sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Não toque em mim!

 

  O HC Unicamp era uma verdadeira zona em termos de circulação  de pessoas.

  (Gosto de contar alguns casos que possibilitam um olhar sobre nosso grau de civilidade.)
  
  No pátio de espera das consultas o "controle possível" era mínimo.
  Ambiente propício para roubos, golpes e mendicância.
  Já havia projetos para controlar melhor o acesso, a ocorrência  da pandemia acelerou as medidas.
  Exigências simples, mínimas e lógicas.

 

 

 1 - Apresentar o papel da consulta na porta de entrada.
 

 2 - O paciente deve entrar com um único acompanhante, diminui a aglomeração.
 
 3 -  Consultas no segundo andar, entrada pelo segundo.
  Consultas no terceiro, entrada pelo terceiro.
  Assuntos administrativos, entregas e retiradas de materiais pelo primeiro andar nos fundos do hospital.

 

 


  Como eu disse regras simples, lógicas que dispensam  maiores explicações.

  Mas tem uns cidadãos "selvagens" que não  aceitam.

  Ontem (22/12/22) um cidadão discutiu na portaria.
  A consulta era no terceiro, mas ele queria porque queria entrar pelo segundo e com um agravante... nem papel de consulta queria apresentar.

  A argumentação dele:

😡 "Me trato aqui há 30 anos, já sei onde tenho que ir, sempre entrei por aqui e vou continuar entrando."

  Vejam bem o hospital não  criou nenhuma dificuldade extrema.
  E melhorou a segurança de todos em termos biológicos e patrimoniais, mas alguns se recusam terminantemente a colaborar.

  (Depois descobriu-se que ele nem era o paciente e sim um parente, ele veio renovar uma receita no setor de reumatologia, coisa que explicada a segurança do terceiro andar, ele entraria sem transtornos).

  Sem me alongar vou destacar dois pontos:

a) Acredito que o cidadão exagerou ao dizer que frequentava o hospital "há 30 anos".
  Ele não parecia ter mais de 40.
  Vamos dizer que utiliza "nossos serviços" há dez anos.
  Depois da Reumato ele se dirigiu a farmácia de alto custo.

  Imaginem o custo do familiar desse cidadão para a sociedade!

  Mas ele fala com um orgulho, parece um presente de Deus para o Brasil...
  Na visão dele, "consumir tanto dinheiro dos impostos" é um grande favor que presta a todos nós!!
  Só por esse grande feito não deve ser submetido as regras de segurança e organização da empresa...


  (Por favor, ninguém fica doente porque quer, apenas não entendo o comportamento dessas pessoas.
   Elas custam caro para nosso sistema de saúde, mas se comportam como se nós "saudáveis" devêssemos a elas!!)





b) O cidadão entrou porque na pratica a segurança não pode usar força física ... outra aberração  na nossa cultura.
  Se um estabelecimento tem uma norma e a pessoa se recusa a seguir, usar a força deveria ser o esperado de um segurança, mas no Brasil  não, tem a "lei do não pode tocar" daí fica difícil.

  Fica aquela gritaria e o cidadão vai avançando, ele não te toca e você não toca nele.
  Vai impedir sua entrada como?
  As catracas e divisórias são mais para delimitação dos espaços, não são projetadas para impedir uma invasão de fato.
  Vai da "civilidade" do individuo...ou de  mudar nossa "cultura" de como um segurança deve agir.









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