sábado, 4 de outubro de 2025

Religiões Afro-brasileiras

 

 


Tiago: Você critica as religiões afrodescendentes porque conhece ou porque ouviu falar?


 

 

William: Se você não está confundindo critica com analise ... podemos “analisar”.
  Cite uma religião africana de alcance mundial.

Gael: Aos olhos de quem faz parte de uma religião de matriz afro isso não faz o menor sentido!

William: O que não faz sentido?

Gael: Buscar que sua religião tenha alcance mundial.

William: Se não buscam isso então tem consequências.
  Cristianismo e Islamismo (por exemplo) buscam e são bem avessas a algumas práticas como “incorporações de espíritos".
  As “criticas” (no sentido de crítica mesmo) acontecem.

Gael: Cristãos e muçulmanos são perseguidores natos.  
  Herança dos hebreus que começaram fazendo a falseabilização de certos deuses pagãos.  
  Mas vindo para nosso contexto, o umbandista e candoblecista fazem de tudo para serem aceitos pelos cristãos, por isso são escorraçados, o quimbandeiro toma o lugar que quer.

 William: “o umbandista e candoblecista fazem de tudo para serem aceitos pelos cristãos, por isso são escurraçados,”

  Você está criticando religiões afros?😉

Gael: Não as religiões, os indivíduos.

William: As religiões não existem sem indivíduos.

 

 

Andreia: “Todo mundo sabe, mas finge que não, que  macumba é uma seita espírita tecnicamente falando, pois tem contato com espíritos,”


William: Humm ... “tecnicamente” a Umbanda é uma religião brasileira.

  Surgiu em 1908.

  Zélio Fernandino de Moraes, aos 17 anos, incorporou o espírito Caboclo das Sete Encruzilhadas, que anunciou a criação de uma nova religião aberta a todos.


  O Kardecismos chegou ao Brasil em 1867, logo, de fato deve ter influenciado a Umbanda.
  A diferença básica "pra mim" é que a Umbanda tem mais elementos regionais do Brasil, referências indígenas (os ditos povos originários) e africanas (devido o grande numero de escravizados). 
  O Kardecismo tem uma pegada mais do racionalismo europeu.

  Fora isso ...

  Todas as religiões tem crença em espíritos, nem que seja o Espirito Santo, no caso do Cristianismo.


  No Islamismo existe a crença em seres espirituais (anjos e djinns), mas não há contato permitido com espíritos de mortos. 

  Toda comunicação espiritual legítima é entendida como vinda de Allah através de seus anjos, e qualquer tentativa de invocar ou dialogar com espíritos é rejeitada.


  As reencarnacionistas  geralmente interagem com espíritos e os nomeiam como entidades que podem ser superiores (evoluídos) ou inferiores em diferente graus.

  

  Fenômenos espirituais (ou psicóticos, como queira) são relatados no mundo inteiro, Kardec analisou os que ocorriam na Europa e chegou a suas conclusões.

  

  Não sei como é no resto do mundo, mas aqui no Brasil se você fala que é Kardecista as pessoas já sabem que é um trabalho de caridade, orações e passes de limpeza e energização, também associam com curas espirituais (os Dr. Fritz da vida 😉), cartas psicografadas, romances pós morte... enfim uma serie de coisas.

  NÃO associam a trabalhos na encruzilhada, simpatias para casar, rituais de sangue, trabalhos de vingança ou morte

 

  

Nota: O Candomblé é uma religião afro-brasileira que nasceu no Brasil a partir do encontro forçado de diferentes povos africanos trazidos como escravizados. 

  Não é uma religião africana “pura”, mas sim uma recriação no Brasil das tradições religiosas de várias etnias africanas, especialmente os iorubás (nagôs), além de povos bantos (de Angola e Congo) e jeje (do Daomé, atual Benin).

  Notem que a diferença para Umbanda são basicamente as referências mais ligadas aos povos africanos.



 

Magali: Achei que Umbanda fosse africana?

 

William: Muitos acreditam que o Islamismo e Cristianismo são adversários da “Religião Africana”.

  Na verdade essa religião africana nunca existiu, são MILHARES de povos no decorrer dos séculos, cada um com crenças bem particulares.

 

  




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  Tecnicamente” a UMBANDA é uma religião brasileira.
  Surgiu em 1908.
  Zélio Fernandino de Moraes, aos 17 anos, incorporou o espírito Caboclo das Sete Encruzilhadas, que anunciou a criação de uma nova religião aberta a todos.
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