terça-feira, 17 de junho de 2014

Nenês são Barraqueiros

   Sabe porque existe tantos “barraqueiros”, aquelas pessoas escandalosas?

  Porque gritar, fingir histeria FUNCIONA.


 Os nenês não tem outra opção que não seja gritar e espernear para serem atendidos então todo nenêzinho já nasce rodando a baiana.
😊


  Certa vez estava em uma pizzaria, minha filha tinha uns 4 anos, começou seu barraquinho infantil.     
  Como não atendeu aos meu pedidos que se comportasse direito não pensei duas vezes, encomendei a pizza para viagem e fomos comer em casa. 
  Episódios assim ocorreram algumas vezes até que minhas filhas entenderam que fazendo barraco comigo não conseguiriam nada, até perderiam.
  Eu:

  Prêmio o bom comportamento e penalizo o mau comportamento. 

  Se (contra minha vontade) elas quiserem ser barraqueiras que sejam na sociedade lá fora que é TOLERANTE com esse tipo de comportamento.
   



  A grande arma dos barraqueiros é a timidez das pessoas. 

  O cidadão até gosta quando todos os olhares se voltam para ele se são de admiração, de aprovação. 
  Na dúvida o indivíduo prefere não se arriscar, não se expor.

  Qual a primeira ação de um barraqueiro? 

  Justamente provocar uma exposição, isso já desestrutura grande parte dos indivíduos que tem MEDO dessa situação.
 (Ou pelo menos se sentem muito desconfortáveis.)

  É raro ser bom Filosofo e não dominar a arte da manipulação. 
  Estudar a fundo Filosofia não o tornará necessariamente um bom manipulador, pois para isso também é necessário ser bom ator o que já é um dom de nascença.
  Conhecer bem as artimanhas da manipulação evitará que você seja facilmente manipulado.

  Veja um exemplo. 
  No caso das barraqueiras eu sei que sua primeira estratégia vai ser chamar a atenção, me expor. 
  Uma vítima pouco habilidosa nessa situação a primeira coisa que irá fazer é olhar em volta para verificar quantos olhares já estão em sua direção e quanto mais olhares mais ela se intimida, mais vira uma presa fácil para a barraqueira.

  Há muito tempo perdi o medo de me expor, pois sei que alimentando esse medo fico muito suscetível de ser manipulado então se a barraqueira acelera eu acelero junto. 
  Não olho para os lados, não me importo com quem esteja me olhando, mantenho o foco no centro do problema que originou a discussão, o único olhar que me interessa é o da barraqueira. 
   Uso a tática do “espelho”, se a pessoa grita eu grito, se faz careta eu faço, se começa rir com desdém eu vou nessa, se ela encostar a mão em mim, me autoriza a fazer isso também… 
  A pessoa vem encostar em você dê um tapa na mão dela, fica como um ato de defesa e não agressão.
   Mantenho o foco, não ligo para a plateia.
   Se querem ver um bom espetáculo não sou eu que vou decepcionar o público.

  Atenção para um detalhe, o mais importante de manter o foco é dar rapidamente razão ao indivíduo no que ele a princípio estiver correto em sua solicitação, mas não ceda um milímetro no que ele estiver errado, evite a todo custo lhe dar qualquer vantagem indevida.

  A “massa” tem certos comportamentos meio que padronizados, ela é solidaria por exemplo a quem sofre uma agressão verbal e revida, como sempre é a barraqueira que inicia a agressão então conseguimos manter uma vantagem estratégica que só será perdida se não dermos razão ao que obviamente a barraqueira tem razão, por isso é importante respirar fundo e manter o foco da discussão.

  Não tenha medo de se expor ou pelo menos treine para disfarçar muito bem esse medo, apague de sua mente os olhares da plateia olhe nos olhos da barraqueira, faça seu show para ela. 
  Acelere no mesmo ritmo, não perca o foco da discussão. 

  Outra coisa importante.
  Meu objetivo é sempre promover a ordem, paz, civilidade.
  Não me interessa levar a discussão até as últimas consequências ... agressão física, delegacia de polícia.
  Ao menor aceno de “trégua” da “encrenqueira” desacelere também.

   Podemos mudar a cultura, mas temos que querer fazer isso.

  Até quando vamos permitir que as pessoas consigam vantagens no “grito”, na “ceninha histérica”?








.

Nenhum comentário: