sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Dinheiro do Governo


  

 

  

   “A caridade é um exercício espiritual.

   Quem pratica o bem, coloca em movimento as forças da alma.”

 

 (Chico Xavier)

 

 

 

  Esse tipo de ideologia tão subjetiva presta um desserviço a sociedade, observem um caso:

 

  

Telemarketing - “Ajudamos hoje mais de 180 famílias, o senhor quer participar”.

 

William -  Humm...eu já contribuo com outra entidade.

 

Telemarketing - “Qual?”

 

William - O Bolsa Família.

 

Telemarketing -“hehehehehehehe! Mas esse auxílio é do Governo…”

 

William - E de quem o Governo pega o dinheiro!?




 



  Fim de ano o telefone não para de tocar, todo mundo quer meu décimo e terceiro.
  Não aguento mais atender Lar dos Velhinhos, Casa da Criança, LBV...instituições assistenciais de todo tipo.
  O diálogo acima aconteceu em Dezembro.

  É incrível como as pessoas acreditam que o dinheiro gasto pelo Estado surge do nada!

  Não entendo porque essas 180 famílias que a LBV atende não recebem o Bolsa Família.
  Seria mais lógico que a LBV lutasse para que elas recebessem.
  Se essas famílias estão tão carentes de certo recebem ajuda “do Governo”, porém, um benefício a mais que mal faz ...

  Não sou contra o Bolsa Família desde que a família realmente necessite. 

  O desagradável é que um casal transa irresponsavelmente, coloca crianças no mundo as quais não consegue nem dar o que comer.
  Com o dinheiro dos impostos, nós cidadãos mais responsáveis tentamos não deixar essas crianças passarem fome.
  Devo me sentir culpado e fazer mais doações!?

  Nasci numa família desestruturada, tive que lutar muito pelo pouco que tenho, se casais querem só revirar o zóinho sem se preocuparem com as consequências que culpa cabe a mim!?

  Minhas filhas nasceram em família bem estruturada, pai e mãe responsáveis, que culpa cabe a elas!
  Que dívida elas têm com os pais irresponsáveis e seus filhos!?
  Minhas filhas nasceram com culpa e os pais irresponsáveis são isentos de culpa!?
  As crianças carentes são vítimas da “sociedade” ou fruto da irresponsabilidade de seus pais?

  Meu décimo e terceiro ano esse ano vai para consumo próprio e alguma poupança, prefiro gerar empregos gastando comigo e com minha família.
  Caridade, tô fora!

  Bancos não me procurem com suas “bondosas” ofertas de crédito.
  Não sou idiota de pagar juros, não compro dinheiro; compro bens e serviços.

  ONGs e Instituições de Caridade peçam dinheiro para o Estado, ele me roubou honestamente (dentro da lei) então o dinheiro “é dele” ... perguntem para a moça do telemarketing.

  Quem quiser meu décimo terceiro vai ter que trabalhar!




  Nota: Para mim, dinheiro sempre foi muito difícil de conseguir.
  Para vocês terem uma ideia (mesmo na minha melhor fase) nunca tive que complementar o pagamento do Imposto de Renda.
  Na maior parte da minha vida profissional fui isento ou recebi restituição por imposto “descontado a mais.”
  É, eu sou um “perdedor”.

  Meu histórico não aconselha ficar “emprestando dinheiro a Deus”.
  Melhor deixar alguma reserva financeira para a velhice.

  Mas se você leitor é um “abençoado”, o dinheiro está sobrando,  ajude os mais necessitados.

  Evidente que caridade não se resume a dinheiro.
  Se você tem vontade e condição de participar de algum trabalho voluntário faça isso.
  Eu estou cansado, muito cansado para participar de alguma coisa.

  O que posso dizer a você sobre esse texto ...

  NÃO me siga, estou perdido ...



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