais de escolas ou profissionais, então não vamos partir para ignorância do exagero.

  Qual a utilidade da pesquisa?

  Você adquire conhecimento básico do assunto, entende o que o especialista está dizendo e mais que isso, se ele realmente fala coisas condizentes com alguém que tem conhecimento do assunto.
  Tem gente que tem o título, mas não é bom profissional, não é alguém que tem o “dom” daquela profissão.
  Isso acontece muito.
  O indivíduo começa cursar uma faculdade acreditando que gosta daquela profissão, mas no segundo ano percebe que não é o que queria fazer na vida.
  Porém,  como jogar fora 2 anos de estudos e gastos?
  O cidadão se forma, não tem muita motivação para aquela atividade profissional.
  Tem o diploma, com o tempo adquiri experiência, mas não espere grande coisa, fica no limite do aceitável.
  Dito isso...

 

  

 A ciência não é tão exata quanto muitos têm a ilusão que é.

 

 

  Na maior parte do tempo é "Estatística" e estatísticas sempre pedem analises.

  Tem decisões que são muito pessoais.
  Não me sinto confortável para deixar que decisões importantes em minha vida sejam tomadas por outra pessoa por melhor profissional que seja ou por melhor boa intenção que tenha.

  Vamos a uma ilustração.

  Por parte do meu pai há casos de loucura na família, tenho tias que ficaram dementes por volta dos 40 anos, meu pai era paranoico.

  Da parte materna há problemas cardiovasculares, minha mãe usava marca passo.

  Cientificamente (estatisticamente) posso ter predisposição genética para hipertensão e/ou psicopatia.

  A loucura é uma possibilidade, porem até agora não percebi nenhuma deterioração mental ... fora do meu padrão habitual.
  Meu problema tem sido a pressão que tem chegado a 14.
  A medicina/ciência diz que sou hipertenso, pelas estatísticas sou mesmo.
  Pelos parâmetros aceitáveis a pressão arterial não deve passar de 13.

  E agora, o que fazer?

  Fui me tratar, fiz muitos testes e exames.
  Eu tinha razoável conhecimento sobre o assunto, me aprofundei mais.
  Foi me receitado Losartana, não vi nada que contra indicasse essa medicação.
  O problema surgiu na taxa de colesterol.
  Está acima do recomendado.
  A primeira prescrição médica é mudança de hábitos.
  Entretanto essa primeira prescrição não serve para mim.
  Não sou sedentário, não bebo, não fumo, minha alimentação é balanceada.
  Se não tenho muito o que mudar no comportamento e mesmo assim meu colesterol está alto isso sugere algo de natureza genética, tenho predisposição a ter colesterol alto.
  O método mais usado nesse caso é a medicação estatina.
  E aqui surge o grande enrosco:


  Todos nós vamos morrer de alguma coisa, se fosse lhe dada a opção de morrer de diabete ou doença coronária qual você preferiria?



 


 
“Droga usada para combater o colesterol aumenta risco de diabetes.
  Testes sugerem que a estatina tenha como efeito colateral aumentar o risco de ter diabete de 10% a 20%."

[Folha/Uol]







  
  Prefiro hipertensão que diabete.
  A diabete tem consequências muito mais terríveis.
  Você pode ter que se picar todos os dias.
  Pode acontecer de gangrenar alguma extremidade que tenha que ser amputada.
  Diabete provoca cegueira.
  Restrição alimentar.
  Enfim, a diabete é uma doença que aprisiona, exige diversos controles.
  
  Hipertensão é mais suave, os remédios são orais.
  Sempre há a possibilidade de um infarto fulminante, a dor deve ser terrível mas a morte é rápida.
  O grande enrosco é se o infarto não matar, mas deixar sequelas motoras.
(Enquanto eu tiver condições de cometer suicídio ... está tranquilo, há uma saída que só depende de mim.)

  Não existe doença boa, pelas minhas características sei que a hipertensão irá me acompanhar até a morte a não ser que alguma descoberta fabulosa da ciência aconteça.
  Sei que a hipertensão é uma doença “silenciosa”, por muito tempo não apresenta sintomas visíveis.
  No meu caso seu silêncio é quase total 
😊, apenas se revela em algumas medições de pressão, tenho um medidor de pressão em casa.
  Não sinto tonturas, dor no peito, falta de ar...
  Sinto muita preguiça, indisposição, mas tem gente que nasce boiola.
  Eu nasci preguiçoso 
😊.
 (Não confundir com vagabundo, minhas obrigações eu faço.)

  Tenho preguiça até de tomar remédios.
  Saber que o uso de algum pode interferir negativamente na maneira como vou morrer ... não é nada encorajador.
  Decidi que não tomarei estatina a não ser que meus níveis de colesterol subam demais.


 

 IMPORTANTE: Essa é uma decisão pessoal, não uma recomendação.

  Esse é um Blog de Filosofia, esse texto fala essencialmente de como está fácil adquirir conhecimento.

  Seu médico, mecânico, pastor, padre, psicólogo, livro de auto ajuda ... podem ter a opinião técnica deles e deve ser levada muito em conta, mas o principal responsável por sua vida é VOCÊ.

 

 


  Quando caminhamos para morte não há final feliz.
 [William Robson]





 

 

 Boa Notícia 11/09/2016:

 

  “Estudo confirma eficácia das estatinas para prevenir problemas cardíacos.

  Apesar de uso amplo, havia debate acadêmico sobre eficácia do método.

  Benefícios são maiores que efeitos adversos, concluiu revisão.”

[Globo]

 

*Percebam que não estão negando os "efeitos adversos" apenas pesando "estatisticamente" o custo benefício.

 

 

 




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