Eu aprovo a medida do governo de taxar as compras na Shein, Shopee, AliExpress e empresas semelhantes.
Os mais de dois anos de pandemia obrigaram o Estado a ter gastos consideráveis com auxílios diversos.
Somemos a isso as diversas quarentenas e restrições do horário de funcionamento afetando o caixa das mais diversas empresas.
No caos que se instalou no mundo apenas a China continuou com crescimento econômico embora tenha diminuído o ritmo.
Justamente porque por um vacilo do Ocidente deixamos a China concentrar em demasia a produção industrial mundial.
Esperava-se que com o passar do tempo os chineses seguissem os passos do Japão, uma economia forte, democrática, que não causasse medo militar a ninguém.
A economia da China ficou fortíssima, a democracia não vemos nem sinais, o medo impera.
Chineses constroem muitos navios de guerra sugerindo que pretendem invadir Taiwan, algo que o mundo não pode ficar só assistindo.
Essa aparente disposição da China para guerra e sua visível aliança com a Rússia leva a humanidade a mais uma corrida armamentista.
Até o Japão, que se tornou uma nação pacífica, está tendo que repensar essa posição.
Mas vamos entender a medida do governo …
O Brasil tem uma política fiscal onde não se cobra imposto de importação de compras de até 50 dólares de pessoa física para pessoa física.
Quer dizer se o Ching vender para o João são dois indivíduos fazendo negócios.
Se o João compra da Foxconn, é uma empresa vendendo para um indivíduo, negociação de pessoa física com pessoa jurídica, aí cabe imposto.
Os chineses “burlam” nossas leis de duas maneiras.
1 - Fazem uma documentação de exportação como se quem estivesse enviando fosse um indivíduo, não uma empresa.
2 - Compras que passam de 50 dólares são divididas em pacotes menores para não exceder esse valor.
(Estou explicando toscamente para a maioria ter pelo menos uma noção do que acontece.)
Como o volume de mercadorias é muito grande a fiscalização é feita por amostragem.
Os fiscais não trabalham de graça e precisam de grande estrutura, tudo isso custa dinheiro.
Mais que isso, a demora em liberar mercadorias afeta toda nossa cadeia produtiva.
Enfim.
Não cobrar impostos desse tipo de transação favorece mais a China.
E o consumidor brasileiro?
Nesse tipo de site em geral não tem nada de essencial.
São produtos produzidos pela nossa indústria, vendidos no nosso comércio.
Estou falando da geração e manutenção de empregos em nosso próprio comércio eletrônico como Magazine Luíza e Mercado Livre.
Tem também as pequenas empresas brasileiras que usam essas plataformas para comercializar seus produtos.
Até aquela costureira de bairro e vendedores artesanais são afetados por essa entrada facilitada de produtos chineses.
Não esqueçamos dos "sacoleiros" que também é uma ilegalidade, mas gera "bicos" no Brasil.
Sou "contra camelôs", mas sou mais contra ainda dar dinheiro fácil para China.
Como capitalista a princípio eu não deveria defender essa medida, mas é uma situação específica.
Depois de todo o impacto da pandemia dar "isenção de impostos" a produtos não essenciais da China… não consigo defender esse argumento.
Daqui uns 3 ou 4 anos podemos até repensar essa medida, mas neste momento considero um bom lugar para arrecadar mais impostos sem afetar negativamente nossa economia.
Essa lógica entra em sua mente?
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