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Emenda Parlamentar é um instrumento que permite a Senadores e Deputados sugerirem destinação para os "gastos do Governo", NOSSO DINHEIRO dos impostos.
O Congresso analisa e aprova ou não.
Os parlamentares podem apresentar mudanças no orçamento.
Remanejar recursos, acrescentar ou cancelar algum projeto.
Deputados e Senadores vem de todas as regiões, conhecem melhor as necessidades dos locais que representam.
Uma pequena parte dele o Governo é praticamente obrigado a liberar, mas a maior parte, digamos 90%, o Governo libera quando quiser ou puder.
Em geral o Governo prioriza os "aliados".
Dez milhões o governo é obrigado a liberar seguindo certos trâmites legais.
Noventa milhões depende muito da vontade do Presidente da Republica.
Tenho lido muita ignorância ou má fé explícita a respeito da liberação de emendas.
Não é que o Governo vai depositar essa quantia em uma conta pessoal de Deputado.
O Senador ou Deputado da sua região apresenta isso como proposta de orçamento.
Para facilitar o cálculo vamos dizer que essa duplicação custe exatos 100 milhões.
Se o Governo liberar essa emenda parlamentar a estrada sai, se não liberar não sai.
A estrada sendo construída o Prefeito fica bem na fita, o parlamentar que conseguiu a liberação fica bem na fita consegue votos na próxima eleição.
VOCÊ morador fica bem na fita, de certo a duplicação da rodovia trará uma melhora no trânsito da sua região.
Referem-se a liberação de emendas como compra de parlamentares pelo Governo, mas podemos também chamar de chantagem dos parlamentares contra o Governo ... depende do ponto de vista e da situação.
Ele sabe que se der uma de difícil o líder do governo o paparicara com uma maior liberação de verba.
Se o parlamentar realmente não gosta do projeto vai se posicionar contra independente de qualquer coisa.
Por convicção ou medo de perder eleitores o parlamentar é a favor da lei do desarmamento (só um exemplo) vai rechaçar qualquer projeto que a modifique.
Da mesma forma um deputado evangélico pode ser radicalmente contra qualquer flexibilização sobre a lei do aborto.
Será que ele desde o início concorda com o projeto, mas faz o governo refém da sua decisão?
Não vou entrar por tantos meandros, vamos concluir.
Do jeito que está, a liberação de emendas dá um grande poder ao Presidente/Governo ao mesmo tempo que o torna refém.
A lógica me diz que é mais fácil fiscalizar as ações de um político (O Presidente), que mais de 500 políticos (Deputados e Senadores).
Nós mandamos muito dinheiro a Brasília para depois tentarmos conseguir que nos mandem alguma coisa de volta através de emendas parlamentares.
Defendo que a maior parte dos impostos gerados no município fiquem no município.
Claro que isso demanda muitos cálculos e estudos técnicos.
Vamos a um chutômetro.
80% dos impostos gerados em Campinas ficariam em Campinas, 20% iriam para o governo estadual.
O Governo estadual ficaria com 20% da arrecadação de cada município.
A União ficaria com 20% da arrecadação de cada Estado.
Todas as cidades iriam buscar produzirem riquezas, não ficar disputando quem consegue mais retorno do que arrecadou junto ao Governo Federal.
Que passem a ser distritos dos que se sustentam.
Porque um povoado quer prefeitos e vereadores se não arrecada impostos suficientes para isso!?
Quem me explica?
“Nos últimos 20 anos foram criados mais de 250 municípios no Nordeste.”
“Na federação norte-americana o Estado tinha que produzir riquezas e ser AUTOSSUFICIENTE, esta era a regra básica.”
Audiobula
Outras considerações citadas em debates:
1 - BARGANHA ENTRE PARLAMENTARES E BASES
As emendas parlamentares são tradicionalmente utilizadas para projetos que agraciam as bases eleitorais dos congressistas.
Ficam de olho nas emendas principalmente os prefeitos, que dependem em parte desses recursos.
Ou seja, assim como o governo possui uma vantagem em liberar as emendas para o Congresso, os parlamentares conseguem barganhar com políticos da esfera municipal.
Vale notar que deputados estaduais também têm o poder de emendar o orçamento estadual, o que garante poder semelhantes ao dos deputados federais e senadores, dentro de seus estados.
Esse quadro é criticado por muitos prefeitos, que culpam o modelo de tributação brasileiro, excessivamente centralizado na União.
Com o grosso dos tributos arrecadados no nível federal, cria-se uma dependência do poder municipal em relação a Brasília, pois são eles que podem garantir verbas realmente significativas para investimentos nos municípios.
O QUE UMA EMENDA PARLAMENTAR PODE TER A VER COM A CORRUPÇÃO?
Além da questão da barganha entre deputados, senadores e respectivas bases eleitorais, existem também casos mais graves envolvendo o uso de emendas parlamentares.
Não são raros os escândalos de corrupção ligados ao uso desses recursos.
Há casos de deputados que supostamente cobravam propina sobre a liberação de emendas a determinados grupos empresariais, como o ex-deputado federal e hoje deputado estadual de Minas Gerais João Magalhães, que foi acusado de vender emendas por propinas de 10% a 12%.
2 – QUANDO CONSTATADO QUE O PARLAMENTAR DE FATO VENDEU O VOTO DEVERIA IR PRESO COM PENAS BEM DURAS.
Joesley comprou deputados para VOTAR CONTRA IMPEACHMENT de Dilma
Em sua delação, no anexo 13, Joesley Batista disse que o deputado federal João Bacelar apareceu em sua casa na noite anterior à votação do impeachment querendo comprar deputados para votar contra o impeachment de Dilma.
Cada deputado custaria 5 milhões de reais.
Joesley ouviu e assentiu então que ele virasse o voto de cinco deputados ao custo máximo de 3 milhões de reais cada um.
Queria também a lista dos que viraram o voto.
Dos 15 milhões de reais, Joesley pagou 3,5 milhões de reais.
Porque Joesley queria tanto que Dilma permanecesse!?
3 - PARALELO A ISSO TEMOS QUE REDUZIR DRASTICAMENTE O NÚMERO DE CARGOS COMISSIONADOS.
(Outra situação que não sabemos até onde o Governo é algoz ou refém.)
As câmaras deveriam ter só funcionários concursados, o político eleito poderia levar um ou dois assessores e mais nada.
4 - Precisamos mudar o método de liberação de emendas, mas por enquanto FAZ PARTE DO JOGO.
Ou só PSDB e PT podiam priorizar emendas para aliados!?
“GOVERNO DILMA CEDE MAIS 700 MIL PARA CADA PARLAMENTAR.
[Para aprovar LDO]”
“Às vésperas da votação da proposta que muda a meta fiscal de 2014, o governo editou decreto condicionando uma nova liberação de R$444,7 milhões para as emendas individuais à aprovação da proposta que muda a meta fiscal de 2014.
O decreto da presidente Dilma Rousseff amplia em R$ 10,032 bilhões os gastos de toda a máquina pública este ano, sendo uma cota diretamente destinada aos parlamentares.
Os R$ 444,7 milhões garantirão uma fatia de R$ 748 mil para cada um dos 594 parlamentares (513 deputados e 81 senadores).
[Globo]
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