sábado, 27 de abril de 2013

Psicopatas Somos Nós


   “Não são as ervas más que afogam a boa semente, sim a negligência do lavrador.”
  [Confúcio]


  Sempre que vemos um ato de extrema violência (criminoso em série por exemplo) procuramos doenças mentais no indivíduo, isso nos acalma, nos faz aceitar melhor o ocorrido.

  “Ele teve uma infância problemática”.
  “Ele é psicopata!”.

   Se não encontram nada na infância que justifique a monstruosidade ainda assim teorizam que não procuramos direito, foi uma ocorrência mantida em segredo.

  Perguntei a um colega alcoólatra porque ele bebia tanto?

  “Porque eu gosto!”

  Nós não aceitamos de jeito nenhum que alguém goste de ficar bêbado.
  Não aceitamos de jeito nenhum que alguém se drogue porque goste, sempre há uma doença, sempre há um "trauma infantil".
  Nós “sadios” ou “normais” nos sentimos na obrigação de proteger esses doentes nem que tenhamos que sacrificar outros “normais” como nós.

  O texto bíblico preferido de muitos é: A volta do filho pródigo.

  Quem é mais problemático precisa de mais amor, carinho, atenção ... não consigo nem gostar quanto mais amar quem causa graves problemas.

  Se é alguém muito próximo ou da família os sentimentos bons e maus se confundem, há uma certa tolerância.
  Eu entendo uma mãe  acreditar que seu filho bandido é uma pessoa "mal compreendida" pela Sociedade.
  Porém ... mãe só tem uma.

  Não entendo toda Sociedade ter a mesma "cegueira emocional" da mãe.

  Tá, esse filho bandido poderia ser o seu, mas a vitima desse bandido também pode ser você, seu filho ou alguém muito querido.
  Eu entendo que o bandido vai pagar por uma ação condenável que fez, a vitima é ... vitima ... é difícil ter que explicar o óbvio.

  Se uma pessoa é capaz de matar friamente, é mais importante evitar que ela continue matando que descobrir como ela ficou assim.

  É mais eficiente socialmente atentarmos aos direitos das vitimas.

  Não devemos desistir de pesquisas.
  Se um dia descobrirmos nos indivíduos alguma falha genética para falta de empatia e conseguirmos resolver quimicamente ou cirurgicamente essa questão façamos isso.
  Por enquanto é nos ater ao controle de danos.
  Quem faz algo condenável socialmente tem que ter dura punição pelo mal que fez.

  Indo para outro plano de pensamento...
   
  Tá bom, seria legal que tivesse um deus que só permitisse nascer homens bons ou que mandasse um raio na cabeça dos que se tornassem maus, mas se ele abriu mão do seu papel de lavrador nós cidadãos de bem não deveríamos fazer a mesma coisa.
  Não deveríamos ser tão NEGLIGENTES com a criminalidade.

  Nós “normais” não queremos enxergar a realidade que muitos são criminosos porque gostam ou por se importarem bem pouco com o mal que provocam a outras pessoas.

  Fico pensando que psicopatas somos nós os “normais” que não queremos ver que existem sementes más, humanos com grande capacidade de destruição.

  Matar/Roubar, é uma vontade que já passou pela cabeça de qualquer um, alguns realizam esse ato, não há doença nisso, é uma questão de capacidade e gosto.






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