domingo, 14 de abril de 2013

Sobre o Trabalho



  1 - “Uma vez instalado o capitalismo, o problema dos governantes me parece sempre arranjar formas de taxar o contribuinte, tentando tirar cada vez mais o suado dinheiro ganho, em geral, fruto da exploração da classe dominante, ou, se funcionário público, da escravização por parte dos superiores.”
(E-mail)

2 - “Pode ser que de tanto o cidadão se esforçar através dos tempos numa determinada direção- Deus acaba acreditando mesmo na seriedade do sujeito, e aí- começa a favorecê-lo mais, na esperança de que ele- esse cidadão- o ajude a “tomar conta do mundo “.
(Nihil)


  Iria abrir um texto para cada uma dessas participações, mas achei interessante como elas se “respondem”.

1 - Talvez eu tenha sofrido uma grande lavagem cerebral, sei lá!
  Não me observo um trabalhador explorado, um escravo ou expropriado como os marxistas gostam de dizer.
  Agradeço o empreendedor que desenvolveu uma empresa "lucrativa", me empregou propiciando uma fonte de renda, claro que eu preferia estar no lugar dele que no meu, mas não lhe desejo nenhum mal, só queria MEU BEM…😏
  Nasci de pais bem pobres, preciso trabalhar para sobreviver então ... não tenho o hábito de cuspir no prato que como, bater na mão que me oferece uma oportunidade.
  Sou grato por cada empresa que me empregou, mesmo quando as coisas não deram muito certo.
  Inúmeras pessoas casam apaixonadas e o casamento acaba algum tempo depois, por que em nossas relações de empregado/empregador deveríamos ser "felizes para sempre"?

  (O comentarista que me mandou o e-mail é evangélico, bastante religioso o que nos leva a segunda questão...)


2 - Se Deus dá poder a suas melhores “apostas”, seus “escolhidos”, então todo patrão (ou quem esta no poder) deveria ser maravilhoso e sabemos que não é sempre assim.
  Já saí de empresa por perceber que quem está no comando não tem consideração nenhuma pelo operário, o trabalhador era só um objeto [animal] descartável.

  Se você igual eu não observa que Deus sempre dá poder a quem realmente merece ... pessoas capazes de tornar o mundo melhor então coloca em xeque a proposta da Nihil.

  Se você está em uma empresa onde é escravizado ou explorado, como é o caso do interlocutor do e-mail e permanece nela então é conivente com a situação, onde está sua Fé de que Deus pode lhe abrir uma porta melhor?

  Lembram o caso daqueles mineiros do Chile?
  Para eu os “heróis” foram os trabalhadores que se recusaram a trabalhar em condições inapropriadas e no entanto permanecem anônimos e pobres…

  A vida é justa?

  De certo não, mas devemos nos esforçar para que seja.



  “É passado para nós que coisas como férias, aposentadoria, descanso semanal foram conquista de “sindicalistas/socialistas”.
  Se prestarmos atenção na história veremos uma negociação natural entre empregadores e empregados.
  (Natural não é sinônimo de pacifica.)

  Nos países mais democráticos foi possível fazer reivindicações, mudanças foram sendo adotadas aos poucos.

  Muitas coisas só foram possíveis graças a grande produtividade trazida pela Revolução Industrial.

  Trabalho sempre existiu, o trabalho do homem das cavernas era caçar e proteger sua família, seu grupo não tinha férias, se não trabalhava não comia.
  No campo a lida diária é pesada e no sistema artesanal a produtividade é baixa, não dá para você ficar de papo para o ar e esperar que a vaca venha dar leite na sua boca, férias de 30 dias eram impensáveis.

  Entenda que todos os benefícios sociais que temos foram fruto natural de negociações entre empregadores e empregados e só foram possíveis com o esplendoroso aumento de PRODUTIVIDADE trazido pelo Capitalismo.

  Você consegue lembrar da última greve trabalhista ocorrida em Cuba?

  Estados Comunistas não são nem abertos a negociações.
  Na China começamos a ver greves, mas também vemos uma China cada vez mais CAPITALISTA.”




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