segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Paulo de Tarso

 

   Quando as pessoas vão ao culto ou missa, em geral, "se" prestam atenção é só naquele trecho destacado pelo palestrante e na interpretação que ele dá recheada de historinhas ou "frases inspiradoras".


  Eu gosto de ter uma visão mais ampla para evitar ser "manipulado".
  Não é nem naquele sentido "maquiavélico".
  Não é que o palestrante deliberadamente te induz a um pensamento, ele ... revende o peixe como comprou.

  Vamos a um exemplo pratico:



  Eu conheci o Luiz de debates, é boa pessoa, não tenho duvidas sobre sua ótima intenção, se não me engano sua profissão é dentista.
  Pegou um trecho da Bíblia e incentivou os ouvintes a evangelizar sem medo.
  Me interessei em ler um pouco mais a passagem. 


  "Sendo Gálio procônsul da Acaia, os judeus fizeram em conjunto um levante contra Paulo e o levaram ao tribunal, fazendo a seguinte acusação:

  "Este homem está persuadindo o povo a adorar a Deus de maneira contrária à lei".

  Quando Paulo ia começar a falar, Gálio disse aos judeus:

   "Se vocês, judeus, estivessem apresentando queixa de algum delito ou crime grave, seria razoável que eu os ouvisse.
  Mas, visto que se trata de uma questão de palavras e nomes de sua própria lei, resolvam o problema vocês mesmos. Não serei juiz dessas coisas".

  E mandou expulsá-los do tribunal.
  Então todos se voltaram contra Sóstenes, o chefe da sinagoga, e o espancaram diante do tribunal. 
   Mas Gálio não demonstrava nenhuma preocupação com isso.
  Paulo permaneceu em Corinto por algum tempo.   
  Depois despediu-se dos irmãos e navegou para a Síria, acompanhado de Priscila e Áqüila. 
  Antes de embarcar, rapou a cabeça em Cencréia, devido a um voto que havia feito.
 (Atos 18:12-18)

 
  Nessa ocasião tudo ocorreu bem com  Paulo de Tarso, mas se pesquisarmos o que "chegou até nós" sobre a vida dele depois da conversão ... não é nada animador.
 
  Paulo era judeu de nascimento, mas tinha o título de cidadão romano que foi comprado por seus pais, comerciantes bem sucedidos na cidade de Tarso. 
  Poderia ter vida boa, próspera e tranquila. 
  Ao aceitar seguir o cristianismo passou ter uma vida de peregrinação, foi encarcerado pelo menos 2 vezes e provavelmente foi decapitado por ordem de Nero. 

  O primeiro aprisionamento foi tranquilo, ocorreu um milagre, com muita oração as celas foram abertas depois de um terremoto.
  Os guardas admirados do seu poder, liberaram Paulo e Silas meio que em festa.

  O segundo encarceramento foi osso...

  "O trabalho de Paulo entre as igrejas, depois de sua absolvição em Roma, não poderia escapar à observação de seus inimigos. 
  Desde o princípio da perseguição sob Nero, os cristãos foram por toda a parte uma seita proscrita.    
  Depois de algum tempo, os judeus incrédulos conceberam a ideia de lançar sobre Paulo o crime de haver instigado o incêndio de Roma. 
  Nenhum deles nem por um momento achava que ele fosse culpado disto; mas sabiam que tal acusação, ainda que feita com a mais fraca mostra de plausibilidade, selaria a sua condenação.
   Pelos esforços deles, Paulo foi novamente preso e levado precipitadamente para sua reclusão final.
   Em sua segunda viagem para Roma, Paulo foi acompanhado por vários de seus anteriores companheiros; outros desejavam ardentemente partilhar de sua sorte, mas ele recusou permitir-lhes pôr assim em perigo a vida.
   As perspectivas diante dele eram muito menos favoráveis que na ocasião de seu primeiro encarceramento. 
  A perseguição de Nero tinha grandemente diminuído o número de cristãos em Roma. 
  Milhares tinham sido martirizados por sua fé, muitos tinham deixado a cidade, e os que permaneciam estavam sobremaneira deprimidos e intimidados.
   Chegando a Roma, foi Paulo posto em sombrio calabouço, até que terminasse a carreira. 
  Acusado de instigar um dos mais bárbaros e terríveis crimes contra a cidade e a nação, tornou-se objeto de ódio universal."



   Indo para um contexto maior ainda, depois de alguns séculos o "cristianismo" preferiu se aliar a Roma, mas essa é outra história...

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