segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Amor de Mãe






  

  Bonito, mas...
  Na impossibilidade de salvar esses ovos poderia ter voado e colocado outros ovos.
  Seu sacrifício foi em vão.

  Lembrei de umas histórias que ouvia sobre a geração passada.
  Nossas bisavós tinham muitos filhos então se morria 1, 2, 3 elas superavam fácil.
  Algumas nem lembravam quantos tinham morrido.
  Minha mãe teve 7 morreram 2.

  O “amor de mãe” é exaltado em prosa e verso, mas vemos que varia ao infinito.
  Para quem conseguir, minha sugestão é:
 "Ame racionalmente".



                                                     

Não escolhemos o que sentir, decidimos como agir.

 

  Em primeiro lugar deixo claro que reconheço o peso das emoções/sentimentos em nossas vidas, a um ponto que até ofende a muitos.

  Entendo até o suicídio, quando de tão emocionalmente abalado o individuo prefere deixar de viver.

  Exemplo ligado a postagem no Face.
  A mãe ama tanto os filhos que não consegue imaginar sua vida sem eles.
  Prefere morrer que sobreviver a eles.
  Respeito esse tipo de decisão, entendo.
  Tenho uma frase que resume bem:

  Um homem não deveria sobreviver além de suas paixões.
   (William Robson)

  Em geral nossas paixões são de dois tipos.

  Ligação pessoal: família, filhos, amor por outra pessoa.

  Prazer: Aquela coisa que gostamos muito de fazer.

  Se eu perdesse minha esposa e filhas e a capacidade de escrever ... para que continuar a viver!?
  Tá, se minha saúde permanecesse satisfatória, iria me arrastando pela vida, ajudando outras pessoas em alguma coisa, mas seria aquele jogo apático só para cumprir tabela...

  Porém essa meditação é para falar de VIDA.
  Viver com vontade, gosto, eficiência.

  Na adolescência os hormônios nos inundam, sentimos vontade de transar.
  Uma coisa “boa” no surgimento da AIDS (na década de 1980) foi a necessidade de se falar mais abertamente sobre sexo.

  Camisinha, que era uma palavra quase proibida, passou a estampar propagandas de TV em horário nobre.
  Uma coisa leva a outra e começamos a discutir abertamente sobre homossexualidade, doenças venéreas, gravidez na adolescência.
  Antes podíamos falar de “ignorância” quanto ao sexo, mas faz tempo que isso não é bom argumento para justificar certos comportamentos.

  Quem nasceu em 1980, atingiu a adolescência em 1995.
  Falar de sexo já estava muito longe de qualquer tabu.
  Madona fazia shows simulando masturbação e orgias sexuais, só um dos inúmeros exemplos possíveis.

 Se todos sabem que transar pode gerar uma gravidez, que tipo de amor de pai, amor de mãe é esse que faz o filho nascer em péssimas condições financeiras ou afetivas!?




 
  Não decidimos o que sentir, mas certas coisas sabemos que iremos sentir.

  (Estou dando um passo além nesse pensamento que repito tanto.)
  
  Um jeito de amar racionalmente é nos prepararmos mentalmente para essa ocorrência.
  Antes entenda o óbvio, desejar nunca foi sinônimo de se preparar.
  O amor (e o sexo) são tão exaltados que desejamos essas ocorrências.
  Soma-se a isso o instinto de perpetuação da espécie e facilmente o trem sai dos trilhos.

  Olhamos tudo de maneira tão romântica que subestimamos a força das emoções; sem defesa suficiente nossa razão é arrasada.

  O desejo sexual não deve ser subestimado, é uma força poderosa que domina mesmo as melhores mentes.
  Se estiver turbinado pela paixão amorosa ... lascou tudo.😏

  Algumas pessoas são irresponsáveis mesmo, mas boa parte é uma mistura de ingenuidade com arrogância.
  Na primeira vez desconheciam o poder do desejo ou da paixão e transam sem proteção, se tiver sorte não acontece nada, é a fase da ingenuidade.
  A moça acreditava que podia se controlar, quando percebeu já tinha acontecido.
  O homem, principalmente na adolescência, quando o assunto é sexo tem menos controle que a mulher.

