segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Jesus Mendigo


"😒Jesus foi mendigo.”
          (Comentarista)  

 

  Não concordo que esse termo se aplique a ele.

  José era “marceneiro”, profissão que existe até hoje.
  Naquele tempo não tinha plástico e os trabalhos com ferro eram rústicos.
  De certo não faltava serviço para quem fazia trabalhos em madeira, os filhos geralmente ajudavam na profissão do pai.

  O idioma era muito pobre, uma palavra tinha vários significados, pode ser também que José tenha sido pedreiro ou artesão.
  De qualquer forma, José e filhos eram trabalhadores, não viviam de esmolas.

  José e Maria eram no mínimo classe média baixa, não tem nenhum relato bíblico que eles passaram por dificuldades financeiras.

  O nascimento de Jesus ter ocorrido em um estabulo, nada teve a ver com "pobreza extrema".
  No dia em que Maria iniciou o trabalho de parto, acontecia em Belém um censo para enumerar todos os que tinham posses na cidade.
  Belém estava tão cheia e agitada que não encontraram outro lugar para dar à luz, senão os fundos de uma estalagem.
  Naquele tempo não tinha SUS ou serviço de ambulâncias.

  A Bíblia é clara ao dizer que o ministério de Jesus durou 3 anos, dos 30 aos 33.
  Deduzimos (diante das informações disponíveis) que antes dos 30 NÃO viveu na mendicância.

  Depois virou um "pregador andarilho" atividade comum naquele tempo.
  Para essa empreitada Jesus e os apóstolos recebiam doações em alimento ou dinheiro.

  Para entender que Jesus e os apóstolos não eram mendigos é preciso conhecimento histórico.
  Veja essa tradição na Índia que chegou até nossos dias.

                                             

   Sadhu, no hinduísmo, é um termo comum para designar um místico, um asceta, um praticante de ioga ou um monge andarilho.

   Sadhu é "bom homem" e sadhvi, é "boa mulher".

   Se refere a quem tem a escolha de viver a vida em sociedades com foco na prática espiritual.

[Wikipédia]

 

                                           

  “Os sadhus não vivem em mosteiros. 
  Frequentemente eles moram em cavernas nas montanhas, nas florestas ou em cabanas improvisadas nas margens dos rios sagrados.
  Vivem sozinhos, mas quando viajam, o fazem em grupo, o qual vai crescendo à medida que outros se juntam ao longo da viagem, sempre a pé.
  Nessas ocasiões, dependem inteiramente da doação de alimentos que recebem das pessoas, nas cidades, aldeias e vilas por onde viajam.
  Quanto à doação aos sadhus, por parte da população em geral, não existe um sentimento de pena ou de caridade fútil, mas o de uma obrigação para com aqueles que já iniciaram a inevitável busca, a trilha pelo auto aperfeiçoamento o qual deve ser um exemplo a ser seguido, um dever e obrigação dos que ainda permanecem na vida familiar.”


 

  Sabemos que certos rituais são assimilados e adaptados a outros grupos.
  O ministério de Jesus foi uma pratica “sadhu” adaptada ao judaísmo que depois virou cristianismo.

  Entenda o óbvio.
  Imprensa, rádio, TV, telefone não existiam.
  Haviam escritos feitos a mão, mas poucos sabiam ler.
  No passado os “viajantes” eram fonte de informação sobre o que ocorria em outras localidades.
  Eram recebidos com hospitalidade, curiosidade e precauções.

  Os viajantes eram comerciantes, aventureiros, mensageiros ou divulgadores de alguma ideologia/doutrina.
  Hoje posso confortavelmente do meu apartamento escrever um texto e postar em redes sociais com alcance global.
  No passado minhas meditações ficariam restritas a pessoas próximas.
  Se eu pretendesse maior divulgação o jeito seria caminhar até outros povoados...






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