domingo, 25 de outubro de 2020

Trabalho e Sentimentos

 

  Devo remunerar a “Maria da Silva” de acordo com o serviço que ela me prestar, não de acordo com as decisões que tomou ou “azares” que teve na vida.”





  Você precisa construir um muro para cercar seu terreno.
  Contrata o Osvaldo que se compromete por 3 mil reais de mão de obra concluir o muro em 10 dias trabalhando 6 horas diárias.

  O que vou escrever é óbvio, difícil pra mim entender porque tantos não entendem.

  Você vai pagar por um serviço, construção do muro.

  O Osvaldo não é obrigado a trabalhar pra você nem vai fazer de graça.
  Os 3 mil não vão cair do céu, você teve que trabalhar em outra atividade.
  Você não sabe, não quer ou não tem tempo para construir o muro, por isso contrata outra pessoa.

  Eu por exemplo trabalho em um hospital, sou contratado para prestar um serviço, não sou "explorado", não sou "escravo".
  O Hospital não faz favor em me pagar, eu não faço favor em trabalhar para empresa.
  Tem um contrato de trabalho.
   Procuro ser bom profissional, a empresa cumpri todas as normas da legislação trabalhista, a vida segue...

  Já pensou se o Osvaldo me cobrar pelo tempo que vai passar longe da família, pelo numero de filhos, pelas contas que tem que pagar, pelo tempo de vida que vai passar construindo o muro...
  (Todas essas "subjetividades" leio nos debates.)
  Vai ficar muito caro, prefiro contratar alguém que só me cobre o serviço de construir o muro mesmo.

  Meu maior problema com o "vitimismo" é que vai criando sentimentos nocivos para sociedade e para o individuo.

  Explico.
  Mesmo que você tenha a "benção" de trabalhar no que gosta, nem tudo são flores, trabalhar é desgastante.
  Nunca me vi fazendo o que faço, foi o que consegui, o que apareceu.
  Logo, pouquíssimos trabalham "felizes da vida".
  Se somarmos a isso depressão, raiva, ódio ... sentimentos naturais quando nos achamos "escravizados", "explorados", tudo fica muito complicado.

  Essa lógica entra na sua mente?


  


  





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