quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Sobre o Ciúme

  “Uma vez descoberto, o ciúme passa a ser considerado por aquele que é objeto dele como uma desconfiança que autoriza a enganar”.  
[Proust]

   A Filosofia Matemática não nos ajuda a evitar os sentimentos, mas possibilita darmos um “peso” a eles.
  Algo como, até que ponto alimentar tal sentimento pode nos ser útil, inútil ou nos trazer prejuízo?

  Para o ciumento a parceira é culpada até que prove a inocência então é punida com acusações e desconfiança antes de praticar o crime.
  É desagradável sermos acusados de um crime ou erro que não cometemos.
   Depois de muito ser punida antecipadamente o adultério passa a ser uma espécie de recompensa por maus tratos.

  Não podemos evitar o ciúme, mas se conseguirmos perceber o quanto ele é prejudicial fica mais fácil mantê-lo sob controle.

  Depois de muito controlar o ciúme, quase não mais o percebo em mim.
  É mais uma daquelas coisas que faz as pessoas me verem como uma geladeira ambulante, um monstro. ​​
  Sinceramente não vejo lógica em alimentar um sentimento tão sem sentido.
  Sempre gostei que as coisas fizessem algum sentido, é da minha natureza, nasci assim.

Medite comigo:

  A não ser que você namore uma pessoa muito feia e/ou desagradável ela namora com você porque quer.
  De certo ela deve ter outros pretendentes se escolheu você ... escolheu você.
  Mulheres gostam de um pouco de ciúmes, elas sentem que são importantes para você.
  Mas ciúmes/possessividade demais torna qualquer pessoa muito chata.
  Logo, se você alimenta muito o sentimento de ciúme fica muito chato, não sei em que isso pode ajudar a mulher manter interesse por você!
  [Nesse texto vamos esquecer as masoquistas.]

  “E se a mulher se apaixonar por outro homem?”

  A pergunta boa não é essa, vamos ao questionamento certo.

  Como você pode evitar que alguém se apaixone por outro?

  NÃO TEM JEITO, o amor/paixão simplesmente acontece.

  O que sei é que se você for um cara legal “normalmente” o companheirismo fica mais forte entre o casal.
  Se um relacionamento está legal tendemos a não trocar o certo pelo duvidoso.
  Enquanto a mulher estiver pensando:

  “Eu namoro um cara legal acho que vou me casar com ele.”

  Você está bem na cena.

  Quando a mulher começa a nem se imaginar casando com você ... fica complicado.
  Ela está considerando novas possibilidades, outros pretendentes.

  Um homem experiente sabe quando uma mulher está muito a fim dele.
  O problema é que não nascemos experientes.
  Isso não é nem questão de idade, vejo homens maduros que não sabem ler os sinais que as mulheres emitem e nunca vão saber lidar com o sexo oposto, não está no rol de habilidades deles.

  De qualquer forma seja você experiente ou não, habilidoso ou não ... o ciúme excessivo não lhe traz vantagem nenhuma.

  Não escolhemos o que sentir, mas escolhemos como agir.

  Se não há motivos claros para desconfiar da sua parceira, NÃO desconfie.
  Análise os fatos NÃO imagine situações.
  Sua companheira diz que vai ao dentista, porque ficar imaginando que ela tem um caso, baseado em que?

  Sua namorada diz que vai a um lugar.
  Mesmo que sua insegurança não queira que ela vá, respire fundo, se controle, deixe o ciúme chegar, deixe o ciúme passar, seja companheiro, CONFIE.

  E se ela começou a ter um caso com o dentista?
  Essas coisas são difíceis de esconder por muito tempo.
  Você vai descobrir.
  Vamos voltar a aquela nossa pergunta importante.
  O que você podia fazer para impedir? Ser ciumento possessivo ajudaria?
  Claro que não.

  Se uma mulher se interessou por você a ponto de aceitar namorar, para manter o relacionamento o que você pode fazer é ser legal, companheiro.
  Se ela se interessar por outro homem ... é a vida.

  Não temos controle sobre tudo, não controlamos nem nossos próprios sentimentos imagine as ações e sentimentos dos outros.


  Entendendo que o ciúme excessivo só lhe traz dor interna e desvantagem nos relacionamentos, fica mais fácil mantê-lo sob controle, com o tempo ele não passa de um tênue instinto primitivo.









“As paixões, quando mandam em nós, são vícios.”
[Blaise Pascal]