segunda-feira, 30 de março de 2020

Terra Plana

 

  Há milênios, pessoas observadoras já especulavam que a Terra é arredondada.

  “No século 4 AC o conceito de Terra esférica já era aceito por boa parte dos filósofos gregos.
  Por volta de 350 AC, Aristóteles formulou seis argumentos para prová-lo e relatou uma estimativa da circunferência da Terra, talvez de Eudoxo, de 400 mil estádios (cerca de 60 mil km).
  Arquimedes relatou que contemporâneos seus estimavam esse valor em 45 mil km.”


   Galileu e Colombo ficaram com a fama sobre a “descoberta” que a Terra é arredondada.
   É o que aprendemos na escola.
   Não podemos dizer que Galileu e Colombo plagiaram uma ideia, foi um progresso natural das coisas.

   Galileu e Colombo não passaram de repente a enxergar algo que toda a humanidade ignorava totalmente.

  Então porque a ideia de Terra Plana persistiu por tanto tempo?
  (Até hoje tem quem defenda essa teoria.)

  Por outra observação comum a todos.

  É difícil se equilibrar em cima de uma bola.

  Tudo bem, a Terra seria uma bola enorme e nos equilibramos porque estamos bem no topo dela.
  Mas se caminharmos até um certo ponto, escorregaremos para o espaço infinito.
  Vejam que é uma linha de raciocínio coerente.

  Outra possibilidade seria ela ser plana ou quadrada.

  Porque a sensação de círculo quando olhamos para o Sol ou horizonte?

  A Terra seria plana ou quadrada o Universo que a cerca não.
  Veja o nosso caso, não somos redondos (ignoremos os muito gordos 😏), mas se formos colocados dentro de um recinto esférico a visão do que está a nossa volta será um horizonte circular.

  O que mudou com o passar dos séculos?

   Humanos mais aventureiros começaram a navegar cada vez mais longe curiosos para observar onde o mundo acabava.
  Seja porque não fosse mais possível se manter em cima do topo da Terra, ou no caso dela ser quadrada ou plana, observar a borda.

  Sabemos o que aconteceu, aventureiros como Cristóvão Colombo experimentaram na pratica a esfericidade do planeta.

  Porque não escorregamos fora da grande esfera quando saímos do "suposto" topo?

  A nova especulação é que alguma força nos puxa para o centro do planeta...

  Vamos ficando por aqui.

  Essa meditação é só para mostrar que não devemos ridicularizar o entendimento dos antigos.
  Se vivêssemos naqueles tempos com aqueles conhecimentos engatinharíamos nas mesma teorias.

  De certo, daqui mil anos, se nossa espécie ainda existir e não houver alguma ruptura da nossa evolução tecnológica, ao olhamos para o século atual veremos que estamos engatinhando em muitas coisas.
  O que nos parece coerente/lógico pode ir por terra abaixo diante de algum novo conhecimento.

  E o que parece não fazer sentido ou ser impossível pode deixar de ser.





  É 2019 e 11 milhões de brasileiros acreditam mesmo que a Terra é plana.
  [Hypeness]





  Me parece que o conhecimento da “Força da Gravidade” ainda não é aceito por muitos.
  Daí só sobram as teorias mais primitivas de porque não “caímos ou escorregamos” para fora do planeta.












  ARGUMENTOS são ideias lógicas relacionadas entre si e com o propósito de esclarecer e resolver determinada situação ou dúvida, por exemplo.
  Os argumentos são normalmente baseados em premissas que ajudam a construir uma conclusão.”

  PREMISSAS representam as ideias iniciais que deram origem ao objeto de estudo.
  Elas são, portanto, os pontos considerados como verdadeiros, a partir dos quais o estudo vai ser desenvolvido.

  OPINIÃO é a manifestação de uma forma de ver, representando o estado de espírito e a atitude de um indivíduo ou de um grupo em relação a um determinado parâmetro ou realidade.
  A opinião de uma pessoa é aquilo que ela acredita ser verdadeiro.


  Observem que opinião está ligado ao que a pessoa acredita ser verdadeiro, algo pessoal.

  Argumento está ligado a buscar o que é verdadeiro de fato independente de crença, algo impessoal.

  Para um grupo a Terra ser plana é uma opinião (crença pessoal dos participantes do grupo) uma vez que seus argumentos não apresentam premissas que corroboram nosso atual conhecimento cientifico.

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segunda-feira, 16 de março de 2020

Feliz 2020!

  Congressistas estão pedindo para o Governo enviar as propostas de reforma administrativa e tributária.

  Os especialista da mídia pedem a mesma coisa.

  Eu estava pedindo ... até que decidi meditar mais profundamente sobre a questão.
  O resultado foi esse.

