quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

GD Terra

👩 “Extra, extra, William, eu achei o professor Andros, de verdade”.
[Nihil]


  



  Andros é o codinome de um participante do GD Terra onde conheci Nihil e Frank entre tantos outros debatedores.
  Filosoficamente falando ele era muito fraco, nunca entendi muito bem a admiração da Nihil por ele sem colocar na equação um grande grau de masoquismo.
  Na maior parte do tempo Andros se comportava como um moleque pichador, xingando a tudo e a todos.
  Um daqueles ateus de baixíssimo nível pregando o fim das religiões.
  De vez em quando trazia alguns textos filosóficos clássicos sem comentários apenas o “copia e cola”.
  Pensadores ateus eram seus preferidos.
  Depois de tanto tempo, claro que me afeiçoei ao Andros, sua companhia se tornou parte de minha rotina.

  No entanto nunca achei lógico ter algum tipo de idolatria ao passado, lentamente tudo que ocorreu no GD Terra foi ficando muito para trás, se transformando em um sonho.

Idolatria ao Passado

 Vamos meditar um pouco sobre isso.

 Certa vez li uma frase que ficou na minha mente:

 “Não falte ao emprego as pessoas podem perceber que você não faz tanta falta assim.”

  Nessa fase eu lia muitos livros de autoajuda, nesse tipo de livro é sugerido que podemos tudo, somos tudo ... “querer é poder”.

  A frase colocada no fundo de um pequeno bazar jogou uma humildade até irritante na minha mente.
  O patrão deve ter colocado a frase ali com o objetivo de tornar seus funcionários mais disciplinados quanto a frequência ao trabalho.
  Só sei que a frase me atingiu violentamente como um tiro na testa, dezenas de frases de autoajuda não aliviaram meu desconforto mental.
  Mais tarde minha mente entrou em vórtice quando ouvi uma música cantada por Marina:

 “As coisas não precisam de você, quem disse que eu tinha que precisar”.  


  A vida não precisa de William, Nihil ou Andros.

   Olhar de frente para nossa insignificância desperta os sentimentos mais variados de acordo com a fase em que nos encontramos.

  Talvez por isso o PODER fascine tantos homens, todos queremos fazer a diferença, ser alguma coisa, se destacar diante de outros humanos.

  A morte reduz mesmo um Bill Gates a insignificância, a um pó facilmente confundível com tantos outros pós.
 Entretanto esses “grandes homens” nem devem pensar no próprio fim, não posso recrimina-los por isto.
  Esses homens que conseguiram se destacar diante de outros humanos só pensam na morte quando são acometidos por grave doença ou a decrepitude da velhice chega.

  Nós insignificantes pensamos tanto no fim, porque ainda não tivemos nem um “começo”.

 Como somos tão pouco nesta vida sonhamos com outra que possamos ser alguma coisa, uma incrível vida pós morte onde seremos salvos da mediocridade, “sentaremos a direita de Deus Pai Todo Poderoso.”





   “Não falte ao emprego as pessoas podem perceber que você não faz tanta falta assim.”

  Essa frase me fez lembrar um momento de muito “choro contido”, estava lendo na Biblioteca Municipal de Campinas, o pensamento era mais ou menos assim:

  “Todos os dias quando acordo sei que não sou nada, ontem não fui nada e amanhã não serei nada, mesmo assim trago em minha alma os maiores e melhores sonhos do Universo e a esperança de que pelo menos alguns poucos se tornem realidade.”

  Todos os dias diante do nada precisamos acreditar que ainda seremos alguma coisa, é dessa matéria prima que a esperança se alimenta e faz com que alguns desejos até se tornem realidade.

  Muitos dos meus desejos se tornaram realidade, tenho uma bonita família, boa casa, alimentação farta; móveis, eletrodomésticos, veículos ... que me proporcionam um bom nível de conforto.

  Em certos momentos a ilusão de “importância” me rodeia, mas a realidade é implacável.
  Tudo está por um fio, a qualquer momento pode acontecer uma grave doença, a velhice vai se instalando inevitavelmente, a morte está sempre ali me lembrando toda minha insignificância ... a vida não precisa de mim...

  Meus sinceros desejos de BOA SORTE a todos!
 
