segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Terceira Visita

  Me perguntaram bastante sobre meus relatórios para Ouvidoria.

  Na minha vida não tem muitos segredos, se eu for genérico acredito que não tem nenhum problema “legal” ou “ético”.


  Atualmente passo muito tempo na Central de Visitas.
  Basicamente é organizar o acesso dos visitantes aos pacientes internados.
  Atendo centenas de pessoas todos os dias, nem Jesus Cristo ficaria imune a reclamações, imaginem eu. 😊

  São regras simples, facilmente compreendidas, a maioria (digamos que seja 70%) colabora e não tem problemas.
  Tem 20% que quer usar o famoso “jeitinho” e já começa a tumultuar.
  E tem os 10% que literalmente estragam o dia, as regras existem para os outros não para eles. 😡

  Regra simples:

  Nas enfermarias comuns as visitas são de 2 em 2.
  (Dás 10 até 18 Horas)

  Observem que é um longo período de visitas, 8 horas.
  Incluindo Sábados, Domingos e feriados.
  Entendam que o hospital é um lugar de TRABALHO onde a prioridade é TRATAR O PACIENTE.
  Muitas pessoas circulando pelo local atrapalham o trabalho de médicos, enfermeiras e toda equipe de suporte.
 (Segurança, limpeza, administração, distribuição. alimentação ...)

  Os visitantes também contribuem para a melhora do paciente na medida que levam alguma palavra de animo/conforto/apoio.
  Mas:

  “A diferença entre o remédio e o veneno é a dose.”

  A administração entende que mais de 2 pessoas por paciente tumultua o ambiente.
  “Eu” concordar ou não, NÃO importa.
  Porém, só para registro, EU CONCORDO.

  Trinta por cento dos visitantes não concordam ou simplesmente não querem seguir a regra, elas servem para os outros não para eles.

  Alguns "clássicos":

  “Eles nunca vieram aqui, preciso leva-los até o leito.”
 (Caraca, usar o elevador ou escada e procurar a enfermaria impressa na etiqueta, se a pessoa não for cega ou analfabeta, a dificuldade é mínima)

  “Quebra esse galho, subimos os 3 e descemos rapidinho.”
(Todos conhecemos esse “rapidinho”, quanto mais pessoas, mais assuntos, o papo fica bom e ... TUMULTO em um local de trabalho.)

  “Você não tem coração, queria ver se fosse um familiar seu que estivesse internado”.
 (Tive um irmão muito doente, hidrocefalia; meu pai morreu no Mario Gati, minha mãe no Samaritano.
  Minha família e dos outros atendentes não são de imortais.
  Se os Hospitais não podem estabelecer regras para o atendimento, mesmo nas situações mais desagradáveis ... não sei como vai ser.
  Libera geral!?
  Entra quem quer como quiser!?)

  “Nós viemos de longe, foram “trocentas” horas de viagem.”
   (E porque isso deveria mudar as regras!?
   É só se planejar; a cidade do cara vive em um tempo alternativo, outra dimensão!?
  Quando tem horário de Verão engloba toda região Sudeste.
  Os familiares e conhecidos querem entrar 3, 4, 5 de uma vez, só porque “dizem” que vieram de longe ... lá do DIC4 😆 ... piada para campineiros.)





  Depois eu continuo, hoje trabalho e não posso passar muito tempo escrevendo...

I’ll be back








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