terça-feira, 11 de agosto de 2020

Racismo Estrutural



   Pretos e pardos são 78% dos mortos em ações policiais no RJ em 2019.
  Policia Militar afirma que não cabe à corporação "avaliar o perfil etnológico de criminosos".




  Das 1.814 pessoas mortas em ações da polícia no último ano, 1.423 foram pretas ou pardas.
  Entre elas, 43% tinham entre 14 e 30 anos de idade.
  O número de mortes por intervenção legal foi o maior número registrado desde 1998.
  Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 54% da população do estado se declara preta ou parda.
  Para especialistas ouvidos pelo G1, os números mostram traços de racismo estrutural na política de segurança pública do estado.







  “Se a gente for olhar a função da Segurança Pública, ela nasce para proteger os bens e propriedades da classe dominante.
  Ela não nasce para proteger o pobre, preto e favelado.
  Se a Segurança Pública entende que, para proteger a classe dominante, precisa matar os negros, ela vai matar”.

  A segurança pública é racista porque o projeto de sociedade é racista.

  Ela funciona de tal modo que todas as instituições dialoguem com esse projeto.
  A Polícia Militar vai alimentar uma execução de um projeto que é racista e vai ser racista também”.

(Obirin Odara – Pesquisadora)





   
 😡 “No Rio a Policia Militar mata jovens pobres e negros, a grande maioria não tem passagens pela polícia”.

  

    (Comentarista)    








  Vamos meditar sobre o termo da moda "Racismo Estrutural".

  No Brasil não ter passagem pela polícia não significa exatamente que não esteja envolvido em crimes.
  A taxa de delitos solucionados é bem baixa.

  Cresci em um bairro que na época era um pouco barra pesada.
  O garoto fica "aprontando", se empolga justamente porque não acontece nada.
  Se a intensidade e frequência dos delitos vai aumentando ... uma hora a casa cai.

  Pode ser um recolhimento a delegacia com soltura rápida (impunidade), mas também pode envolver tiroteio e óbito.
  Nem sempre é a polícia, entre criminosos acontecem muitas rixas principalmente se o assunto for drogas.

  Um assassinato que ficou na minha mente foi Mauricinho matando Carlinhos na beira do campo de futebol do Centro Kennedy.
  Um tiro atrás da orelha.
  Não ficou muito tempo preso, era "dimenor".
  Quando saiu parecia que tinha feito muita musculação na cadeia, estava muito forte.
  
  Mauricinho era de cor indefinida, dependendo da pessoa vai classifica-lo como pardo.
  Carlinhos era negro, foi vizinho de quintal ... o quintal da casa da minha vó Timira fazia divisa com o quintal da casa dos pais dele.
  Como eu morava no quintal da minha vó, Carlinhos fez parte da minha infância, era um garoto que "aprontava".

  Eu mantinha  distância, mas conhecia todos os garotos problemáticos do Bairro.
  Não lembro de nenhum que morreu ou foi preso ser inocente.

  Meu conselho a garotos "normais" é não ficarem muito próximo a esses caras, na hora da treta sobra para quem estiver perto.
  Aqui em São Paulo não temos tanto problema com balas perdidas como no Rio de Janeiro, menos mal.
  Aqui as balas tem destino bem definido, mas quem esta próximo, é efeito colateral já calculado.


  O fato é que se policiais tem mais problemas com homens jovens pretos e pardos é natural que fiquem mais desconfiados desse tipo de cidadão.
  Colocamos tudo por conta de uma discriminação policial, mas o fato é que negros e pardos cometem mais delitos.

  Me parece que a estrutura que temos que analisar é a FAMILIAR.






  Tem outra maneira de analisar os números das reportagens que dê certo vai contra tudo que escuto por aí, mas pelo menos considere a possibilidade, tudo bem?

  Tem garotos que são atentados mesmo, desde cedo buscam drogas, marginalidade, tem uma estranha admiração por esse meio.

  Outros entram no embalo, quando percebem já estão tão enrascados que fica complicado seguir outro caminho.

  Uma boa estrutura familiar proporciona bom ambiente para criança, ela quase sempre vai estar supervisionada por um adulto que lhe transmitirá senso de civilidade, educação.

  Vou falar da minha própria vida porque é o exemplo mais fácil.
  Somos em 5 irmãos, nenhum seguiu o caminho da marginalidade, mas não graças a nossa estrutura familiar.
  Bem cedo paramos de conviver com nosso pai, minha mãe trabalhava, no geral supervisionávamos nós mesmos.
  Minha irmã Jane com 13 anos cuidava de 4 irmãos menores.
  Eu com 11 fazia o possível.
  Na prática nós íamos para onde queríamos.

  Adicionem a isso uma situação de muita pobreza e um de nós poderia ter seguido para drogas ou pequenos roubos.
  Felizmente nosso bairro não era tão complicado quanto aparentemente são as "comunidades" do Rio e de outros lugares.

                                               

   “Eu quero apenas ser cruel naturalmente
    Descobrir onde o mal nasce e destruir sua semente.”
    (Sueli Correa Costa / Paulo Cesar)

 

  
  Sem generalizações, outra dedução para os números de negros e pardos nas cadeias é que esses “tons de pele” não são tão responsáveis ao constituir família quanto deveriam ser.

  Se negros e pardos pararem com o vitimismo e estruturarem melhor a própria vida antes de ir procriando, de certo terão filhos em condições melhores e mais bem educados.
  Lá na frente não morarão em comunidades problemáticas nem participarão de pequenos delitos que vão se tornando grandes.
  Os enfrentamentos com a polícia não são fruto de um “racismo estrutural”.
  Mas de uma dedução “plausível”, negros e pardos estão sendo pais irresponsáveis o resto é consequência.

  Seja você negro, pardo, branco, índio, asiático, homossexual, hétero, ateu, religioso, capitalista, socialista ... a estrutura mais importante é a familiar.

  O cidadão não faz a parte que lhe cabe dando o básico para que uma criança venha ao mundo com dignidade, depois a culpa é do professor e da polícia!!

  Família Educa.
  Escola Escolariza
  Polícia mantem a lei e a ordem.

  No próximo texto vou escrever que “Vidas brancas importam”.

  Há muitas pesquisas mostrando o número de negros e pardos nas cadeias.
  Parece que são presos só porque o policial foi “racista”.
  (Evidente que isso também acontece, se constatado deve ser punido.)

  Esqueçamos o delito cometido, o importante é a cor da pele!?
  
  Quantos “brancos” são roubados ou assassinados por negros e pardos?

  Alguém sabe desse tipo de pesquisa?




















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2 comentários:

NIHIL METILENE disse...

Racismo Estrutural não existe.
Essa foi uma expressão inventada pelo escritor Sílvio de Almeida.
As estruturas de poder no Brasil não são racialistas, são oligárquicas.
O primeiro preconceito é contra os pobres.
Em segundo lugar é que as raças aparecem.

Vou reler o seu texto.

NIHIL METILENE disse...

Correção de redação;

Em segundo lugar é que o preconceito contra as "raças" aparece.