Felisberto: “No tráfico de negros para o Brasil houve a
participação de africanos, mas os europeus, a começar pelos portugueses, já no
século XV, estavam fazendo expedições de captura de pessoas.
Depois, conforme
o tráfico foi se tornando muito lucrativo, é que eles firmaram acordo com
alguns africanos e fizeram feitorias pela costa africana.
Quem mais lucrou
com o tráfico e com o trabalho escravo foram os europeus.
A riqueza das
potências europeias foram construídas com tráfico e trabalho escravo.
Lembre-se de
quando eu falei do excedente do tráfico e do trabalho escravo sendo usado para
promover a industrialização, que por sua vez, produziu o neocolonialismo.
Quem é que ganhou
com isso?
Quem são as famílias ricas?
Quais são as potências econômicas do mundo?
Fique esperto
(William), pois te fizeram defender aqueles que te oprimem.”
Até por volta de 2015, quando eu comentava a participação dos africanos no tráfico de escravos, era xingado de todas as formas.
No mínimo mandavam eu "estudar" e parar de escrever besteiras.
Como era eu falando uma coisa e meia dúzia falando o contrário, uma frase que me escreviam muito era:
"Você não cansa de ser humilhado?"
(Quase sempre acompanhada de muitos "kkkks")
O que eu escrevia era bem embasado, então eram os outros que tinham que mudar, não eu.
O tempo passou, com a maior circulação de informações na Internet, é raro alguém (que gosta desse tipo de tema) ainda não ter ciência que os próprios africanos capturavam outros africanos e os vendiam como escravos.
Essa meditação é para passar para o próximo nível do debate.
"Felisberto" é um nome fictício para eu não expor o comentarista.
Mas os do tipo dele fazem a "Defesa Chiquinha".
Lembram do icônico seriado Chaves?
Quando a Chiquinha para defender o Seu Madruga acabava o "rebaixando" ainda mais.
Quando eu leio a "narrativa afrocondescendente" de certos comentaristas, eu por ser negro, me sinto igual o Seu Madruga com as defesas da Chiquinha. 😏
Vejamos:
Tribos africanas mais fortes, invadiam outras pelo puro prazer da conquista.
Até ai "normal", essa é a história da humanidade.
Alexandre, Gengiskan, Júlio Cesar ... faziam o mesmo.
Esses caras pilhavam as cidades, ocupavam e passavam a cobrar impostos, mas faziam bem feitorias também.
Os africanos não, a especialização deles era capturar escravos para revender, basicamente só isso lhes interessava.
Já percebemos (sem generalizações) um tipo de cultura bem mais "problemática".
O Felisberto diz que os Europeus enriqueceram muito mais com o tráfico, que os africanos.
Caraca!
Africanos no geral eram péssimos negociantes!?
Eram péssimos administradores?
O que fizeram com toda grana que entrou por séculos na África!?
Felisberto diz que europeus enriqueceram graças a África.
Gente, o trafico de escravos começou a se intensificar a partir de 1500.
Espanha e Portugal eram ricas bem antes disso, construíam navios que atravessavam os oceanos.
Holanda, França, Inglaterra ... rapidamente chegaram no mesmo nível.
E os africanos?
Antes de 1500 que tecnologias tinham desenvolvido?
Pensem comigo.
Em contato muito próximo com as embarcações portuguesas, com a grana abundante do tráfico ... africanos poderiam ter desenvolvido seus próprios navios e cortado os europeus como "atravessadores".
Tirando os egípcios, nenhum outro poderoso povo africano pensou nisso!?
Olhando "holisticamente" com isenção, as narrativas do Felisberto nos levam a uma dedução "desconfortável"...
Saindo ali do norte do continente africano, historicamente não vemos bom nível de inteligência descendo para o sul.
Pelo menos se comparados com povos do hemisfério norte.
Eu "quero acreditar" que infelizmente os africanos optaram culturalmente pelo vitimismo e isso impactou as sociedades que conseguiram desenvolver.
Mas se as narrativas "afrocondescendentes" estiverem certas, a lógica me diz que realmente há povos com cérebros melhores que outros.
Por favor, não estou dizendo individualmente, mas no denominador comum de uma comunidade.
Por exemplo, dizem que a média do QI brasileiro é 85, outros povos é 100.
Sabemos todas a limitações desse tipo de medição, mas não deixa de ser uma referência.
Comentarista: Creio que (A Inglaterra) representa boa parte
das monarquias europeias que contribuíram pra isso.
