sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Despacho

  Luiz começou a comprar o apartamento no Guarujá de maneira convencional, inclusive declarando as parcelas pagas na sua declaração de imposto de renda.
  A cooperativa Bancoop ligada ao sindicato dos bancários desviou dinheiro para campanhas do PT , isso inviabilizou a continuidade das obras.


                                               

 

    “Bancoop é uma Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo, fundada em 1996, tendo na sua criação o ministro das Relações Institucionais do governo Dilma Rousseff, Ricardo Berzoini, como diretor técnico, e João Vaccari Neto como diretor do conselho fiscal.

   O primeiro empreendimento lançado pela Bancoop foi o Torres de Pirituba, ainda em 1996.

  Foi presidida por Luiz Eduardo Malheiro, morto em acidente de carro em novembro de 2004.

  Acusada de irregularidades e em crise financeira, a Bancoop deixou três mil famílias sem receber os apartamentos.

  Foi presidida posteriormente por João Vaccari Neto até 2010.

  A cooperativa ganhou notoriedade ao ser citada na Operação Lava Jato pelo entrega do suposto tríplex do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no edifício Solaris, já citado como de propriedade do ex-presidente pela Globo desde 2010, antes da operação, mas negado pelo ex-presidente, em janeiro de 2016.”

 [Wikipédia]


 

  “O Ministério Público quebra sigilo da Bancoop e descobre que dirigentes da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo lesaram milhares de associados, para montar um esquema de desvio de dinheiro que abasteceu a campanha de Lula em 2002 e encheu os bolsos de dirigentes do PT.

  Eles sacaram ao menos 31 milhões de reais na boca do caixa.”

  [Conjur]


 

  Luiz já no segundo mandato "pediu" para a OAS assumir a obra.
  A construtora não só assumiu, mas separou um apartamento melhor para o Luiz.
  Quanto ele pagou por isso?
  Até onde se sabe, nada.
  Isso foi em 2009, "durante" seu mandato.
  Porque estou escrevendo isso?
  Tem postagens em tom de gozação dizendo que nunca viu uma propina ser paga depois de 4 anos.
  Caraca, não sei de nenhuma construtora brasileira capaz de entregar um condomínio daquele porte em um ano.
  As obras estavam paradas, nesse caso por vezes é mais difícil que começa a construção do zero.
  É preciso novos estudos, novas licenças, mudanças no projeto.
  Depois tem a obra em si.

  Na prática o "benefício" a Luiz começou em 2009.

  Tem que ser pouco inteligente para acreditar que a OAS fez tudo só por compaixão aos condôminos.
  E contra a vontade do Luiz deixou um apartamento reservado pra ele, nem colocou a venda.
  Luiz ainda achou que só o imóvel era pouco.
  Daí, um elevador privativo e móveis caros para cozinha vieram de brinde.





  O despacho de Moro é bem claro:

  "Não há prova de que os recursos obtidos pela OAS com o contrato com Petrobras foram especificamente utilizados para o pagamento ao Presidente.
   Mas isso não altera o fato provado naqueles autos de que a vantagem indevida foi resultado de acordo de corrupção em contratos da Petrobras."
  
   Ou seja, o triplex fazia parte do "rolo".
  
  Ao desistir da aquisição a posse legal não foi concretizada depois do imóvel pronto.
  Mas ficou comprovado que a unidade pertencia a ele.

  Dá para fazer uma pendenga jurídica encima dessa decisão?
  Claro que dá.

  Há quem diga que o pessoal da Lava Jato deveria ficar na moita até Luiz ter a posse do apartamento.
  Acontece que esse não e o tipo de coisa fácil de esconder dos jornalistas ou do próprio Luiz que tem seus contatos no poder judiciário.
  Quando se combate gente tão poderosa tem uma hora que é agora ou nunca.

   Agora é com você eleitor.
   Vai jogar todo trabalho de investigação da Lava Jato no lixo?

  


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