segunda-feira, 29 de dezembro de 2025

Imigrante Ilegal

 


Comentarista: Por que emigrantes são alvos da extrema direita que os colocam na posição de inimigos?

Claudio Pavanini (Quora):   O próprio termo “extrema direita” já é uma tática política usada por líderes e movimentos autoritários, sempre de esquerda, para desumanizar seus oponentes antes mesmo de qualquer debate racional. 
  Ao rotular alguém dessa forma, não se busca compreender posições concretas, mas criar um inimigo moral, alguém fora do campo do “aceitável”, que pode ser silenciado, ridicularizado ou combatido sem diálogo.
   Essa lógica do rótulo antecede a discussão sobre imigração e já distorce a pergunta desde o início.

  Quando se diz que “emigrantes são alvos da extrema direita”, a narrativa embute uma mentira central: a ideia de que povos ou nações seriam, por natureza, contra imigrantes. 
  Isso simplesmente não corresponde à realidade histórica. 
  Nenhum país construído sobre comércio, trabalho e desenvolvimento — praticamente todos — é contra imigração legal, regulada e responsável. 
  Ao contrário, a imigração legal sempre foi vista como fator de crescimento, inovação e renovação social. 
  O conflito não é com o imigrante em si, muito menos com sua origem étnica ou cultural, mas com a quebra deliberada das regras que organizam a vida coletiva de um Estado.

   A confusão é proposital. 
   Mistura-se imigração legal com imigração ilegal para produzir indignação moral seletiva. 
   Quando cidadãos questionam fronteiras abertas, ausência de controle ou falhas do Estado em identificar quem entra, isso é apresentado como “ódio”, quando na verdade é uma preocupação legítima com segurança, soberania e coesão social. 
  Todo país sério controla quem entra, por quê entra e sob quais condições permanece. 
  Isso não é extremismo, é Estado de Direito.

   Outra distorção recorrente é usar o tema da imigração como escudo emocional, ignorando que criminosos e terroristas existem e, historicamente, exploram exatamente brechas migratórias para circular, financiar redes e desestabilizar sociedades.    
   Fingir que isso não ocorre não é humanismo, é irresponsabilidade. 
   E aqui está uma ironia que raramente se admite: a esquerda radical também instrumentaliza o caos migratório, não para proteger pessoas, mas para tensionar democracias, sobrecarregar instituições, gerar conflito social e depois capitalizar politicamente esse colapso.
  O sofrimento humano vira ferramenta.

   No fim, o imigrante comum — o trabalhador, o pai de família, cidadão de bem, pessoa que segue regras e invariavelmente vota na direita — acaba sendo o maior prejudicado por essa manipulação. 
  Ele é usado como símbolo, como escudo retórico, enquanto decisões concretas que garantiriam imigração legal, segura e digna são sabotadas.    
   Transformar qualquer questionamento em “extremismo” não protege ninguém; apenas impede soluções reais.

   Portanto, emigrantes não são inimigos. 
   Tampouco cidadãos que exigem leis e ordem. 
   O verdadeiro problema é a esquerda que precisa fabricar inimigos — seja chamando tudo de “extrema direita”, seja romantizando o caos — para manter poder, controle narrativo e divisão social.

William: A resposta do Claudio é muito racional me fez lembrar de um texto bem antigo...


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