  Em vida e quem sabe após a morte…





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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Escrever para Pobre

   “Eu não sei escrever pra gente pobre. Eu detesto”.
 [Vera Fischer]

    Para ela, a vida dos ricos é mais interessante.
  “Cada livro tem pelo menos uma viagem ao exterior.”
  [Folha]








   Nós pobres passamos tanto tempo tentando conseguir dinheiro que resta pouco tempo para outras coisas que não seja trabalho.
  Eu mesmo só consigo escrever porque desisti de trabalhar mais em troca de dinheiro.
  Com tantas contas e impostos para pagar em Janeiro se não pisarmos no freio em Dezembro é difícil iniciar um feliz ano novo.
  Imagino que a vida dos ricos seja mais interessante, mas não menos difícil que a nossa, o vazio interior que nos acompanha não faz distinção de classe social, a própria Vera já esteve em situações bem complicadas.

  Deve ser muito bom comprar aquele carro que vimos na televisão, ir a um restaurante preferido sem se importar com a conta, dar a alguém o presente que queremos dar e não o que podemos dar.


  A parte mais legal de ter alguma grana deve ser poder trabalhar no que gosta e por um tempo se dar ao luxo de nem trabalhar até encontrar alguma atividade para qual temos talento.

  “Hoje em dia” nada me deprime mais que ter que ir trabalhar, faltando umas duas horas para o inicio do turno já me dá uma angustia.
  [esse texto foi escrito em 2010, na Empresa atual as condições de trabalho são muito melhores]

  Não, nada a ver com a empresa ou o ambiente, tem a ver comigo mesmo, não é nada interessante fazer algo só pelo dinheiro. E olhe que eu sou um espirito capitalista.

  Fico imaginando a Vera em seu apartamento luxuoso escrevendo calmamente seus romances…que inveja!
  Sigo firme e forte para o trabalho, o faço com extrema competência e profissionalismo, afinal ficar desempregado seria muito mais deprimente.
  A vida de gente pobre é mais chata justamente porque só podemos escolher entre o pior e o menos pior, ah! como seria bom poder escolher do bom e do melhor isto sem duvida seria muito interessante…

  Boa sorte Vera! [Como se ela precisasse]

  Então boa sorte para mim, que 2011 seja menos pior que 2010.
[E foi, no atual emprego minha vida melhorou bastante, comecei em 14 de fevereiro de 2011]

  Eu detesto ser pobre!😅

  Quanto a escrever... eu escrevo para qualquer um que tenha algum vazio existencial. Não! Não tenho pretensão nem condição de preenche-lo só observo que o vazio é uma das poucas coisas comuns a todos nós.

  É quando Vera, William e o favelado mais desgraçado se descobrem “irmãos”.

  Mesmo quando a vida não é interessante precisamos viver, encontrar algum motivo que nos tire da cama ao amanhecer.

“É preciso viver e viver não é brincadeira não.”

  Bom dia a todos, para quem não pode ter grandes prazeres que se permita ao menos os pequenos prazeres.


   É melhor ter alguns momentos alegres que não ter alegria em momento algum.



Quando o jeito é se virar
Cada um trata de si


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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Filhos e Pais



 “Através de processos lógicos quero tirar o excesso de sentimentos.”

  Vamos para uma situação de “contato com nossos sentimentos”.

  Colocar nossos filhos acima de tudo nos leva a querer protege-los de todo e qualquer mal ...

“Só você sabe o que é bom para seus filhos.”

  Eu tiro o excesso desse sentimento de proteção saindo por vezes do meu papel de pai e lembrando dos meus tempos de filho.
  Exemplo:
  Minha filha fica horas dançando e falando em frente o espelho, deve imaginar inúmeras situações.
  Procuro não invadir sua privacidade só intervenho quando ela está “destruindo a casa” ou estourando meus tímpanos...
  Eu também quando criança ficava imaginando situações diante do espelho, gostava de dançar tipo Michael Jackson.
  É fase, eu sobrevivi a isso ela também ficará bem.



  Sou bem diferente de meu pai, muito diferente de minha mãe, não espero que minha filha seja minha imagem e semelhança.

  Os pais esperam demais dos filhos, os filhos esperam demais dos pais.

  É o tipo de relacionamento em que os sentimentos transbordam, aceitamos ser dominados pelas emoções acreditando que é bom para ambas as partes.
  Nem admitimos diminuir esse excesso de sentimentos ou submete-los a um processo menos instintivo e mais lógico.
  Nas reuniões familiares, principalmente nos finais de ano, descobrimos que a teoria raramente corresponde à realidade.