  Conhecem aquele ditado, quem tudo quer nada tem?
  Se aplica bem ao ano de 2020.

  A reforma tributária é importantíssima e se for boa vai reorganizar nossa sociedade de uma maneira bem diferente da que estamos acostumados.
  A balburdia atual beneficia certos grupos poderosos que não vão querer largar o filé mignon.
  Não, não são “vilões”, se adaptaram ao sistema vigente.

  Um exemplo paralelo só para visualização mental...
  Taxistas trabalham bastante, pagam impostos, no geral são pessoas honestas cuidando de suas famílias.
  Mas veio a modernização dos aplicativos e quem já estava adaptado ao mercado de transporte por táxis detestou a novidade.
  Houve confrontos, mas como a população em geral se beneficia com os aplicativos ... nem os próprios taxistas acreditam que tudo pode voltar como era, eles mesmos hoje em dia, na pratica, funcionam como os aplicativos.

  Quero dizer que NÃO SE ILUDAM.
  Os debates sobre as reformas tributária e administrativa serão grandes batalhas.
  O mais complicado nesse tipo de projeto é a população em geral entender que será beneficiada e lutar por isso.
  Por outro lado, quem sabe que terá que ceder em muitos privilégios já monta um exército para defender sua posição.
  É o que chamamos de lobismo.

  Lobismo, também referido como lóbi, é o nome que se dá à atividade de influência, ostensiva ou velada, de um grupo organizado com o objetivo de interferir diretamente nas decisões do poder público, em especial do poder legislativo, em favor de causas ou objetivos defendidos pelo grupo por meio de um intermediário.

  Muitos demonizam essa atividade, eu não.
  Considero uma ação perfeitamente democrática ... desde que NÃO envolva corrupção.
 
  Exemplo rápido.
  Os fabricantes de armas tem todo direito de lutar pela aprovação de uma lei mais branda sobre a posse de armamentos.
  Assim como os grupos contrários as armas, tem o direito de tentar tornar a lei mais rigorosa.
  Essa luta deve ser no debate, na argumentação.
  Entrou propina (direta ou indireta) é crime e deve ser punido.

  No final, “esperamos” que não vença “radicalmente” nenhum dos dois grupos.
  O ideal é que a população em geral encontre um bom senso nas leis de acordo com o momento que vivemos.
  E que os congressistas na “dosagem” das leis representem o desejo da maioria, respeitando as minorias.

  Enfim.
  Conseguimos uma reforma da Previdência aceitável.
  Isso tomou conta de todo 2019.
  Não pensem que a reforma tributária (ou administrativa) tem como ser melzinho na chupeta.
  Qualquer uma das duas vai tomar tanto tempo quanto a da Previdência.
  Nesse ano tem eleições Municipais.
  Conseguir muitas prefeituras é a prioridade de qualquer partido que pretenda se estabelecer nacionalmente.
  Imagine a bagunça geral.
  O congressista tem que lidar com toda complexidade de uma reforma fiscal.
  Com toda complexidade de uma reforma administrativa.
  Não pode se descuidar da base eleitoral em sua cidade nas eleições municipais... é dali que saem os votos para ele se manter no Congresso.

Quem tudo quer, nada tem.

  Como se não bastasse tem o Covid 19 com implicações difíceis de prever, mas sabemos que bom não vai ser.
  Estamos esperando apenas para quantificar o tamanho da catástrofe econômica mundial.

 Minha sugestão é que a maioria da população chegue a esse consenso que é melhor votar o que já está no Congresso e que possibilite um 2020 estável sem colocar mais lenha na fogueira.

Aprovamos o que for possível aprovar no primeiro semestre (PEC Emergencial).

Cuidamos das eleições Municipais no terceiro trimestre.

No quarto trimestre voltamos nossas atenções para reforma tributária e/ou administrativa.

Em 2021 estaremos prontos e teremos o ano todo para construir boas reformas.


  Essa lógica entra em sua mente?


  Esse ano ser bom ou péssimo depende do bom senso da maioria.
  Conto com você.
  Feliz 2020!







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domingo, 15 de março de 2020

PEC Emergencial

  Nos regimes democráticos o Presidente de qualquer instituição do Estado pode muito, mas não pode tudo.

  Esse muito ... nem é tanto assim, depende das regras aprovadas pelo conjunto da Sociedade.


  Escuto muito “especialista” dizer que o Presidente (Governo) está lento nas reformas.     
  Meu pensamento permanece o mesmo, elegemos Presidente, não Rei com poderes absolutos, nem um ditador.

