O autor do vídeo (Frederico Krepe) faz uma ilação estranha para insinuar que a gestão de Haddad é mais “capitalista” que a gestão do Paulo Guedes.
Cita como exemplo os diversos auxílios.
É “engraçado” esse negacionismo recorrente de muitos sobre a necessidade do governo providenciar alguma renda para as pessoas afetadas pelas diversas quarentenas.
Logo, essa parte eu vou até pular, a necessidade do socorro foi tão óbvia que dispensa maiores comentários.
Vamos para uma parte mais provocativa, onde o outro argumento do Frederico é o valor do auxilio.
O aumento substancial no auxílio girou em torno de 600 reais.
Com tanta emissão de moeda e diminuição da produção por conta das paralisações, a disparada da inflação era inevitável.
O jeito foi aumentar o valor do auxílio.
Mas porque 600 reais?
450 ou 500 seriam satisfatório e economizaria uma boa grana.
Lembremos de um fato importante:
O Inácio sempre esteve à frente nas pesquisas de intenções de votos.
Ele falava abertamente que iria promover aumento generalizado dos gastos públicos.
O valor de 600 reais era defendido pela galera dele desde o início da Pandemia.
As intenções de voto deixavam claro que o eleitor queria a festa da gastança.
Guedes ficou acuado.
Eu achei a estratégia política genial.
Aumentou o auxílio para 600 reais, isso daria alguma chance de vitória.
Mas se as projeções eleitorais se confirmassem e a derrota eleitoral acontecesse, o Inácio não teria muito espaço de manobra populista.
Imaginem se fosse o Inácio que tivesse colocado o valor de 600 reais!
Sua popularidade com os dependentes do Bolsa Família estaria bem maior.
A estratégia política foi genial, por coincidência foi a que eu tinha sugerido…😏
Pelo que senti nos noticiários, Guedes não queria um reajuste tão grande, mas entendeu bem a situação.
Sem o reajuste a derrota seria certa.
E o que aconteceria?
Ele entregaria o país em uma situação melhor ainda para o PT.
Já vimos esse filme antes lá em 2002.
Quem fez as melhores reformas na economia foi Fernando Henrique, mas quem colheu os louros foi o Inácio.
E se Bolsonaro ganhasse?
Paulo Guedes teria mais quatro anos para fazer os ajustes necessários.
Lembremos que as estatais passaram a dar lucro e uma eficiente reforma administrativa e fiscal estaria em curso.
Paulo Guedes além de ser mais competente que Haddad tinha maior liberdade em relação a Bolsonaro.
Bolsonaro dizia não entender muito de economia e confiar em Paulo Guedes.
O Inácio se intromete muito mais, se acha um gênio em todas as áreas, o que Haddad acha nem importa muito, será feito o que o Inácio quiser.
Acontece que tudo tem consequências.
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