“Não
são as ervas más que afogam a boa semente, sim a negligência do lavrador.”
[Confúcio]
Sempre que vemos
um ato de extrema violência (criminoso em série por exemplo) procuramos doenças mentais no indivíduo, isso nos acalma, nos faz aceitar melhor o
ocorrido.
“Ele teve uma
infância problemática”.
“Ele é
psicopata!”.
Se não encontram
nada na infância que justifique a monstruosidade ainda assim teorizam que não
procuramos direito, foi uma ocorrência mantida em segredo.
Perguntei a um
colega alcoólatra porque ele bebia tanto?
“Porque eu
gosto!”
Nós não aceitamos
de jeito nenhum que alguém goste de ficar bêbado.
Não aceitamos de jeito nenhum
que alguém se drogue porque goste, sempre há uma doença, sempre há um "trauma
infantil".
Nós
“sadios” ou “normais” nos sentimos na obrigação de proteger esses doentes nem que tenhamos que
sacrificar outros “normais” como nós.
O texto bíblico
preferido de muitos é: A volta do filho pródigo.
Quem é mais
problemático precisa de mais amor, carinho, atenção ... não consigo nem gostar quanto mais amar
quem causa graves problemas.
Se é alguém muito próximo ou da família os sentimentos bons e maus se confundem, há uma certa tolerância.
Se uma pessoa é
capaz de matar friamente, é mais importante evitar que ela continue matando que
descobrir como ela ficou assim.
É mais eficiente socialmente atentarmos aos direitos das vitimas.
Não devemos desistir de pesquisas.
Se um dia descobrirmos nos indivíduos alguma falha genética para falta de empatia e conseguirmos resolver quimicamente ou cirurgicamente essa questão façamos isso.
Por enquanto é nos ater ao controle de danos.
Quem faz algo condenável socialmente tem que ter dura punição pelo mal que fez.
Indo para outro plano de pensamento...
Tá bom, seria
legal que tivesse um deus que só permitisse nascer homens bons ou que mandasse
um raio na cabeça dos que se tornassem maus, mas se ele abriu mão do seu papel
de lavrador nós cidadãos de bem não deveríamos fazer a mesma coisa.
Não deveríamos
ser tão NEGLIGENTES com a criminalidade.
Nós “normais” não queremos enxergar a realidade que muitos são criminosos porque gostam ou por se importarem bem pouco com o mal que provocam a outras pessoas.
Fico pensando que
psicopatas somos nós os “normais” que não queremos ver que existem sementes
más, humanos com grande capacidade de destruição.
Matar/Roubar, é uma
vontade que já passou pela cabeça de qualquer um, alguns realizam esse ato, não
há doença nisso, é uma questão de capacidade e gosto.
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