“A caridade é um exercício espiritual.
Quem pratica o bem, coloca em movimento as forças da alma.”
(Chico Xavier)
Esse tipo de ideologia tão subjetiva presta um desserviço a sociedade, observem um caso:
Telemarketing - “Ajudamos hoje mais de 180 famílias, o senhor quer participar”.
William - Humm...eu já contribuo com outra entidade.
Telemarketing - “Qual?”
William - O Bolsa Família.
Telemarketing -“hehehehehehehe! Mas esse auxílio é do Governo…”
William - E de quem o Governo pega o dinheiro!?
Fim de ano o telefone não para de tocar, todo mundo quer meu décimo e terceiro.
Não aguento mais atender Lar dos Velhinhos, Casa da Criança, LBV...instituições assistenciais de todo tipo.
O diálogo acima aconteceu em Dezembro.
É incrível como as pessoas acreditam que o dinheiro gasto pelo Estado surge do nada!
Não entendo porque essas 180 famílias que a LBV atende não recebem o Bolsa Família.
Seria mais lógico que a LBV lutasse para que elas recebessem.
Se essas famílias estão tão carentes de certo recebem ajuda “do Governo”, porém, um benefício a mais que mal faz ...
Não sou contra o Bolsa Família desde que a família realmente necessite.
O desagradável é que um casal transa irresponsavelmente, coloca crianças no mundo as quais não consegue nem dar o que comer.
Com o dinheiro dos impostos, nós cidadãos mais responsáveis tentamos não deixar essas crianças passarem fome.
Devo me sentir culpado e fazer mais doações!?
Nasci numa família desestruturada, tive que lutar muito pelo pouco que tenho, se casais querem só revirar o zóinho sem se preocuparem com as consequências que culpa cabe a mim!?
Minhas filhas nasceram em família bem estruturada, pai e mãe responsáveis, que culpa cabe a elas!
Que dívida elas têm com os pais irresponsáveis e seus filhos!?
Minhas filhas nasceram com culpa e os pais irresponsáveis são isentos de culpa!?
As crianças carentes são vítimas da “sociedade” ou fruto da irresponsabilidade de seus pais?
Meu décimo e terceiro ano esse ano vai para consumo próprio e alguma poupança, prefiro gerar empregos gastando comigo e com minha família.
Caridade, tô fora!
Bancos não me procurem com suas “bondosas” ofertas de crédito.
Não sou idiota de pagar juros, não compro dinheiro; compro bens e serviços.
ONGs e Instituições de Caridade peçam dinheiro para o Estado, ele me roubou honestamente (dentro da lei) então o dinheiro “é dele” ... perguntem para a moça do telemarketing.
Quem quiser meu décimo terceiro vai ter que trabalhar!
Nota: Para mim, dinheiro sempre foi muito difícil de conseguir.
Para vocês terem uma ideia (mesmo na minha melhor fase) nunca tive que complementar o pagamento do Imposto de Renda.
Na maior parte da minha vida profissional fui isento ou recebi restituição por imposto “descontado a mais.”
É, eu sou um “perdedor”.
Meu histórico não aconselha ficar “emprestando dinheiro a Deus”.
Melhor deixar alguma reserva financeira para a velhice.
Mas se você leitor é um “abençoado”, o dinheiro está sobrando, ajude os mais necessitados.
Evidente que caridade não se resume a dinheiro.
Se você tem vontade e condição de participar de algum trabalho voluntário faça isso.
Eu estou cansado, muito cansado para participar de alguma coisa.
O que posso dizer a você sobre esse texto ...
NÃO me siga, estou perdido ...
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