terça-feira, 18 de novembro de 2025

Forças Armadas e a Esquerda

 



Comentarista: Você está colocando o mundo das ideias como se determinasse o mundo real. 
  Quando falamos que a direita, no Brasil, é militarista, é pelo histórico de 10 anos de tentativa de golpes de 1954-64 e o golpe empresarial-militar de 1964. 
  Ou seja, o bloco político da direita brasileira, de forma histórica e hegemônica, é ligada ao militarismo.
  Colocar ideias a frente do processo concreto é ignorar a realidade pelo que você gostaria que ela falasse
  

William: Os bolcheviques chegaram ao poder democraticamente com eleições livres ou usaram armas!?
  Até onde sei foi uma insurreição armada com o exército russo aderindo a ela.

  Partido Comunista Chinês (PCC) chegou ao poder principalmente através da força militar, após uma longa guerra civil.



   Em Cuba estima-se que o Exército Rebelde de Fidel contava com entre 3.000 e 5.000 combatentes organizados em várias frentes guerrilheiras.
  Oficialmente o exército de Batista tinha muito mais soldados, mas eles não estavam dispostos a a lutar, na pratica bandearam para o lado de Fidel.

  Enfim.

   Ninguém toma ou permanece no poder sem apoio das forças armadas.
   Veja o caso da Venezuela, evidente que o Maduro sozinho não se mantem no poder.
   Talvez ele saia por ação de um exército estrangeiro.
   No Brasil o exército derrubou João Goulart, mas não sei de nenhum líder da direita ser colocado em seu lugar.


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  Resumo


   Os bolcheviques não chegaram ao poder por eleições livres, mas sim por uma insurreição armada, com parte do exército russo aderindo ao movimento.

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  O Partido Comunista Chinês também conquistou o poder pela força militar, após uma longa guerra civil contra os nacionalistas.

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  Em Cuba, o Exército Rebelde de Fidel Castro cresceu até reunir cerca de 3 a 5 mil combatentes, enquanto o exército de Batista, muito maior, não tinha disposição para lutar e acabou se desintegrando, com soldados passando para o lado revolucionário.

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  Esses exemplos mostram que ninguém toma ou mantém o poder sem apoio das forças armadas.

  O caso da Venezuela é ilustrativo, Maduro só se sustenta porque conta com respaldo militar, e sua queda só ocorreria diante da ação de um exército estrangeiro.

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   No Brasil, o exército derrubou João Goulart em 1964, mas não houve um líder da direita colocado  no poder.

   A conclusão é clara, a permanência ou ascensão de qualquer governo depende, em última instância, da posição das forças armadas.


  


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