sábado, 14 de maio de 2022

Teatro

 


  O Teatro “surgiu” na Grécia Antiga, cerca de 900 anos antes do nascimento de Cristo.
  As grandes celebrações para o deus do vinho, Dionísio, aconteciam periodicamente e foi durante uma destas celebrações que o primeiro diálogo surgiu.
  Esse acontecimento foi o que gerou a semente do teatro ocidental como o conhecemos hoje.
 
  Consiste em representar uma situação e estimular sentimentos na audiência.
 
  O “Teatro” tem 3 elementos básicos:
 
 1 - Quem vê (plateia)
 2 - O que vê (enredo)
 3 - O que imagina (deduções)
 
  Em um espaço determinado, atores encenam uma história, com o objetivo de entretenimento.
  Pode ser drama, comédia ... uma mistura dos dois em diferentes proporções.
  Quase que inevitavelmente, por representar a vida real, nos leva a reflexões quase que involuntárias.
 
  "O que eu faria nessa situação?"
  

 

  


  Achei necessária essa introdução para tornar mais compreensível a meditação.    
  Vamos a ela...    
               
  Quando você ler que "algo surgiu" entenda que  aconteceu registro formal de uma ocorrência.
  De certo, desde os primórdios da humanidade, humanos fazem representações.
  Os desenho em rochas estão aí para atestar que nós assim que foi possivel quisemos deixar registros históricos.

  Depois de uma caçada, provavelmente, o homem das cavernas relatava sua aventura a outros.
  A mulher da caverna de certo tinha suas ocorrências do cotidiano que compartilhava com outros.

  A "encenação" de uma ocorrência, para a "plateia" foi registrada formalmente na Grécia, mas será que os Sumérios não faziam coisas semelhantes?

    "Quem conta um conto aumenta um ponto."

  Geralmente esse ponto é para destacar a ocorrência, impressionar a plateia.
  Tornar a "realidade" mais dramática ou engraçada, para prender a atenção.
  
  Um alce teve o azar de quebrar a perna.
  O caçador viu a oportunidade, abateu o animal.
  Na "caverna" ele pode contar estritamente o que aconteceu, fazer um drama ou comédia.

  Para entretenimento, sabemos que a realidade é ... chata.

Realidade:  "Eu estava andando, achei esse alce com a perna quebrada, matei e trouxe".

Drama:  "Eu estava cercado por uma manada de alces raivosos, não me intimidei, precisava trazer comida para casa, não iria sair de mãos abanando..."

Comédia:  "Mano, caçar não é comigo, depois de muito tempo sem conseguir nada, estava desistindo.
  Um alce começou a me perseguir, sei lá porque.
  Pernas pra que te quero.
  Minha sorte é que na perseguição o alce bobeou e quebrou a perna..."



  É preciso ter esse entendimento que a arte busca nos entreter, cativar nossa atenção.

  Vamos a um exemplo pratico:

  O relacionamento "normal" de um casal é algo do nosso cotidiano.

  O que chama nossa atenção em um conto, filme, peça de teatro ou notícia?

  A briga, a traição … o "amor quase perfeito".

  Não é que essas coisas não façam parte da realidade.
  Casais brigam.
  Casais traem.
  Por um tempo, principalmente no início do relacionamento, tudo é uma maravilha, um amor quase perfeito.

  Porem, na maioria dos relacionamentos vai acontecendo uma esperada normalidade.
  Não tem brigas acaloradas.
  As traições vão sendo evitadas … para quem realmente quer manter o casamento.
  Aquela paixão louca vai amornando com a rotina do dia a dia.

  É a vida devemos nos adaptar a essas mudanças de fase.

  Mas não; queremos imitar a arte, achamos que precisamos de mais emoção como acontece no cinema e na literatura.

  Nada está bom como achamos que deveria ser, daí acontecem as brigas.
  
  O sexo não deveria esfriar de jeito nenhum, a traição passa ser uma opção.

  O amor não está mais tão intenso quanto nas novelas então é hora de procurar um novo amor, alguém que nos valorize...

  Por favor, relações humanas são complicadas mesmo.
  NÃO estou dizendo que se não fosse a influência da arte todos os casamentos durariam até que a morte separasse.
  Mas observo que muitas das nossas "infelicidades" acontecem porque queremos imitar a arte.

  Essa meditação é direcionada principalmente aos mais jovens.
  Aquela pessoa que ainda não casou ou está no início de um relacionamento mais sério.
  
  Se prepare para a realidade e ela pode ser bem agradável, uma viagem tranquila.

  Insista em imitar a arte e …a viagem pode ser bastante conturbada.
  No final das contas, um prazer mais intenso, resultou em muita dor.

  Tem quem gosta.

  O importante é que você esteja consciente das consequências.

  Sabe aquele filme Velozes e Furiosos?
  Dirigir daquela maneira só é possível na arte.
  Alguns tentam imitar na vida real e acidentes horríveis acontecem, vidas são destruídas.

  Uma coisa que vejo muito nos filmes é apologia a drogas.
  Para curtir a vida você tem que experimentar o bagulho, tomar porres homéricos, transar com quem aparecer pela frente...

  Se é essa mesma sua vibe … tudo bem, cada um é cada um.
  Mas conheça a si mesmo não faça só para imitar a arte…

  Essa filosofia complexa entra em sua mente?





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