Mas, falando da coroa
da monarquia britânica, existem e existiram vários.
Pelo que sei, a coroa que essa rainha usou em
1553 (século XVI) não existe mais, devido a um negócio chamado Revolução
Gloriosa, onde o rei teve a cabeça cortada.
A mais antiga que coroa da realeza britânica
que ainda existe, é do século XVII.
Como é bem sabido,
ela e as demais, são feitas com joias oriundas da África e da Ásia.
Inclusive isso foi
algo comentado por algumas pessoas na última coroação.
William: Que não necessariamente
foram “roubadas”, mas possivelmente negociadas.
Ao contrário das américas,
o continente africano era densamente povoado “para época”.
Veja o caso atual
da Nigéria, ela é rica em petróleo, o produto não é “roubado”.
Se aquele povo é
altamente corrupto são eles que tem que se corrigir, não cobrar do mundo a própria
ineficiência.
Comentarista: Você está partindo da ideia, historicamente imprecisa, de que "governantes africanos vendiam o seu próprio povo", que ignora todo o contexto africano que era tão complexo quanto o da Europa e da Ásia.
Os documentos sobre as primeiras expedições dos portugueses, mostram eles capturando pessoas pelo litoral, atacando comunidades litorâneas e levando-as prisioneiras.
Mais tarde, houveram feitorias.
William: Te ensinaram na escola uma narrativa falsa.
Que africanos se viam como um só povo, só por terem o mesmo tom de pele.
Na verdade, cada uma das milhares de tribos se viam como um povo à parte.
Os Ashanti não viam os Mali (só um exemplo) como sendo do seu povo.
Seria como paulistas atacando, escravizando e comercializando cariocas sem o conceito de sermos o mesmo povo brasileiro.
Comentarista: “Do que você discorda dos historiadores,
arqueólogos e antropólogos que estudam sociedades africanas?”
William: Um exemplo objetivo.
Nossa ciência sugere
que nós sapiens surgimos no continente africano.
Logo, ali devem
estar as organizações humanas mais antigas.
Diferente das
américas que “parecem” ser povos mais recentes.
Do jeito que passam
as narrativas, parece que o sapiens surgiu na Europa ou Ásia e esses povos só
superaram os africanos por terem milênios de existência há mais.
É como se
europeus fossem “irmãos mais velhos" que se aproveitaram dos “caçulas” africanos!!
Pelo que
conhecemos cientificamente do passado, essa narrativa de “bom selvagem
africano” explorado por demoníacos europeus civilizados não procede.
Os africanos
fizeram suas opções culturais, se fizeram as apostas erradas ... ASSUMAM.
Comentarista: Mas não é de "bom selvagens
africanos" explorados por europeus demoníacos que eu falo, mas de burgueses
europeus promovendo lobby com os governos dos seus países para invadir
territórios da África, Ásia e Oceania, para explorar as pessoas e as terras de
lá. Isso procede. Não é questão de direita e esquerda, ou de bem contra o mal,
ou mocinhos contra bandidos. São fatos históricos. Os Estados africanos foram
desmantelados por europeus. Veja o que o Rei Leopoldo fez. Veja o que os
ingleses fizeram no antigo Reino de Benin e na China com a Guerra do Ópio. A
riqueza das potenciais foram criadas ao custos de outros povos e mesmo dos
trabalhadores dessas potenciais. Pois não podemos esquecer dos operários se
acabando nas fábricas, para que os patrões enriquecerem mais ainda. Entenda,
história não é feito de achismo. Não é assim que funciona. Para falar algo um
historiador precisa de tido uma base. O que você faz é repetir um discurso
inventado para tirar a culpa dos responsáveis. E eu te pergunto: Por que
defende o discurso de quem te sacaneia? De quem sacaneou os seus ancestrais.
Você, por acaso é bilionário? Sua família, por acaso, enriqueceu com tráfico de
escravos, trabalho escravo, ou exploração de operários numa fábrica do século
XIX? Por que se importa tanto com essa gente que não dá a mínima pra você ou pra mim? Que nos veem apenas como instrumento a ser usado.
William: Tudo que
você escreveu se resume a “PEDAGOGIA DO OPRIMIDO” que dominou nossos meios acadêmicos,
formou jornalista esquerdistas que predominam na mídia tradicional.
Ainda bem que temos a Internet para mostrar
para Geração Z o quão o VITIMISMO é ineficiente.
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