  “Você culpa os seus pais por tudo, o que você vai ser quando você crescer?”


  Podemos nos desenvolver ou não em várias atividades e profissões, mas ser pai é quase uma sina, a grande maioria passará por isso.

  Quer ser um bom pai no futuro, que tal começar sendo um bom filho?

                                                   

 

 Não exija demais de seus pais, você também um dia será essa “criança crescida”, com a responsabilidade de uma vida em suas mãos.

  (William Robson)


 


  As crianças crescem, dividir responsabilidades deveria ser nosso principal objetivo.
  Por um tempo seremos responsáveis por nossos filhos, mas na maior parte do tempo eles serão responsáveis por eles mesmos.
  É nosso dever de pai preparar nossos filhos para viverem sem nós.

  Me achas frio, insensível?
  Não criei a vida, apenas a OBSERVO.



  
“É preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã.”

  Na minha vida (até hoje) o amanhã sempre chegou, então amemos sem excessos…




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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Satisfeita Doutora!

 


 “Não posso escolher o que sentir, mas se pudesse escolheria não sentir nada muito intensamente.”
  (William Robson)

  


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Charlie: “- Depois da psicanálise estou mais em contato com meus sentimentos, estou amando de verdade uma mulher.
  Isto é bom, não é?”

Berta: “- Se não se importa que sua vida fique nas mãos de uma vadia…”
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😏

 

  Dois Homens e Meio, foi uma boa série.
  Hoje em dia parece mais com o Pânico na TV.


  Não posso escolher o que sentir, mas se pudesse escolheria não sentir nada muito intensamente.
  De uma certa forma é o que tenho buscado há muito tempo e os resultados são satisfatórios.

  Charlie Happer foi reclamar com sua psicóloga, pois não ficou nada satisfeito com o resultado de estar mais “sensível”.
  Se meditarmos um pouco não podemos tirar sua razão.
  A sua “vida vazia” que tinha vários interesses passou a ter um só:

  Queria estar sempre perto de uma mulher com um sentimento o qual não tinha nenhum controle.

  A crise no tratamento de Charlie surgiu quando disse para Chelsi [a amada em questão] que a amava e ela disse: “Muito obrigada”.
  Como assim!
  Ele abriu seu coração e ela fica agradecida por ELE amar ela!

  Sua discussão com a psicóloga foi antológica:

“Você PODERIA ter me receitado uns remedinhos, mas não, me fez entrar em contato com a “droga” dos meus sentimentos e agora estou aqui em farrapos… SATISFEITA DOUTORA!”

 😆

  No filme é engraçado, mas na vida real dá o que pensar.

  Porque “ficar de quatro” (dependente sentimentalmente de outra pessoa) é algo a ser festejado!?

  Eu tenho meditado sobre uma filosofia que vai contra esta corrente dominante de intensificar os sentimentos.
  Através de processos lógicos quero justamente tirar o excesso de sentimentos.

  Se a ausência de sentimentos pode nos tirar a motivação de viver o excesso de sentimentos complica muito nossas relações sociais, é preciso buscar um certo equilíbrio para tornar o viver menos sofrido e mais eficiente.

















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domingo, 24 de fevereiro de 2013

Pensar com o Coração

👩 “Será que no fim das contas, os antigos egípcios não estavam malucos?
   Coração e cérebro tem mesmo a ver um pouco mais um com o outro, do que pareciam ter?”
[Nihil]

  


  O coração é apenas um músculo que bombeia sangue.

  A INTELIGÊNCIA vem do cérebro ou do “espirito”.

   Nessa meditação vamos nos enxergar apenas como maquinas biológicas, considerar que todo pensamento vem do órgão biológico cérebro.
  Estudei anatomia na escola e me interessei pelo funcionamento do corpo humano, li vários livros.
  Sei várias coisas, por exemplo:

Para prolongar a boa forma é melhor se privar um pouco de comida que se alimentar em excesso.
  Nosso corpo precisa de vários compostos, a variedade é mais importante que a quantidade.

Temos vasos sanguíneos em nosso corpo muito fininhos, exercícios físicos promovem uma boa circulação do sangue mesmo nos menores vasos melhorando a oxigenação em geral.

