quinta-feira, 23 de maio de 2013

Hominídeos e Espiritualidade

 👩“O cérebro da maioria das pessoas só funciona pelo mecanismo de prêmio e recompensa e a prática metafísica oferece isso.”
[Nihil]

  "Pratica metafisica" suponho que seja orações/religiosidade.

  Prêmio e recompensa considero sinônimos, logo, a proposta da Nihil esta baseada em uma redundância.
  Se quis dizer "castigo e recompensa" faz mais sentido.
  Se punimos um animal quando faz algo que "achamos errado" e o premiamos quando faz o que achamos certo vamos o condicionando a nossa vontade.

  Vamos trazer o conceito de RESULTADO para esta equação e perceberemos que o pensamento fica muito melhor estruturado.

  
“O exemplar mais notório da subespécie Homo sapiens foi o Homo de Cro-Magnon, de alta estatura, desenvolveu ferramentas detalhadas (faca, lança, arco e flecha, etc.), e demonstração de aptidões artísticas, inscrevendo algumas cenas de caça, evidenciadas por meio de pinturas rupestres preservadas em paredes de cavernas.”

  Considerando que 
hominídeos estejam na Terra há 1 milhão de anos e o Cro-Magnon surgiu há 90 mil anos podemos dizer que na maior parte do tempo permanecemos descrentes, "ateus".

    “As formas mais numerosas, e explicitas de culto religioso feito pelo homem e mulher do Paleolítico até o momento é datado por volta de 35.000 ac.
  Foram elas, as grutas/santuários com suas pinturas e as inúmeras estatuetas femininas.
  Como as pinturas se encontram muito longe da entrada da gruta, sendo muito delas inabitáveis, com dificuldades de acesso, os pesquisadores concluíram que elas são uma espécie de santuário.
  As pinturas revelam ainda mais o caráter sagrado e ritualístico do lugar”.

  Vou tentar "traduzir" essas informações.
  Nossa arqueologia sugere que a "humanidade" (os primatas mais próximos do que convencionamos chamar de hominídeos) existe há 1 milhão de anos.
  Em um calculo muito otimista começamos a enterrar nossos mortos há 100 mil anos.
  Isso sugere um "carinho" com o falecido, sentimentalmente não queríamos deixar aquela pessoa que fez tanto parte de nossas vidas ali para ter seu corpo devorado por outros animais ou apodrecendo ao léu. 

  Bem mais tarde começamos a encontrar junto aos restos mortais certos objetos e pinturas indicando algum ritual.
  É bem coerente associar isso a uma crença na continuidade da "identidade" do individuo depois da morte biológica.
  Qual a lógica de enterrar a pessoa com alguns objetos pessoais e mensagens (pinturas)!?

  Matemática simples:
 1.000.000 - 100.000 = 900.000

  Por 900 mil anos permanecemos "descrentes" como qualquer outro primata.
  Com a evolução/mutação da nossa capacidade de pensamento abstrato surgiram as artes, ciências e espiritualidade.

  Entendam que é comum ateus terem a ilusão que são um grupo em crescimento, que logo predominarão na humanidade.
  Nossa ciência no ramo da arqueologia diz que não.
  O apogeu dos "descrentes" já ficou há milhares de anos atrás.

   Imaginem o quanto foram ridicularizados os primeiros hominídeos que vieram com o papinho de "entidades invisíveis".

  Entenda que para a espiritualidade "proliferar" como ideia tinha que apresentar algum prêmio/resultado. (Ou punição)

  Se alguns hominídeos "enganaram" outros com "teatrinhos" ... já denota inteligencia superior.
  (Não vamos complicar essa meditação com conceitos morais)
  É a inteligencia, capacidade de manipulação, subjugando alguém mesmo que esse alguem seja fisicamente mais forte.

  Convenhamos que em uma humanidade de descrentes teatrinhos não bastariam para a "religiosidade" predominar em pouco tempo.
  Por isso a necessidade de irmos em busca de resultados mais concretos.

  Até hoje nossas melhores "evidencias de milagres" são as curas de doenças.

  Tudo o mais é bastante subjetivo.
  O cidadão conseguiu emprego e credita isso ao poder da oração.
  Se ele estava procurando emprego uma hora ou outra iria encontrar.
  Houve um acidente, a pessoa escapou, atribui isso a uma ação de espíritos. 
  Se os espíritos fossem eficientes mesmo teriam evitado o acidente.

  Lembrei de uma piada:

 Um notório pescador bebum teve seu barco virado em alto-mar.
  Depois de 2 dias boiando, já quase sem esperança faz uma oração a Deus.

  "Deus, se o Senhor me salvar prometo que não bebo nunca mais".

  Nisso uma lancha da guarda costeira aparece.
  O bebum rapidamente diz:

  "Não precisa mais não Deus, a Marinha já veio me salvar".
😆

  Se eu fosse Deus mandava um câncer anal nesse cara.😊

  De qualquer forma eu teorizo que a prova que alguém tinha contato com outros seres se deu mais por "curas milagrosas".
  Mais especificamente com o uso de ervas medicinais.
  É difícil encontrar uma tribo (mesmo que muito antiga) que não tenha a figura do curandeiro/pajé.
  Pense bem, o cara se embrenha na mata e traz alguma planta que realmente melhora o mal estar de quem sofre.
  É um RESULTADO comprovado.
  Esses pajés diziam fazer isso sob influencia de espíritos, não havia motivo para duvidar deles.
  Lembre-se que em cada região tem grande diversidade de plantas, sem nenhum conhecimento de botânica, biologia acertar que uma planta combate determinada moléstia é um feito "surreal".
  Muitos remédios desenvolvidos por nossa ciência tiveram origem em conhecimentos indígenas.
  A eficiência era 100%? 

  CLARO QUE NÃO!
  Nem com toda eficiência da nossa moderna medicina os resultados são garantidos.
  Mas por uma dedução lógica a possibilidade de cura aumentava bastante consultando o pajé.
  Imagino até que se o pajé deixasse muito a desejar era substituído ou perdia o respeito do grupo.

  Fica claro que a religiosidade/espiritualidade trouxe "prêmios" para a humanidade.

  Os hominídeos crentes se adaptaram melhor que os hominídeos descrentes.

   
Os Cro-Magnon NÃO inventaram ou imaginaram “espíritos”, foram os primeiros a PERCEBEREM AS INTERFERÊNCIAS.

  


  Repense






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