  É bom que seja assim, mesmo com a melhor das intenções o Presidente pode estar equivocado.
  Para não ficar remoendo o passado distante, vamos falar do passado recente.



👉 Dilma queria criar aqueles conselhos comunitários ao estilo venezuelano/cubano.

👉 Jair Bolsonaro queria acabar com as lombadas eletrônicas.



  Logo, a Democracia exige o debate de ideias e que vença a que “convencer mais pessoas”.
  Sim, a maioria pode estar errada ... mas não vamos complicar a meditação.

  Importante é você entender que:

  Fora a vontade do Presidente do STF, tem o voto de mais 10 ministros.

  Fora a vontade do Presidente do Senado tem mais 80 votantes.

 Fora a vontade do Presidente da Câmara dos Deputados, tem mais 512 votantes.

  Fora a vontade do Presidente da República tem todas essas outras vontades e a opinião publica.


  Ao invés de pura e simplesmente demonizar Rodrigo Maia (só um exemplo) você procurou averiguar como votou e que argumentos usou o deputado que você elegeu ou admira?

  Hoje em dia, graças a Internet, é possível ir na rede social do eleito e cobrar explicações.
  Se ele “te convencer” o apoie, senão deixe registrada sua insatisfação.

  No debate com outras pessoas, o que também graças a Internet ficou muito fácil, é possível colocar sua opinião a prova.

  Você acredita que está certo em uma questão, mas consegue defende-la com bons argumentos?

  Se não consegue é melhor mudar de opinião, e apoiar o que “parece” ser mais certo.
  (É difícil ter certeza em tudo.)

  Eu sou a favor de manter as lombadas e fui contra os tais conselhos populares poderosos.

  Vamos falar do presente e projetar o futuro.

  “Por enquanto” defendo que o Governo mande os projetos de reforma fiscal e administrativa depois das eleições municipais.

  Devemos pressionar o Congresso para se concentrar na aprovação da PEC Emergencial, com as devidas correções de acordo com a vontade da maioria.

  Antes de apresentar meus argumentos, adquira conhecimento:



  O Teto de Gastos é um limite de despesas anuais criado em 2016 para ajudar a controlar o aumento da dívida pública.
  Antes do teto, a mentalidade do Governo era pensar antes nas atividades a serem realizadas e só depois se preocupar com o dinheiro.
  Deste modo, as despesas aumentavam a cada ano e desestabilizavam a economia do país.
  A partir de 2016, a mentalidade mudou.
  Criou-se um limite (um teto) de despesas, calculado com base nos gastos do ano anterior, corrigidos pela inflação.
  Em 2019, o teto foi de R$ 1,407 trilhão; em 2020 será de R$ 1,454 trilhão.




Texto Anterior 
(Para quem pegou o bonde andando)


Depois continuamos...









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sábado, 14 de março de 2020

Congresso Problema

 
  Meu balanço financeiro de 2019 não foi dos melhores.

  Várias despesas não previstas aconteceram.
  Depois de gastar muito dinheiro (para meus padrões) com a revisão da moto, 2 meses depois a bateria deu problema, lá se foram mais 800 reais.
  Geladeira, Home Theater, micro-ondas tiveram que ser substituídos.
  Até a cama quebrou.
  Quando coisas desse tipo quebram gosto de substituir por algo mais moderno, melhor do que eu tinha (desde que não seja fora da minha realidade econômica) produtos mais sofisticados, tem preços mais “sofisticados”.
  Só sei que em 2019 gastei mais do que ganhei, tive que me socorrer na poupança para aqueles gastos do começo de 2020, IPTU, IPVA.
  No mais foi um ano tranquilo, muitos textos escritos, paz familiar, trabalho tolerável, nenhum problema de saúde mais grave.

  Para 2020 espero voltar a minha rotina de gastar menos do que ganho, voltar ao "equilíbrio fiscal".

  O bom de agir dessa forma é que se a economia brasileira vai bem eu consigo ir melhor, acumulo capital.
  Se a economia fica patinando ou dá ré, eu fico estável ou acumulo menos capital, mas não entro em crise.

  Você que tem tanta responsabilidade financeira quanto eu deve viver situações semelhantes.
  Ocorre algum imprevisto que aumenta os gastos, mas logo a situação fica sob controle.
  Sem dividas significativas e até alguma poupança.

  Tem aqueles que se endividam um pouco mais, gastam no limite, mas mantem as contas sob controle, ocorre que ficam mais vulneráveis nas crises.
  Qualquer imprevisto precisam de algum empréstimo.

  E por fim tem os que estão em permanente crise, não importa quanto ganham sempre se endividam além da conta.

  Porque estou escrevendo essas coisas?

  Vivemos um momento complicado, senti vontade de publicar alguma coisa a respeito.