  Deduzo que uma pessoa INTELIGENTE com acesso a informações que decidir cuidar melhor do seu corpo fará isto com mais eficiência que uma pessoa descuidada ou com pouca DETERMINAÇÃO para fazer o que é certo.

  Para não falar só dos sedentários vamos lembrar também daqueles ratos de academia que sempre colocam sua forma física no limite, sabemos que o corpo como qualquer máquina não foi feito para operar sempre no limite.

  É como aquele motociclista inteligente que dirige com prudência sua moto e faz a manutenção adequada, viver é sempre um risco, mas sua “probabilidade” de sofrer algum acidente grave fica bem diminuída.
  Os antigos estavam certos sim, mas em outra proposta:


  “Se a cabeça não pensa o corpo/coração padece.”

  








sábado, 23 de fevereiro de 2013

Espíritos Justiceiros

   “Em uma cena da adolescência do protagonista uma garota lhe oferece amor, mas ele deixa bem claro que quer só sexo.
  A garota “cheia de amor” fica a sós em um quarto com um adolescente drogado que só está afim de sexo e ela espera o quê?”


  Quantos de nós já presenciamos situações parecidas na vida, aposto que muitos dos leitores passaram ou passam por isto.
  No filme o protagonista não a obriga a moça a nada ele simplesmente pede para transar, ela aceita.

  Os anos passam e aquela “pobre garota” continua a ama-lo mesmo ele tendo se comportado tão superficialmente, alguém que só queria seu corpo.

  A garota do filme é muito bonita, deve ter falado não para muitos garotos legais ...  porque os “espíritos justiceiros” não culpam a menina pelo “trauma” provocado em tantos meninos que ela desprezou? ​​

  Percebem como caminhamos para a loucura/paranoia, quando desenvolvemos certas estruturas de pensamento?
  Se a garota gostasse de “bons garotos” não se apaixonaria pelo protagonista então a pergunta que não quer calar é:

  Em que o espirito da moça é melhor?

  Porque devemos ter dó daquela pessoa que é pisoteada por outra, mas se diz cada dia mais apaixonada?

  Porque todo homem deve ser obrigado a retribuir o amor de uma mulher?

  Filosofar sobre o PRAZER é extremamente complexo.
  Porque gostamos do que gostamos?

  Se uma pessoa sente prazer no sofrimento deveria ser respeitada.

  Da mesma forma quem não gosta de sofrer deve ser respeitado.

  Não gosto de sofrer e sou muito discriminado, como o protagonista do filme sou taxado de “frio e insensível”.
  Claro que já teve amigas que queriam mais que sexo comigo.
  Há países que homens podem casar com várias mulheres desde que as sustente.
 Aqui no Ocidente só podemos casar com uma, bigamia (estar casado com mais de uma pessoa) é crime pelo nosso código penal.

  Só pode haver uma.

  Se uma pessoa tem vários pretendentes, quando diz sim pra uma está magoando todas as outras.






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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Alimentar Traumas

“O espirito insinua que o protagonista estragou a vida daquela pobre adolescente que tinha tanto amor pra dar.”




  Outro “pecado” do protagonista foi trancar seu irmão mais novo em um mausoléu escuro, o garoto nunca mais superou o medo do escuro.
  Mais uma vez os espíritos poderiam intervir no momento em que o mal estava sendo praticado.
  Alguém poderia ter visto, o protagonista poderia ter sido “sensibilizado”, o caçula poderia ter sido mais esperto e não tentar demonstrar uma coragem que não tinha…mas pulemos estes “detalhes”.

  Eu tinha muito nojo de fraldas, por circunstancias da vida acabei tendo que trocar muitas em minhas filhas, tive que aprender a conviver com isso por muito tempo. ​​
  A caçula (Ellen) parecia fazer de propósito, era eu começar a jantar e ela vinha toda “perfumada” solicitando a troca, minha esposa trabalhava a noite e toda aquela “belezura” sobrava para mim.
  Lembro um dia que sentei na mesa para jantar depois de um duro dia de trabalho e lá vinha no corredor aquele toquinho de gente andando meio torto.
  Em um ato de desespero, a música do filme Tubarão começou a tocar na minha cabeça, corri com o prato para o quarto e me tranquei lá, só saí depois que acabei de jantar…

  Quero dizer que eu poderia ficar o resto da vida com “trauma” de fralda, minha filha poderia ficar o resto da vida com trauma da fuga do pai, mas a vida continua ... temos RESPONSABILIDADE em superar nossos traumas.