  Agora cientes que podem perder o controle, arrogantemente acreditam que dá próxima vez conseguirão se controlar.
  O rapaz acredita que consegue interromper antes da ejaculação...
  Pelo número de gestações “acidentais" deduzo que a humildade é uma estratégia melhor.
  Use anticoncepcional.
  Vai que você não seja tão forte quanto pensa que é.
  Porque arriscar! ?

  Com raras exceções à regra, a maioria de nós em algum momento (ou várias fases da vida) vai sentir paixão ou desejo incontrolável.
  É melhor se preparar, depois não adianta ficar chorando o leite derramado.

  Exemplo paralelo:
  Vamos tratar a fome como um sentimento.
  Como ela nem sempre está ligada à necessidade de reposição de energia podemos dizer que é uma "emoção".
  Você sente vontade de comer alguma coisa pelo simples prazer.
  Porque você faz as compras do mês mesmo não estando com fome?
  Porque sabe que mais cedo ou mais tarde vai sentir vontade de comer.
  Por vezes vai ser uma necessidade incontrolável, a fome naquele sentido de reposição de energia mesmo.

  Com sexo e amor é a mesma coisa.
  Tem a questão biológica e tem a parte prazer.
  Se você não subestimar essas “forças” a RAZÃO vai te manter satisfatoriamente em “segurança”.



  Qual outra emoção é facilmente previsível em nossas vidas?

  O amor pelos filhos.

  Você nem pensa em ser mãe ou pai, mas quando for vai gostar demais do seu filho.
  Tá, você pode ser uma rara exceção à regra, no entanto é melhor não apostar nisso.
  Até assassinos, pessoas que dão pouco valor a vida dos outros, quando se trata dos próprios filhos a coisa muda totalmente de figura.
 
  Acredite, quando pegar aquele toquinho de gente em seus braços, vai “desejar” dar tudo de bom pra ele.
  Mas se não se preparou pra isso...





  Desejar não é sinônimo de se preparar.

  Não duvido do amor de um pai, de uma mãe ... mesmo daqueles que tem filhos nas situações mais complicadas:


 “Para conseguir manter os quatro filhos minimamente alimentados, o desempregado Maxuel Rismo, de 29 anos, precisa abrir mão de algumas refeições.
  Com a comida contada dentro da casa humilde no bairro Codex, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o rapaz passa fome para garantir que as crianças não fiquem sem comer.”



  As crianças ficam sob os cuidados do pai, que relata dificuldades até de conseguir “bico” para capinar terrenos, pelo que ganha R$ 30 por dia. A renda da família vem do trabalho da mãe, Camila Neves, de 24 anos, que ganha R$ 1 mil por mês em um pequeno mercado de Nova Iguaçu. Eles recebem, também, R$ 200 de Bolsa Família.



 
  Se você lê esse tipo de matéria é quase sempre a mesma coisa.
  “O casal é vítima” do Presidente, Governador Prefeito, “capitalismo”, “de uma sociedade injusta” ...

  Por favor leia a matéria.
  Trocar o Presidente é fácil, de 4 em 4 anos temos essa possibilidade.
  (Até antes, se ele cometer algum crime.)

  Convencer as pessoas que só o amor não basta para criar filhos é bem mais complicado.
  Ainda mais quando toda mídia (com nossa benção) insiste na pregação:

“Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra...”
  (Gênesis 1:28)


  O Pai Estado cuida de todos ... basta "vontade" politica.
  Acredite quem quiser...













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2 comentários:

  1. Eu só discordo da idéia do Estado-pai.
    O Estado é a nossa criação e resulta dos nossos acordos comuns.
    O combinado é que ele sirva para tratar mesmo de todos.
    É para isso que o inventamos, é para isso que o mantemos.
    Ele não é uma pessoa, ele é a estrutura de uma vontade coletiva.

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  2. Leia a matéria do Extra.
    Se está desempregado é o Governo que não deu emprego.
    Se não tem casa é o Governo que não deu moradia.
    Se não tem comida o Governo não deu.
    Se tem muitos filhos o Governo não educou.
    Em nenhum momento o indivíduo é responsável em nada pela própria situação.


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