"As artes corrompem a Sociedade."
A frase é de Jean-Jacques Rousseau um pensador o qual não tenho
afinidade.
Mas para essa
meditação cai como uma luva.
Corromper é uma
palavra forte, desperta sentimento negativo.
Porem, se
substituirmos por "influenciar" a frase fica óbvia, não é isso que
quero para o texto.
As artes tem enorme poder de corromper a sociedade, por isso
Rousseau sugeria controle rígido das artes.
Eu passo longe
disso.
Seria hipocrisia
alguém que fala tanto em liberdade sugerir rígida censura as artes.
Me contento em
debate-las, vamos a um exercício prático.
Tem uma série que
comecei a gravar por me parecer mais adulta em meio tantos filmes de super
heróis e comédias.
Criminal
Minds é uma série de sucesso, senão não teria tantas temporadas.
Assisti a
primeira temporada, assisti a segunda e já nem queria mais gravar, mas sem muitas opções do "meu gosto" fui assistindo até
a gota d'água ...
Sinopse:
A assassina matava mulheres e as transformava em bonecas.
Isso mesmo.
Sequestrava mulheres pequenas com aparência angelical, administrava uma droga que as mantinha conscientes, mas paralisadas.
As moças tinham que ser 3, uma negra, outra morena e outra loira.
A assassina confeccionava roupas a mão para cada uma delas.
As maquiava e penteava de forma a ficarem idênticas às bonecas.
Quando uma moça morria ela sequestrava outra para substituí-la.
As moças duravam cerca de dois meses, o corpo delas ser mantido em estado de paralisia por tanto tempo provocava derrame cerebral.
A assassina matava mulheres e as transformava em bonecas.
Isso mesmo.
Sequestrava mulheres pequenas com aparência angelical, administrava uma droga que as mantinha conscientes, mas paralisadas.
As moças tinham que ser 3, uma negra, outra morena e outra loira.
A assassina confeccionava roupas a mão para cada uma delas.
As maquiava e penteava de forma a ficarem idênticas às bonecas.
Quando uma moça morria ela sequestrava outra para substituí-la.
As moças duravam cerca de dois meses, o corpo delas ser mantido em estado de paralisia por tanto tempo provocava derrame cerebral.
Os roteirista
criam crimes incríveis!
A história por si só não convence ninguém .. com o mínimo de censo critico.
A "logística" para esse crime realizado por uma "cidadã comum" beira o surreal.
Se fosse uma série tipo "Além da Imaginação" ou "Contos Macabros" (para quem gosta desse gênero) tudo bem, mas Criminal Minds tem uma proposta mais perto da "realidade".
Os americanos
são muito competentes na produção de seus filmes, os atores são fantásticos, os
efeitos muito convincentes.
As cenas são horríveis
e deprimentes.
Percebi
que a série me deixava com uma tristeza profunda.
No final a equipe salvava alguém, mas antes disso 3 ou 4 morriam de maneira monstruosa.
Isso ficava
atormentando minha mente.
Essa arte/filme
corrompe quem assiste de várias maneiras, uma delas é colocando na cabeça de
psicopatas sugestões de crimes horripilantes e maneiras de não serem
descobertos pela polícia.
Entretanto a
maioria de nós não é psicopata ... pelo menos com gravidade.
Eu não sou, no
meu caso o problema é buscar um entretenimento para relaxar e no final sempre
terminar triste.
Porem tem uma
coisa que me incomoda ainda mais.
A meu ver o que mais corrompe nossa sociedade
é o "psicologismo"
embarcado nesse tipo de filme.
Nem lembro bem do
final desse episódio.
Me parece que a
assassina teve algum problema com bonecas que foram tiradas dela na infância.
Somou-se a isso o
pai ser pedófilo, não fez nada com ela, mas abusava de outras meninas.
Onde está o
psicologismo?
É sempre isso
nessa série e nos mais diversos filmes.
O assassino é bom
porque todos nascemos uma folha em branco.
A
"monstruosidade " sempre vem de algum trauma da infância.
Os mais comuns
são:
💣
Abuso sexual.
💣
Espancamento.
💣
Viu a mãe ou pai morrer.
No caso desse
episódio.
A mulher podia
depois de adulta denunciar o pai.
Podia virar
pedófila com garotos.
Podia se entregar
a bebida e drogas.
Podia se afastar
daquilo tudo e nunca mais falar com o pai.
Mas não, o
roteirista quer algo “diferente”.
Então decide que
a cidadã vai sequestrar mulheres e transforma-las em bonecas!!
Antes desse
episódio já havia assistido a outro bizarro (entre tantos outros).
Sabe quando você
não acredita no que está assistindo, mas vai seguindo só para ver até onde vai
a imaginação do roteirista e diretor?
O assassino
matava as mulheres e pegava como troféu a panturrilha, é, a "batata da
perna" como minha vó falava.
O cara tinha
fetiche por panturrilhas, era assim que escolhia suas vítimas.
De certo devia
ser mais algum trauma de infância ... desliguei antes do fim.
"As artes edificam a Sociedade."
Um
filme, novela, conto também podem semear o “bom mocismo”, ética, honestidade,
honra.
Na própria série
Criminal Minds os crimes são horríveis, mas os protagonistas são pessoas muito
integras, honestas, excelentes profissionais.
O que eu pretendo passar com
essa meditação?
Sou contra o
Estado censurar (interferir em) produções artísticas, prefiro que cada
indivíduo repense o tipo de arte que está disposto a consumir.
Gosto é gosto, se
aprecia um tipo de arte (bizarra ou não) deve prestigiar.
O problema é prestigiar
uma arte só porque virou moda ou uma celebridade ou “critico de artes” gostou.
Vejam meu caso,
nunca me interessei por quadrinhos da Marvel ou DC.
No entanto faz
anos que filmes baseados em “super heróis” tomaram conta do cinema.
Eu no geral não
gosto e não prestigio.
Os Vingadores?
Quando o filme
tem um super herói e bom roteiro consigo assistir.
Aquele monte de
gente super poderosa lutando contra Thanos ... me distraio melhor com episódios
do Chapolin Colorado...
Outro grande
problema é você se deixar levar por uma “onda” sem identificar se aquilo está
de acordo com seus valores, sua natureza.
Isso é difícil
explicar ... vou dar um exemplo.
Se você assistir
filmes (novelas) da década de 50, 60, 70 a “onda” era fumar cigarro.
Símbolo de
charme, sofisticação, “ser adulto”.
De certo muitas
pessoas começaram a fumar apenas para entrar na onda.
Depois de 80 o
cigarro foi se tornando um grande inimigo.
Nas novelas e
filmes foi praticamente banido.
É importante conhecer a si mesmo.
Se realmente
sente vontade de experimentar algo (até cigarro ou homossexualidade) ... tudo
bem.
Gostou, gostou;
não gostou não gostou.
O problema é se
obrigar a gostar (ou não gostar) só para fazer parte da “onda”.
No caso de
filmes, novelas, pinturas, esculturas, shows ... você vai sentir um vazio/tédio
por estar onde não gostaria de estar, vendo algo que não queria ver.
No caso de drogas,
bebidas, jogatinas, “perversões sexuais” ... podem te levar a dependência.
Você entra na
onda sem querer e acaba querendo muito.
Enfim.
Arte é arte.
Se ela vai te corromper, edificar ou só distrair ... você decide.
.
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