  Depois que sofremos um acidente grave de trânsito é difícil pegar o volante novamente.
  Aconteceu comigo quando sofri um acidente de moto.
  Usei a moto por mais algum tempo já pensando em me desfazer.
  Vendi e fiquei anos sem usar moto.
  Em certa fase da minha vida ir trabalhar de carro ficou insustentável.
  Usei por um tempo ônibus, mas ficou insuportável.
  Tive que superar meu trauma e voltar a andar de moto.

  O irmão caçula do protagonista “poderia” a partir daquele acontecimento conviver melhor com a falta de luz, poderia esquecer o ocorrido e seguir em frente, mas passou a vida com medo de algum dia ser trancado novamente em um mausoléu!?
  Quantas vezes isso acontece na vida de alguém!?

  

“Não escolhemos o que SENTIR, podemos escolher como AGIR diante de um sentimento.”

  Não dá para evitar sentir medo, porém se fazendo necessário, temos que seguir apesar dele.
  Eu dirijo moto com muito cuidado ... nesse momento da minha vida não posso dizer que sinto medo, superei aquele trauma do acidente.

  Temos responsabilidade sobre os traumas que alimentamos.


  To be continued...





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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Filmes, Espíritos e Kardecismo

  Filmes eram um grande prazer em minha vida, hoje são raros os que consigo assistir.

  Gosto de poder me transportar para dentro da história, me perguntar o que eu faria.

  Isso elimina quase que 100% dos filmes de super heróis.
  O protagonista é cheio de superpoderes, ser corajoso tendo super força ou emitindo raios destruidores ... até eu.
  Dos famosos o Batman é o mais próximo de um ser humano, mas ele tem o poder da super riqueza.
  Eu só tenho super preguiça e super pobreza, se o bandido morrer é de rir.

  Hoje vou escrever sobre filmes que “pretendem” ser enigmáticos.

  Minha mente lógica não gosta de quadros que mais parecem borrões, não sei como alguém pode pagar milhares de dólares por tinta espalhada em uma tela!

  No entanto entendo o “segredo”, o indivíduo olha aquele borrão e imagina o que mais lhe satisfaz, como as divagações mirabolantes da psicanálise ou das religiões.

  Você quer acreditar que o Deus Bíblico é justo e bom?
  Padres e pastores só mostram as passagens bíblicas onde isso acontece.

  Você tem alguma “falha de comportamento”, mas quer acreditar que não tem?
  A Psicanalise lhe transforma em vítima de seus pais (traumas de infância) ou da Sociedade (aí chuta pra tudo que é lado, “o inferno são os outros”)

  Eu faço isso com músicas em inglês, gosto do som e imagino a letra que mais me apraz uma vez que entendo bem pouco de inglês.
  Sabiam que evito ler as traduções?
  Na maioria das vezes a letra que imaginei é muito mais bonita. [Para mim, é claro]
  Notem que estou imaginando/projetando alguma coisa encima de uma base harmônica.
  Tem uma música tocando, um interprete cantando eu imagino a letra.

  

  Se olho para um quadro onde tem uma bela paisagem, consigo me imaginar naquele lugar, minha imaginação é baseada em uma pintura que faz sentido.
  Se olho para um quadro “caótico” posso imaginar absolutamente o que quiser, aquela obra não me diz nada, é apenas minha imaginação em ação.

  Com filmes é a mesma coisa.
  Se existe uma sequência coerente/lógica tenho meios para me entreter com o enigma proposto, imagino soluções possíveis.
  Se o filme é um devaneio do autor ou diretor ... fica difícil.

  Lembrei de quando comecei assistir a série Lost todo empolgado.
  Logo percebi que apenas estavam “jogando tinta sobre a tela”, não passei da primeira temporada.

  

  Meu irmão certa vez me indicou um desses filmes enigmáticos, até me deu o DVD.
  O filme misturava vídeo game com vida real com batalha espiritual com violência gratuita … tudo jogado sobre a tela.
  Lembram daquele Conto de Natal de Charles Dickens e o velho Scrooge de “1843”?

  O filme invocava essa ação de espíritos resgatando os “bons sentimentos” de um sujeito frio e insensível.
  O espírito aparece para o protagonista e o leva para visualizar situações do passado, assistir seus "erros".

