sábado, 30 de outubro de 2021

Meia Entrada

  


   Gosto da Matemática como apoio a Filosofia. 
 
   Geralmente as pessoas defendem suas opiniões quase que desconsiderando a matemática, daí eu trago números para o debate.
  Em um debate recente aconteceu algo diferente que é pouco frequente.
  Comentaristas priorizando os números e praticamente ignorando a Filosofia.

  O assunto é o fim da meia entrada.
  A preocupação de muitos é quanto isso vai impactar nos preços, se não é mais uma enganação.
  Cálculos e expectativas a parte meu foco é outro:

  Porquê foi implantada a meia entrada!?

  Defendo que não deveria existir tal medida como uma imposição do Estado.
  Depois tem gente que questiona aquela tabela de liberdade econômica que coloco em muitos dos meus textos.

Índice de Liberdade Econômica

  Queremos que o Estado Paizão interfira em tudo, os políticos fazem a nossa vontade para conseguirem votos. 

  Sou Centro Direita, defendo o Estado como regulador e fiscalizador sem interferir demais nas atividades econômicas.
  Sei que isso é muito "elástico", subjetivo.
  Por isso não podemos nos ater só em números, é preciso meditação, até chegarmos a um consenso.

  Se o proprietário do estabelecimento quer fazer algum tipo de promoção ou estratégia para atrair clientes tudo bem.
  Aceito meia entrada para estudantes, entrada grátis para mulheres, desconto para aniversariante, brindes...
  Mas isso deve ser decisão do empreendedor.
  Uma coisa é por medida sanitária o Estado obrigar a usar mascaras (por exemplo).
  Outra é obrigar o comerciante a dar desconto em nome de uma causa "ideológica" qualquer.

  Uma das justificativas é que o Estado intervém para ajudar os mais pobres que não tem acesso a cultura.

  Sei lá, para aquelas famílias muito pobres, mesmo a meia entrada é cara, geralmente a família tem outras prioridades, como alimentação, saúde, educação.
  A medida acaba beneficiando da classe média para cima.
  Justo a parcela da população que os "mais a esquerda" chamam pejorativamente de burguesia.

 
Outra justificativa é estimular o interesse das crianças pelas artes.

  A quem interessa que a nova geração se interesse por "cultura"?
  Os principais interessados são os que vivem disso.
  Eles que façam suas promoções.


  😠"O Estado tem obrigação de educar as crianças para que apreciem a arte."
 (Comentarista)

   Humm ... defendo o de sempre.
  Quem educa é a família, o Estado "escolariza".

  Se o pai  gosta muito de teatro é normal que leve os filhos.
  Se eles vão desenvolver a mesma paixão, isso não dá para prever.

  "Cultura" em se falando de arte é muito subjetiva.
  Cobra-se meia entrada para ver o filme dos Vingadores por exemplo.
  Quem pode falar que não é cultura?
  Quem consegue defender que  "Hollywood" precisa desse tipo de ajuda?

  E aquele show de Carimbó?
  Se não tem quem pague toque de graça, dance por prazer.
  Um grupo defende que "não podemos deixar o Carimbó morrer" e tome lei de incentivo a cultura.
  Eu não assisto show de Carimbó nem de graça na TV Aberta, cobrar entrada inteira ou meia para eu assistir no teatro não vai fazer diferença.
  (Por favor, não é uma estilo de musica que eu goste, mas desejo vida longa e próspera ao Carimbó, foi só um exemplo.)

  Vejam meu caso.
  Considero o que faço uma arte.
  Consigo simplificar bastante temas complexos.
  Claro que gostaria de ganhar dinheiro com isso a ponto de deixar meu emprego atual.
  É justo você me bancar com o dinheiro dos impostos, mesmo não gostando da minha "arte"?

  Decifre-se ou seja devorado!



____________________


Nenhum comentário:

Postar um comentário