sábado, 18 de julho de 2020

Joe Black


  A primeira coisa que olho em um filme é a sinopse.
  Se não têm nada que me provoque curiosidade deixo de lado.
  Dou uma olhada quando estiver com bastante tempo disponível.
  O roteiro tem de 15 a 30 minutos para me cativar, se não acontece, prefiro não desperdiçar meu tempo.

  Pela sinopse deixei de assistir bons filmes, ainda bem que são repetidos a exaustão.
 
  Aconteceu isso com “Encontro Marcado”.
  Filme de 1998, muito comentado que não tinha me interessado em assistir.
  A morte vindo buscar um rico empresário ... pensei naquele roteiro batido do velho Scrooge e o espírito que o visitou.
  Brad Pit fazendo par romântico com uma bela atriz.
  História do Scrooge com romance?
  Romance não é um gênero que me atrai.
  Fui deixando de lado.

  Sem opção interessante na grade, gravei para dar uma olhadinha.
  Que filme!
  Daqueles que vão ficar na minha memória.
  Três horas e não acelerei a gravação em nenhum momento.
  Coisa raríssima.

  A primeira cena que me chamou a atenção foi um atropelamento
  Beirou a perfeição.
  Demais, eu me senti atropelado.
  Até a atuação dos figurantes foi sublime.
  (Em se tratando de cinema sou detalhista.)

  O roteiro vai seguindo gostoso com bons diálogos e atuações.

  Outra cena que me marcou foi uma idosa pedindo que a morte a levasse.
  Diálogo edificante, atuação primorosa.
  Quando Joe Black (a morte) cumpre sua função a atriz se inunda de vida e depois aos poucos sua expressão vai ficando cadavérica.
  Atuação magnífica!
  O que deixa a cena mais encantadora é que a velha senhora negra tem o linguajar muito caipira.
  Joe Black conversa com ela no mesmo estilo.
  Meio como se incorporasse um "preto véio” ... na dublagem em português.

  Meu colega Felipe disse que o diretor foi processado por racismo por estereotipar "negativamente" os negros!
  Pode uma coisa dessa!?
  Malditos!
  Gente que não tem o que fazer. 
  Ali só vi uma cena maravilhosa de uma maravilhosa artista negra.

  O filme foge daquela mesmice do empresário muito rico, esnobe, avarento, um humano a ser odiado.
  A morte lhe concedeu um tempo a mais por pura admiração.
  O estereótipo que todo endinheirado são seres asquerosos não deve ser levado tão a sério.
   (Gente mal caráter ou desagradável não escolhe classe social.)
  Já conheci muita gente com dinheiro e são pessoas legais.
  Queremos o que?
  Que dividam tudo que tem com os pobres e fiquem pobres também!?
  
  A atriz principal merece destaque.
  Personagem encantadora.
  Moça correta, elegante, reservada na medida certa.
  As cenas românticas são longas, mas olhar para ela é uma delicia.
  Claro que as moças preferem olhar para o Brad Pit.

  Bom filme.


Encontro Marcado

Sinopse:

  O filme conta a história de William "Bill" Parrish (Anthony Hopkins), um empresário norte-americano que, dias antes de completar 65 anos de idade, recebe a visita de um estranho e misterioso homem, Joe Black (Brad Pitt), que se apresenta como sendo a Morte personificada.
   Em troca de mais algum tempo de vida, Bill aceita ser o guia de Joe na Terra, para este ficar a saber como é a vida dos mortais.
   No entanto, Bill e Joe deparam-se com algo que nenhum esperava: Joe apaixona-se por Susan (Claire Forlani), a filha mais nova de Bill.

Direção: Martin Brest

Elenco:
Brad Pitt - Joe Black/rapaz na cafeteria
Anthony Hopkins - Bill Parrish

Claire Forlani - Dr. Susan Parrish

Jake Weber - Drew
Marcia Gay Harden - Allison Parrish
Jeffrey Tambor - Quince, marido de Allison

Lois Kelly-Miller - mulher jamaicana

David S. Howard - Eddie Sloane
Marylouise Burke - Lillian
June Squibb- Helen
Stephen Adly Guirgis - recepcionista do hospital







       

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