   Em uma cena da adolescência do protagonista uma garota lhe “oferece amor”, mas ele deixa bem claro que quer só sexo.

  A garota “cheia de amor” fica a sós em um quarto com um adolescente drogado que só está afim de sexo e ela espera o quê?
  O espirito insinua que o protagonista estragou a vida daquela pobre adolescente que tinha tanto amor para dar.
  Meu questionamento é obvio:

  Se aquele amor era um artigo tão precioso onde estavam os espíritos que não protegeram aquela garota!?

  Esperaram passar anos para virem “atentar” a vida do protagonista!

  Lembram das teorias Kardecistas?

  Ao invés de nos esforçarmos para punir os crimes aqui mesmo na Terra, ficamos esperando por uma justiça que virá em outras existências, em complicadíssimas interações entre espíritos resgatando dividas por séculos.

  Se o indivíduo cometeu um crime hediondo apliquemos uma injeção letal no criminoso e apressemos o processo, na outra encarnação ele saberá que se matar vai morrer também.

[Mas isto é muito lógico e nem um pouco enigmático, olha eu aqui falando com as paredes...]

  As pessoas gostam de histórias mirabolantes cheias de sentido figurado para imaginarem o que mais lhes apraz.
  Não é de se admirar que me achem tão chato.

  Eu não invento a realidade apenas a observo.

  Mesmo que não me dê prazer.

  To be continued... 


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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Fé dos Outros

Orar por outra pessoa dá algum resultado?

  



 👩 “Entre nós budistas existe o conhecimento de que em geral, a prece que fazemos pelos outros, dá mais certo do que as que fazemos ao nosso favor.
  Isso é muito antigo.”
  [Nihil]

  Conheço bem a doutrina budista, mas não tive grande contato com budistas, nunca frequentei essa “religião”.
 Quando um budista ora por outra pessoa o que exatamente acontece?
  Alguma entidade vai ao auxílio do indivíduo ou “energias cósmicas” são emanadas?
  Se um budistas ora por um parente viciado em drogas o vício será abandonado mesmo que o viciado não tenha essa disposição!?
  Assim meio de longe me parece que que budistas são muito iludidos com o poder de suas orações, superestimam demais.

  Tenho um melhor domínio sobre a doutrina cristã, vamos começar com uma análise bíblica.

  Jesus é bem claro quando diz “sua fé te curou”, ele não diz “a Fé dos outros” ou “a minha fé te curou”.

  Fé em quem?
  Fé em Deus.

  Biblicamente somos “medidos” pela fé, tudo que acontece em nossa vida depende da vontade de Deus, posso ser o pior dos pecadores e mesmo assim ter o perdão de Deus e posso ser um homem muito honrado fazedor de boas obras e Deus não me agraciar com nenhuma benção, porque “não somos justificados pelas obras”.

   A Fé assim como a “autoconfiança” são alimentadas por bons resultados.
  Se você ora e consegue alguma coisa sua Fé aumenta.
  Se você ora e seu desejo não é realizado ... dá uma brochada.

  O ponto fora da curva é a imaginação ou auto enganação.
  Seu pedido não foi atendido, mas você imagina que foi melhor assim, “Deus sabe o que faz”.


  Vejam o caso de Moisés.
  Deus falou com ele e por meio dele fez grandes “espetáculos”, se Moisés não tivesse presenciado o poder de Deus será que teria a mesma fé?

  Percebe o enrosco filosófico?

  A Fé é alimentada por resultados “ocorridos ou imaginados” e os resultados dependem da vontade de Deus, logo nossa fé depende da vontade de Deus ou da nossa capacidade de IMAGINAR bons resultados.
  Vou repetir, prestem muita atenção:

  Nossa fé depende da vontade de Deus ou da nossa capacidade de IMAGINAR bons resultados.

  Quando passamos por um infortúnio que aparentemente não merecemos, como uma doença que​​ surge, um assalto ou perda do emprego nos dizem que é uma PROVAÇÃO e será para nosso bem, nos tornará melhores e mais fortes.

  IMAGINAMOS BONS RESULTADOS.
  Imaginamos que o sofrimento é algo bom e mantemos nossa fé.

