terça-feira, 10 de junho de 2014

A Pergunta





    “Uma poderosa ferramenta para nos ajudar a gerir com habilidade a nossa vida é perguntar antes de cada ato se isso nos trará felicidade.

   Isso vale desde a hora de decidir se vamos ou não usar drogas até se vamos ou não comer aquele terceiro pedaço de torta de banana com creme.”   


   Dalai Lama

 

 

 

  Eu ainda não observei fatos para ser tão otimista quanto Dalai Lama, defendo que felicidade NÃO existe.

  Portanto, se perguntar se algo lhe fará feliz é desnecessário, perda de tempo, pois nada lhe fará feliz nesse mundo.
  Não dá para ter certeza que existe um outro e muito menos se nesse outro mundo a felicidade é possível.

  A pergunta tem que ser outra:

 


   Consigo manter esse PRAZER sob controle sem me destruir ou prejudicar pessoas à minha volta?

 

 

   Saber que o álcool não lhe trará felicidade já é uma ótima razão para não torna-lo a coisa mais importante de sua vida, ainda mais se  estiver trazendo-lhe muitos problemas.

  Por outro lado se o uso do álcool lhe deixa relaxado, mais alegre, lhe proporciona momentos alegres, não vejo motivo para abrir mão desse prazer.
  Principalmente na fase adulta passamos a maior parte do tempo em compromissos sociais que fazemos mais por obrigação que por prazer.
  Por favor!
  Não pense naquele “psicologismo” fajuto do grande desgaste provocado pela vida moderna como se a vida há 100 ou 200 anos atrás fosse muito melhor que essa.
  Para a sociedade funcionar cada um tem que fazer sua parte, não há nada de “idiotizante” em cada um funcionar como uma engrenagem que move o todo.

  Exemplo comum a muitos:
  Claro que quero que minhas filhas estudem, elas não irá serão crianças para sempre, estudar é um meio de ocuparem um lugar "tolerável" nesta engrenagem social.
  Levar e buscar filhos na escola é um compromisso que não me dá prazer, mas entendo como necessário, não vejo como uma maldição do capitalismo ou uma “opressão” da vida moderna.

  (Quem gosta de gastar com transporte escolar!?
    Porem, um serviço esta nos sendo prestado, a pessoa que nos presta tem gastos, empenha seu tempo, deve ser paga, óbvio)

  Eu não desenvolvi nenhum vicio, por vezes até gostaria de ter algo que me deixasse mais animado, quem sabe ás vezes ficar embriagado, mas eu e o álcool somos incompatíveis.
  Nunca nem ao menos experimentei qualquer tipo de droga, nunca nem por brincadeira coloquei um cigarro na boca. 
  O que é uma luta interna para muitas pessoas, se manter longe de vícios, pra mim ... não faz parte da minha natureza.

  Acho incomodo me manter sempre tão lúcido ao mesmo tempo que tenho pavor de perder a lucidez.      Tenho preferido o incomodo que o pavor.

  Até para dormir tenho que me sentir em um ambiente seguro, pois quando estou dormindo sei que não estarei lúcido então confiro se as portas estão trancadas, se o gás esta desligado, se não tem nada na tomada que possa superaquecer, se as crianças estão em segurança…

  Certa vez indo no fundo de minha mente descobri mais esse motivo para morar em apartamento, principalmente na hora de dormir me sinto mais seguro, acabo dormindo melhor.

  Com todo respeito a opinião de Dalai Lama, eu acredito que evoluiríamos bastante se desistíssemos de buscar algo que não existe, a FELICIDADE.

  Se fumar cigarro ou beber cerveja lhe proporciona momentos alegres, momentos de relaxamento, então fume e beba!
  Não deixe de viver esse momento de prazer cercado de compromissos sociais por todos os lados… 😉
  Sua mente diante do mundo é uma ilha, mas no seu momento de prazer o mundo todo é uma ilha cercado de VOCÊ!

  Não espere da vida mais do que ela pode te dar, pare de buscar a Felicidade e comece a colecionar momentos bons.

  Acredite, esse tipo de coleção é o mais próximo que poderás chegar da felicidade prometida por Dalai Lama.

  Faça sua escolha, prefere ficar em busca do inatingível ou viver momentos de uma prazerosa realidade?

 
“Decifra-me ou te Devoro!”

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