   Externamente não tem muito o que possamos fazer.

  Guerra comercial China Estados Unidos, é briga de cachorro grande, melhor não escolher lado, temos negócios com as duas nações, é preciso manter tanta neutralidade quando possível.

  Os planos de poder do Putin sacrificam qualquer coisa para permanecer Czar da Rússia (guerra do petróleo), isso é problema do povo russo e das nações desenvolvidas.
  Sim, somos afetados, mas externamente não tem nada que efetivamente possamos fazer.

  Covid 19?
  Embora a mortalidade seja baixa a contaminação é rápida e o tratamento exige hospitalização.
  Esse tipo de coisa custa bastante dinheiro dos impostos, aquela conta extra que poucos países estão preparados para arcar, sem deslocar recursos de outras áreas.
  Mesmo que o Covid não chegue forte por aqui (esperança tosca) com tantas proibições e fechamento de fronteiras o comércio e produção mundial já foram afetados.
  Esperar grande aceleração da economia brasileira enquanto o mundo desacelera é preciso muito otimismo sem fundamento.

  Sem mais delongas.

  Se nós enquanto povo persistimos na busca de equilíbrio fiscal não ficaremos imunes a crises, mas elas serão mais brandas nada que nos leve a depressão.
  
  A maioria de nós é honesta e responsável com os gastos, vamos fazer isso refletir no governo que elegemos.

  Vejam o caso do orçamento impositivo.
  Para diminuir o poder de barganha do executivo, o legislativo agora pode decidir sobre boa parte das verbas, isso não é ruim.
  Acaba com aquele excesso de poder da Presidência.

  “Você vota como eu quero ou não libero sua emenda.”
    (Poder Executivo)

  Mas o Congresso decidiu ir além da conta.
  Quis virar a mesa e tornar o Executivo refém das decisões de um único relator!

  Sei lá, é muito poder dado a um pequeno grupo.
  Se todo esse poder é questionável nas mãos do Presidente e seus ministros, é muito mais preocupante nas mãos de um deputado e seus pares.

   Ficamos muito mais sujeitos a irresponsabilidade fiscal.

   A maioria de nós é  ou , mas insiste votar em políticos que nos levam para o  .

  (Não estou falando de ideologia, mas de CONTAS PÚBLICAS)











  Nota Outubro 2022:
  Minhas preocupações se confirmaram com o surgimento do ➽"Orçamento Secreto"


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quinta-feira, 12 de março de 2020

Macaco Molhado


   Morro do Macaco Molhado!

  Não quero pensar em chistes nas notícias de tragédia, mas por vezes é inevitável.

  Estava assistindo o jornal, bombeiros procuravam soterrados em virtude do deslizamento de encostas, na comunidade Morro do Macaco Molhado.

  Quem escolhe esses nomes!?
  A única coisa que consegui pensar no primeiro segundo foi ... o macaco nunca esteve tão molhado.
  
  O resto da matéria foi o tédio de sempre.
  A demonização das autoridades públicas.

  Os sobreviventes dizem que não tem para onde ir, mas de onde vieram!?

  Não importa se foi há 1, 5 ou 10 anos, de algum lugar vieram.
  Mas ignoremos isso também, vamos ao que interessa.

  Em certos lugares, só de olhar dá para saber que não é bom construir.
 Encostas e locais alagáveis devem ser descartados por pessoas minimamente inteligentes.
  Áreas de mananciais e de preservação ambiental devem ser demarcadas.

  Decidido e sinalizado onde NÃO se deve construir cabe a sociedade como um todo ser mais rigorosa no respeito a propriedade.

  Aqui em Campinas depois do desastre que foi a administração Francisco Amaral (onde áreas enormes foram invadidas) parece que nossa população ficou mais consciente, espero que continue assim.
  Alguém começa construir em área irregular, algum vizinho denuncia e rapidamente a guarda municipal vai tirar o invasor.
  Uma família começou a construir barraco debaixo da ponte perto de casa rapidamente foi removida.

  Tem que ser assim.
  Não precisa ter nenhuma ordem judicial... esperar mais barracos.
  O indivíduo ao construir qualquer coisa em terreno do qual não é proprietário está cometendo crime.
  Sai ou vai preso.

  Nós temos o dever de denunciar.

  O que provavelmente vai ocorrer no Morro do Macaco Molhado?
  Passando a época de chuvas os sobreviventes e outros invasores voltam a construir no mesmo local.
  Vamos denunciar e dar respaldo para que as autoridades executem a lei.
  Que muitos humanos sejam pouco inteligentes não dá para evitar.
  O que dá para evitar são invasões...

  Essa lógica entra em sua mente?











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