Quando as pessoas vão ao culto ou missa, em geral, "se" prestam atenção é só naquele trecho destacado pelo palestrante e na interpretação que ele dá recheada de historinhas ou "frases inspiradoras".
Eu gosto de ter uma visão mais ampla para evitar ser "manipulado".
Não é nem naquele sentido "maquiavélico".
Não é que o palestrante deliberadamente te induz a um pensamento, ele ... revende o peixe como comprou.
Vamos a um exemplo pratico:
Eu conheci o Luiz de debates, é boa pessoa, não tenho duvidas sobre sua ótima intenção, se não me engano sua profissão é dentista.
Pegou um trecho da Bíblia e incentivou os ouvintes a evangelizar sem medo.
Me interessei em ler um pouco mais a passagem.
"Sendo Gálio procônsul da Acaia, os judeus fizeram em conjunto um levante contra Paulo e o levaram ao tribunal, fazendo a seguinte acusação:
"Este homem está persuadindo o povo a adorar a Deus de maneira contrária à lei".
Quando Paulo ia começar a falar, Gálio disse aos judeus:
"Se vocês, judeus, estivessem apresentando queixa de algum delito ou crime grave, seria razoável que eu os ouvisse.
Mas, visto que se trata de uma questão de palavras e nomes de sua própria lei, resolvam o problema vocês mesmos. Não serei juiz dessas coisas".
E mandou expulsá-los do tribunal.
Então todos se voltaram contra Sóstenes, o chefe da sinagoga, e o espancaram diante do tribunal.
Mas Gálio não demonstrava nenhuma preocupação com isso.
Paulo permaneceu em Corinto por algum tempo.
Depois despediu-se dos irmãos e navegou para a Síria, acompanhado de Priscila e Áqüila.
Antes de embarcar, rapou a cabeça em Cencréia, devido a um voto que havia feito.
(Atos 18:12-18)
Nessa ocasião tudo ocorreu bem com Paulo de Tarso, mas se pesquisarmos o que "chegou até nós" sobre a vida dele depois da conversão ... não é nada animador.
Paulo era judeu de nascimento, mas tinha o título de cidadão romano que foi comprado por seus pais, comerciantes bem sucedidos na cidade de Tarso.
Poderia ter vida boa, próspera e tranquila.
Ao aceitar seguir o cristianismo passou ter uma vida de peregrinação, foi encarcerado pelo menos 2 vezes e provavelmente foi decapitado por ordem de Nero.
O primeiro aprisionamento foi tranquilo, ocorreu um milagre, com muita oração as celas foram abertas depois de um terremoto.
Os guardas admirados do seu poder, liberaram Paulo e Silas meio que em festa.
O segundo encarceramento foi osso... "O trabalho de Paulo entre as igrejas, depois de sua absolvição em Roma, não poderia escapar à observação de seus inimigos.
Desde o princípio da perseguição sob Nero, os cristãos foram por toda a parte uma seita proscrita.
Depois de algum tempo, os judeus incrédulos conceberam a ideia de lançar sobre Paulo o crime de haver instigado o incêndio de Roma.
Nenhum deles nem por um momento achava que ele fosse culpado disto; mas sabiam que tal acusação, ainda que feita com a mais fraca mostra de plausibilidade, selaria a sua condenação.
Pelos esforços deles, Paulo foi novamente preso e levado precipitadamente para sua reclusão final.
Em sua segunda viagem para Roma, Paulo foi acompanhado por vários de seus anteriores companheiros; outros desejavam ardentemente partilhar de sua sorte, mas ele recusou permitir-lhes pôr assim em perigo a vida.
As perspectivas diante dele eram muito menos favoráveis que na ocasião de seu primeiro encarceramento.
A perseguição de Nero tinha grandemente diminuído o número de cristãos em Roma.
Milhares tinham sido martirizados por sua fé, muitos tinham deixado a cidade, e os que permaneciam estavam sobremaneira deprimidos e intimidados.
Chegando a Roma, foi Paulo posto em sombrio calabouço, até que terminasse a carreira.
Acusado de instigar um dos mais bárbaros e terríveis crimes contra a cidade e a nação, tornou-se objeto de ódio universal."
Indo para um contexto maior ainda, depois de alguns séculos o "cristianismo" preferiu se aliar a Roma, mas essa é outra história...
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