“O
espirito insinua que o protagonista estragou a vida daquela pobre adolescente
que tinha tanto amor pra dar.”
Outro “pecado” do
protagonista foi trancar seu irmão mais novo em um mausoléu escuro, o garoto
nunca mais superou o medo do escuro.
Mais uma vez os
espíritos poderiam intervir no momento em que o mal estava sendo praticado.
Alguém poderia
ter visto, o protagonista poderia ter sido “sensibilizado”, o caçula poderia
ter sido mais esperto e não tentar demonstrar uma coragem que não tinha…mas
pulemos estes “detalhes”.
Eu tinha muito
nojo de fraldas, por circunstancias da vida acabei tendo que trocar muitas em
minhas filhas, tive que aprender a conviver com isso por muito tempo.
A caçula (Ellen) parecia
fazer de propósito, era eu começar a jantar e ela vinha toda “perfumada”
solicitando a troca, minha esposa trabalhava a noite e toda aquela “belezura”
sobrava para mim.
Lembro um dia que
sentei na mesa para jantar depois de um duro dia de trabalho e lá vinha no
corredor aquele toquinho de gente andando meio torto.
Em um ato de
desespero, a música do filme Tubarão começou a
tocar na minha cabeça, corri com o prato para o quarto e me tranquei lá, só saí
depois que acabei de jantar…
Quero dizer que
eu poderia ficar o resto da vida com “trauma” de fralda, minha filha poderia
ficar o resto da vida com trauma da fuga do pai, mas a vida continua ... temos
RESPONSABILIDADE em superar nossos traumas.
Depois que
sofremos um acidente grave de trânsito é difícil pegar o volante novamente.
Aconteceu comigo
quando sofri um acidente de moto.
Usei a moto por
mais algum tempo já pensando em me desfazer.
Vendi e fiquei
anos sem usar moto.
Em certa fase da
minha vida ir trabalhar de carro ficou insustentável.
Usei por um tempo
ônibus, mas ficou insuportável.
Tive que superar meu trauma
e voltar a andar de moto.
O irmão caçula do
protagonista “poderia” a partir daquele acontecimento conviver melhor com a
falta de luz, poderia esquecer o ocorrido e seguir em frente, mas passou a vida
com medo de algum dia ser trancado novamente em um mausoléu!?
Quantas vezes isso
acontece na vida de alguém!?
“Não escolhemos o que SENTIR, podemos escolher como AGIR diante de
um sentimento.”
Não dá para
evitar sentir medo, porém se fazendo necessário, temos que seguir apesar dele.
Eu dirijo moto com
muito cuidado ... nesse momento da minha vida não posso dizer que sinto medo, superei
aquele trauma do acidente.
Temos responsabilidade sobre
os traumas que alimentamos.
To be continued...
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