Quem estuda para ser enfermeiro, policial,
soldado, médico, padre, pastor, cabeleireiro ... tem uma boa ideia das
características de cada profissão.
Se fez o curso de bobo alegre ... não vem dar uma de esperto querendo aposentadoria melhor que todo mundo.
➽[Texto Anterior]
Se fez o curso de bobo alegre ... não vem dar uma de esperto querendo aposentadoria melhor que todo mundo.
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Poucas pessoas
trabalham por prazer e mesmo para elas tem o lado chato da coisa.
Pense naquele
ator de teatro que já tem uma vida estável.
Me veio à cabeça Antônio
Fagundes.
De certo ele atua
por prazer, mas tem os custos das peças, se não se preocupar com algum
retorno financeiro pode ir a falência rapidamente.
Decorar textos é
trabalhoso, em geral ele é um dos personagens principais o que significa muita
atuação e também muitas falas.
Como qualquer ser
humano, Antônio Fagundes tem seus problemas pessoais e físicos, não é sempre
que está disposto a atuar, mas tem o contrato, tem quem pagou o ingresso.
Eu trabalho por
necessidade.
Quando aceitei o
atual emprego foi me orientado o que deveria fazer.
Passei por longo
probatório, conheci bem o serviço.
Era e sou livre
para sair a qualquer momento.
Desde o início
soube que não teria necessariamente Sábados, Domingos e feriados livres, tudo
dependeria da escala.
Atendo centenas
de pessoas, falo centenas de vezes a mesma coisa.
Lidar com público
não é fácil, já tive discussões feias, já fui ameaçado de morte.
Por vezes a
pessoa se revolta com alguma demora e quem tem que dar conta sou eu que
humildemente estou fazendo a parte que me cabe...
Meu trabalho não
é tão “importante” quanto o de um médico, mas também não ganho tão bem quanto
um médico, nem estudei tanto quanto esse profissional.
O trabalho de
médico é melzinho na chupeta?
No geralzão ele
tem os mesmos problemas que eu.
Repete palavras e
procedimentos a exaustão, atende várias pessoas, lida com o público ... o
diferencial é que sua responsabilidade é bem maior, dependendo do que ele faz
pode significar a vida ou morte, mas ... já pensou que o
mesmo podemos falar do mecânico de automóveis?
Um procedimento
errado no conserto do carro pode resultar em grave acidente, tirar vidas.
Os carros
modernos evoluíram bastante, mas quem faz curso de mecânica sabe que vai lidar
com graxa e óleo, assim como o enfermeiro vai lidar com vômitos e sangue.
Sem mais delongas...
Estou
cansado do mimimi de tantos profissionais.
O militar se acha um profissional diferenciado e por
isso merece melhores benefícios previdenciários e muita ajuda de custo além do
salário.
O agricultor,
enfermeiro, professor, juiz, promotor, político, policial, vigilante... o mesmo
mimimi.
Os políticos
conseguem se dar benefícios e vemos que é um poço sem fundo.
Defendo que não
devemos mais dar ouvidos a tanto VITIMISMO.
O que regula os salários são a oferta, demanda e
competência profissional de cada um.
(Nessa meditação vamos
ignorar a sorte)
A previdência
deve ser igual para todos de acordo com a contribuição feita.
Pensão por doença
ou invalidez deve seguir as mesmas regras gerais para todos que ficam doentes
ou inválidos, é o óbvio.
Exemplo:
Um indivíduo é gerente
de uma confecção, ganha 10 mil por mês, entenda que a empresa paga esse salário a ele
em contrapartida a um trabalho prestado.
O cidadão sofre acidente
de moto fica invalido.
É uma enorme
infelicidade, mas a empresa vai continuar pagando sem receber a contrapartida
produtiva?
Nós enquanto
Governo/Sociedade vamos manter os 10 mil de pensão em nome de que?
Precisamos ficar
mais realistas, por vezes coisas ruins acontecem e nossa vida muda para pior.
Não sei de onde vem a ideia que governos e
empresas “tem obrigação” de manter o padrão de vida das pessoas mesmo quando
elas deixam de ser produtivas.
(Não estou falando de situações onde cabe
indenizações)
Lembram do
tenista Guga?
Ganhou
competições e dinheiro jogando tênis.
Infelizmente
sofreu grave lesão e teve que interromper a carreira mais cedo.
É lamentável, mas
o atleta deixou de ser altamente produtivo na profissão que escolheu.
Alguma empresa ou
governo tem a obrigação de garantir a Guga os mesmos rendimentos com base em
que!?
De onde vai sair
o dinheiro?
Vamos supor que
Guga ficasse invalido para qualquer tipo de trabalho e de acordo com suas
contribuições previdenciárias sua pensão seria de 3 mil por mês.
Defendo que é
isso mesmo que deve receber.
Se ele nos tempos
de gloria fez boa poupança, parabéns pra ele, foi ajuizado.
Se não fez ...
seja bem vindo de volta a pobreza ... tamo junto.
Defendo que nós enquanto sociedade tenhamos
uma “rede de proteção” para os menos adaptados ou “azarados”.
Em nome da
fraternidade/solidariedade.
Para evitar a miséria
haverá outros tipos de auxílios com as mesmas regras para todos que estiverem na
miséria, óbvio.
Sem o Estado gastar mais do que arrecada.
Bolsa Família por
exemplo ou pensão por idade para idosos necessitados, mesmo que não tenham contribuído.
Combate a fraudes
deve ser intenso e constante.
Fechando essa
meditação.
Entenda que se
você é policial, enfermeiro, professor ... NÃO FOI OBRIGADO A ISSO.
Se não aguenta
pede pra sair, aliás não deveria nem ter entrado.
Todo profissional
deve lutar por boas condições de trabalho, cada um deve buscar o melhor para si.
Mas vamos parar
com essa coisa de:
😭 “Ninguém sofre mais do que eu, por isso tenho que me aposentar mais cedo e com benefícios mais altos.”
Se não está
satisfeito com sua profissão mude para outra.
Quer melhorar as
condições atuais de trabalho, é aceitável, sempre buscamos alguma melhora,
assim evoluímos.
Ficar com essa choradeira querendo
aposentadoria especial porque “você acha” que sua categoria profissional é melhor
ou sofre mais que todas as outras ...
“Não me faça pegar nojo!”
(Antigo bordão de
um programa humorístico que vem bem a calhar - YouTube)
➽Trabalho e Sentimentos |
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