quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

Impermanência da Lucidez

 


William: Bonito, poético, mas ... nada é permanente.

  Se pensar em progresso como melhora da infra estrutura esta aí a Ucrânia para mostrar que guerras colocam tudo a perder rapidamente.
  Também é comum vermos nesses vídeos de viagens no YouTube, lugares muito pobres, com prédios suntuosos degradados.
   Um dia aquele prédio foi novo e bem cuidado, um símbolo de progresso, agora esta em ruinas.

   Se esta falando de progresso como sucesso financeiro ... estão aí inúmeras famílias que foram a falência.
   Um antepassado juntou grande fortuna, o que era inovador foi copiado por muitos, a concorrência aumentou, as novas gerações não conseguiram manter o patrimônio ... ocorre grande "retrocesso" econômico familiar, não raro os bisnetos do fundador voltam a ser pobres.

Comentarista: E se o tal progresso não for apenas em infraestruturas, e bens materiais?
  E se for em evolução ou desenvolvimento emocional profissional e etc?

William: Lembrei de um caso clássico que me afetou bastante, pensando na impermanência da minha lucidez.





   Margaret Thatcher teve demência nos seus anos finais.

   Sua filha, Carol Thatcher, notou os primeiros sinais de perda de memória em 2000, quando a ex-premiê confundiu a Guerra das Malvinas com o conflito na Bósnia durante um almoço.

   Ela foi diagnosticada formalmente por volta dos 75 anos.

   Em 2002, após sofrer uma série de pequenos derrames (isquemias transitórias), médicos a aconselharam a abandonar os discursos e a vida pública.

   A condição só se tornou amplamente conhecida em 2008, quando Carol publicou o livro de memórias, descrevendo como a mãe frequentemente esquecia que seu marido, Denis Thatcher, já havia falecido.


  (Gemini)

 

 

  

  Fora os problemas físicos (biológicos) tem os problemas mentais (ou espirituais como preferirem).

  Sabemos de várias pessoas que eram uma fortaleza, e por alguma ocorrência caíram em depressão.




  Padre Marcelo Rossi surpreende com antes e depois:

   'Depressão não é frescura'

 

   Religioso fez uma postagem nas redes sociais mostrando sua evolução após ter problemas de saúde mental

 

  31/10/2024 Globo - Link

 

 

      Dai muitos falam:


  "É que não teve uma verdadeira evolução".


   Cada caso é um caso, mas eu discordo.

   Houve um progresso verdadeiro (evolução).

   Se pegarmos a pessoa com 20 anos e comparar com ela aos 40 pode ter "progredido" bastante.

   Mas a perda (morte) de alguém querido, um relacionamento que deteriorou, uma situação profissional que piorou bastante, a perda da "jovialidade" ou problemas de saúde ... geralmente trazem novos desafios.


  Vou ficando por aqui ...



  No Budismo, impermanência (anicca) é a ideia de que tudo está em constante mudança.

  Nada é fixo, eterno ou estável: pessoas, objetos, emoções e pensamentos surgem e desaparecem.

  O sofrimento nasce do apego ao que muda; compreender a impermanência ajuda a desapegar e a reduzir o sofrimento.

 

 

 


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  Fora os problemas físicos (biológicos) tem os problemas mentais (ou espirituais como preferirem).

  Sabemos de várias pessoas que eram uma fortaleza, e por alguma ocorrência caíram em depressão.

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https://filosofiamatematicablogger.blogspot.com/2025/12/impermanencia-da-lucidez.html


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  Resumo

 

1. Nada é permanente, inclusive o progresso em diversas áreas, o título e a frase inicial estabelecem o tema poético, mas realista, da impermanência como contraponto a ideias de progresso linear e eterno.

 

2. O progresso infra estrutural é frágil, exemplos como a guerra na Ucrânia destroem rapidamente o que foi construído, e vídeos de viagens mostram prédios outrora suntuosos agora em ruínas, simbolizando retrocesso rápido.

 

3. O sucesso financeiro familiar não é duradouro.    

   Muitas famílias enriquecidas por um antepassado inovador perdem tudo nas gerações seguintes devido à concorrência e má gestão, levando bisnetos à pobreza novamente.

 

4.  A lucidez mental é impermanente.

  O caso de Margaret Thatcher, com demência nos anos finais (confusões de memória, esquecimento da morte do marido), serve como exemplo pessoal impactante da perda de clareza mental, mesmo em figuras fortes.

 

5. Problemas mentais ou espirituais podem derrubar fortalezas.

  Pessoas emocionalmente sólidas caem em depressão por eventos da vida; o exemplo do Padre Marcelo Rossi ilustra que a depressão é real e pode afetar qualquer um, independentemente de força anterior.

 

6. O progresso ou evolução pessoal é real, mas não garante permanência.

  William discorda da ideia de que quedas significam "falta de verdadeira evolução"; há progresso genuíno (ex.: de 20 a 40 anos), mas novos desafios (perdas, saúde, envelhecimento) podem causar regressões.

 

7.  Conceito budista de impermanência (anicca).

  Tudo muda constantemente (pessoas, emoções, pensamentos); o sofrimento vem do apego ao transitório, e compreender isso ajuda no desapego — fechando o texto com uma referência filosófica que reforça todos os argumentos anteriores.

 

  

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