Não sei dizer especificamente pelo que vivo.
Mas de certo não é para “servir”.
Não fujo das minhas responsabilidades, porém não sinto necessidade de ficar “servindo” ninguém.
Exemplo ilustrativo.
No trabalho não me ofereço para pegar água pra ninguém.
Se a pessoa pede e não tem uma boa justificativa para o pedido sou bem direto.
“Não gosto de fazer isso”.
Na primeira vez fica aquele clima desagradável, mas o pedido não se repete e eu fico livre de mais essa “gentileza social”.
Claro, se eu noto alguma dificuldade da pessoa por motivo de saúde ou mesmo por estar muito ocupada eu até me ofereço.
Fora isso, quer beber água, vai buscar.
É o que faço quando sinto sede, mesmo em casa sempre tenho uma garrafinha por perto.
Eu não sirvo para viver?
Pode ser.
Mas já que estou aqui e a morte é certa vou ficando enquanto for suportável.
Nada contra quem sente “necessidade de servir”.
Eu não sinto e não vou fingir que busco isso.
Tô de boa evitando gentilezas que considero desnecessárias.
Se me oferecem água ou qualquer outro “favor” que não pedi ou que posso fazer por mim mesmo digo:
-Não, obrigado.
Mas “para quem já me conhece” prefiro que nem ofereça, já sabe que a resposta é não, é ilógico o desperdício de gentileza, ofereça para pessoas que gostam de ser servidas.
Não vivo para servir nem para ser servido.
Pelo que eu vivo?
A vida é muito complexa.
Vivemos porque a alternativa é a morte.
A resposta “bonita” seria “vivo pela minha família”?
A que eu nasci ou a que formei?
A família que nasci não escolhi, caímos naquela lógica do "não pedimos para nascer".
A vida é um presente imposto por alguma entidade cósmica!?
E a família que eu formei?
A primeira situação condiciona essa segunda.
Explico.
Se eu não existisse de certo minha esposa casaria com outra pessoa e teria sua família.
Sou dispensável, o “Universo” nunca precisou da existência de um “William Robson”... sou uma "gentileza" desnecessária.
Essa lógica entra em sua mente?
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