quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Mercantilismo

  


  A "interpretação da História" pode ser bastante flexível.
  Não tinha alguém gravando em áudio e vídeo tudo que acontecia.
  
  Podemos limitar a flexibilidade fazendo nossa própria pesquisa, comparando fontes e pontos de vista até chegarmos a nossa própria opinião.

  Uma interpretação histórica muito comum é:

1 -  Havia o Feudalismo com reis e camponeses.   

2 -  A burguesia trouxe o Capitalismo com comerciantes e donos de indústria. 

3 -  Os "intelectuais" trouxeram o Socialismo com a "revolução do proletariado".

  Quando pesquisei percebi que (pelo menos em nosso sistema de ensino) o Mercantilismo é pouco citado.
  Essa é uma meditação "informativa", se quer fazer sua própria pesquisa coloque a palavra Mercantilismo em alguma rede de busca e bons estudos.

1 - O Feudalismo foi a forma de organização social e econômica instituída na Europa Ocidental entre os séculos 401 a 1500, durante a Idade Média. 
  Baseava-se em grandes propriedades de terra, chamadas de feudos.


2 -  O Mercantilismo foi um conjunto de práticas e ideias econômicas que vigorou na Europa de 1501 a 1700. 
   Originou um conjunto de medidas econômicas diversas de acordo com os Estados.
  Caracterizou-se por uma forte intervenção do Estado na economia.
  Consistiu numa série de medidas tendentes a unificar o mercado interno e teve como finalidade a formação de fortes Estados-nacionais.

  É possível distinguir três modelos principais: 
➨Balança comercial favorável 
➨Pacto colonial 
➨Protecionismo.

  O mercantilismo originou-se no período em que a Europa estava passando por uma grave escassez de ouro e prata, não tendo dinheiro suficiente para atender ao volume crescente do comércio.
  As políticas mercantilistas partilhavam a crença de que a riqueza de uma nação residia na acumulação de metais preciosos (ouro e prata), advogando que estes se atrairiam através do incremento das exportações e da restrição das importações. 
  Essa crença é conhecida como bulionismo ou metalismo.
  O Estado desempenha um papel intervencionista na economia, implantando novas indústrias protegidas pelo aumento dos direitos alfandegários sobre as importações, (protecionismo), controlando os consumos internos de determinados produtos, melhorando as infra-estruturas e promovendo a colonização de novos territórios (monopólio), entendidos como forma de garantir o acesso a matérias-primas e o escoamento de produtos manufaturados.
  A forte regulamentação da economia pelo mercantilismo será contestada na segunda metade do século XVIII por François Quesnay.

[Wikipédia]


  Notem que o pensamento corrente na humanidade seja na Monarquia ou na Republica era a intervenção máxima do Estado.

  O “pensamento novo” em nossa história é Adam Smith e suas ideias de Livre Mercado, intervenção mínima do Estado.
  Quando chamam defensores do Liberalismo Economico de retrógrados ... não entendo porque!?
  Marx, Lenin, Stalin defendiam intervenção máxima do Estado tal qual os pensadores antigos.

  Adam Smith viveu de 1729 a 1790 - 61 anos
  (Livro Riqueza das Nações publicado em 1776 -Surgimento "formal" do Capitalismo.)

  Karl Marx viveu de 1818 a 1883 - 65 anos
  (O Capital publicado em 1867 - Surgimento "formal" do Socialismo.)

   
  O que havia em 1770 na fase adulta de Adam Smith era o Mercantilismo que concentrava cada vez mais poder nas mão do Estado.
  Percebam que o tão "execrado" colonialismo europeu (por exemplo) foi fruto do Mercantilismo.

  O companheiro Smith trouxe algo novo.
  Lenin, Stalin ... foram os "retrógados".
  Não só defendiam Estados fortíssimos como antigamente, e ainda propunham abolir a propriedade privada.
  E o que eram os países satélites da Rússia senão colônias onde eles faziam o que bem entendiam?

  
   Opinião todo mundo tem, o que falta é argumentação.









 Meu colega Felipe é terrivelmente evangélico e terrivelmente petista.
  Felipe, o terrível...🙂😂







.

Nenhum comentário:

Postar um comentário