Futebol Pão e Circo

 

  Passeando pela Internet é comum encontrar referências a politica do "Pão e Circo".

  No caso da Copa América (2019), em alguns sites, mais uma vez isso surgiu nos debates.

  Para quem não sabe bem o que é, tenho um texto interessante:

 

 🥺 “As desigualdades sociais imensas em nosso país são fruto das seguidas políticas do pão e circo.”

  (Comentarista – Fevereiro/2019)

 ➽Terapia da Lógica  

 

  Não vejo o futebol (em geral) hoje em dia como algo que distrai a maioria da população dos problemas políticos.

  Nossa tecnologia evoluiu bastante, nossos comportamentos não ficaram imunes.

  Por que as crianças não pulam mais amarelinha?    

  Porque ter um smartphone com centenas de jogos é muito mais interessante e seus recursos preenchem melhor o tempo. 

  Muitos defendem suas opiniões baseados em situações do passado que não significam muito no presente.

  As opções de entretenimento em 1970 eram menos e mais limitadas do que as que temos hoje.

  O futebol continua sendo uma das paixões nacionais, mas com outras formas de entretenimento perdeu muito do seu poder de atração.

  Vejam o caso da TV, não está conosco desde sempre.

  O Censo de 1970 aponta que o número de aparelhos de televisão chegou a 4 milhões de lares, atingindo, aproximadamente 25 milhões de telespectadores.

  Com uma população de 95 milhões quer dizer que mais ou menos 27%  dos brasileiros tinham acesso a TV.
  Atualmente 97% dos lares tem pelo menos uma TV.
  Sem contar que eram poucos canais, a família tinha que assistir o que passava.

  Dois televisores era um luxo para poucos.
  Quero dizer que o aparelho de TV era uma atração por si só, "futebol e novelas" eram só a cereja do bolo.

  TV a cabo só apareceu em 1989.

  Internet a cabo (banda larga) só 1997.

  Minhas filhas passam a maior parte do tempo conectadas.

  Sem a opção da Internet de certo assistiriam mais TV.
  Sem a comodidade das redes sociais teriam que ir ao encontro das amigas, tarifas telefônicas não eram baratas, isso "se" tivéssemos telefone.

  Para ter telefone em casa tínhamos que pagar caríssimo no mercado paralelo ou se inscrever e esperar um disponibilização de linha da estatal, aqui em Campinas era a Telesp.

  O próprio futebol mudou bastante.
  Os elencos eram mais fixos, era o craque do seu time na Seleção Brasileira.
  Agora os garotos supostamente mais talentosos vão cedo para o exterior.

  Mesmo no campeonato nacional mudam tanto de time que é difícil criar uma ligação mais "afetiva".

  O artilheiro do Palmeiras pode ir para o Corinthians em outra temporada.

  O garoto que se destaca da Ponte Preta, antes até de terminar o campeonato regional vai para o Flamengo...

  Enfim.

  Pão, para maioria o Governo não dá, cada um tem que correr atrás do "pão nosso de cada dia".

  Circo, cada um monta o seu de acordo com seus interesses e possibilidades de entretenimento.

  Logo, não entendo essas opiniões que sugerem:

     

😠  "Se a Seleção for bem na Copa América, lulistas vão virar bolsonaristas.”

 

😡 “Se a Seleção for mal bolsonaristas vão virar lulistas.”

 

😒  “Quem quer uma terceira via vai se distrair com o circo a tal ponto de não pensar em mais nada."

 

😭 “O Futebol vai fazer esquecermos a pandemia.”

  

   Ah!

   Fala sério...😏

 

   “William, você é otimista, está sempre apaziguando as tragédias.”
    Amely
 

  Por favor, sou "realista esperançoso".
  Observo a realidade e "se" for ruim tento contribuir para uma melhora.
  Devemos buscar o equilíbrio em nosso entendimento.
  Futebol é o assunto preferido de muitos "homens", não de todos, eu por exemplo, nem lembro a última partida que assisti na integra.
  Possivelmente na última Copa, a final.
  Sem o Google nem lembro qual foi a seleção campeã.
  Se formos colocar nessa conta as "mulheres" que são pelo menos 50% da população as estatísticas ficam ainda mais desfavoráveis ao "fanatismo futebolístico".
  Aqui em casa tem 3 mulheres, não dão a mínima.   
  Tenho 3 irmãs que também dispensam partidas de futebol.
  Cada leitor/eleitor observe a sua volta e tire suas conclusões.
  William
 

 

       

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