  Por muito tempo imaginei que ter um pai alcoólatra e uma vida de pobreza cumpria um grande propósito de Deus na minha vida.
  Mas tantos pessoas NÃO tem pai alcoólatra e vivem bem.
  As provações foram tirando minha capacidade de imaginar que o sofrimento é algo bom.
  Qualquer um que convive com viciados em drogas ou bebidas sabe que nenhum resultado bom sai disso.

  Cada dia que passa apenas fico mais velho, não me torno uma pessoa melhor com o sofrimento, este é o resultado de FATO, é o resultado que consigo OBSERVAR.
  Observo que o sofrimento me deixa triste e bons acontecimentos me deixam alegre, em paz.
  Prefiro construir momentos bons que ficar cultuando o sofrimento.

  
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
  Percebo que certas pessoas funcionam como “amplificadoras da fé”.

  Uma das hipóteses é que algumas pessoas são dotadas [geneticamente ou espiritualmente ... como preferir] de um certo “carisma”.
  Diante delas (pelo jeito de falar ou agir) as pessoas se sentem melhor e isso amplifica a fé, esperança, bem estar.

  Jesus “principalmente no início” devia ser muito carismático, bom de papo, para convencer pessoas a segui-lo sem oferecer objetivamente nada em troca.

  [Para esse texto ficar mais “inteligível” esqueça a ocorrência dos “milagres show” como transformar agua em vinho ou multiplicar alimentos, afinal eles não tem a mínima possibilidade de serem comprovados]

  Uma das coisas que nos faz confiar em alguém é a segurança que ele nos passa.
  Se Jesus tinha realmente um contato melhor com alguma “espiritualidade”, falava sobre isso com convicção, dava essa segurança as pessoas.

  Quero dizer que se você está diante de alguém que de alguma forma passa muita segurança sua “fé” é ampliada.
  Isso não é nenhuma “magica” é algo bem observável na nossa natureza humana.

  Pense em um bom vendedor de qualquer coisa ou mesmo em uma boa propaganda.
  O vendedor ou o comercial fala tanto das qualidades de um smartphone que ficamos bem mais propensos a comprar.

 Tudo tem seu lado sombrio...
 Estelionatários de todo tipo também são carismáticos, bons de papo.
 Diante deles você pode acreditar que está fazendo um excelente negócio e na verdade está entrando em uma grande roubada.

  [Vou forçar o desligamento dessa meditação senão ela vai longe, me perdoem mais uma vez a mudança brusca de rumo.]
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
  Carisma por inércia, Fé por inércia.

  Inércia é um princípio da física, também conhecido como a Primeira Lei de Newton.
  É a capacidade de “resistir à mudança de movimento.”

  Uma “celebridade” não precisa se manter carismática sempre com todos, isso é muito útil/essencial no começo depois de iniciado o movimento ele tende a se manter SE não ocorrer um evento que provoque grande resistência contraria.

  Um exemplo fácil e atual é o Lula.
  Depois de muita persistência chegou a Presidência e virou meio que “deus” para muitos, mesmo pessoas que nunca estiveram fisicamente perto dele passaram a idolatra-lo ... por “inércia”.
  A propaganda foi boa, a maioria dos programas sociais foram criados e desenvolvidos no governo FHC, mas Lula ficou com todo mérito.

  Com o Mensalão e depois o Petrolão surgiu uma forte resistência contra a “santificação” de Lula.

  Quero dizer que depois que Jesus virou “celebridade” seu nome ou presença “ampliava a fé das pessoas”.
  As curas pela fé ocorriam e aumentavam ainda mais a “confiança/segurança” no “poder” de Jesus.

  Pessoas acreditavam que só de tocar nas vestes de Jesus algum milagre ocorreria.
  Claro, deduzimos que outros “olhavam torto” pra tudo isso.

  Aqui chegamos ao amago do entendimento dessa meditação.

  Uma lupa amplia do mesmo jeito um grão de mostrada ou caroço de manga.
  É evidente que o caroço de manga vai ficar bem mais visível, ele já é grande.

  Então por mais que uma pessoa receba oração dos outros ... se ela não tem “fé”, não está realmente disposta a caminhar em outra direção ... o efeito é pífio (pra não dizer nulo).

  Depois de iniciado um “movimento” até um amuleto ou estatueta pode ser um amplificador da fé.


  Não dá para ampliar o que não temos, seja pela oração dos outros, pela presença de alguma “celebridade gospel” ou estar diante de um “símbolo sagrado”.




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