quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Inteligência Básica



  Uma questão de Física pra vocês. 

   O foguete William parte da Terra rumo ao espaço infinito na velocidade de mil quilômetros por hora.
  O foguete Bezos parte da Terra rumo ao espaço infinito na velocidade de 10 mil quilômetros por hora.

 
a) Em que momento a distância entre os dois foguetes irá diminuir?

 b) Quando William alcançará Bezos?


  Perguntas idiotas, né?
  A pessoa fica até desconfiada se tem alguma pegadinha.

  Então vamos mudar para Economia.

  O William tem uma renda e nível de gastos que o permite poupar mil reais por mês.
  Bezos 10 mil.

a) Quando minha reserva financeira vai se aproximar da dele?

b) Quando irei concentrar tanto capital quanto Bezos?



  Porque aceitam conceitos de velocidade e distância tão bem na Física, mas na economia não!?

  Para mim é "inteligência básica", quase instintivo.
  Mesmo que eu fosse analfabeto, sem entrar um único dia em sala de aula essa percepção de velocidade e distância seriam bem claras.

  Daí vem aquelas manchetes que me entediam, mas deixa a maioria indignada, como se fosse uma grande novidade negativa.
  "A fortuna de Bezos cresceu ainda mais durante a pandemia."

  "A concentração de renda aumentou."

  Caraca!

  Como poderia ser diferente!?

  Eu William, continuo empregado, mas não vejo aumento faz tempo.

  Por ser funcionário público qualquer reajuste para minha categoria impacta bastante o gasto da Estatal ou do Estado.

  Na iniciativa privada com o nível de desemprego tão alto poucos se arriscam pedir aumento de salário.

  A maioria são pequenas e médias empresas que precisaram se endividar para sobreviver a pandemia, muitas não resistiram.

  Quem esta desempregado vivendo de auxilio ... o foguete esta "no mínimo" parado.

  Observem que é tudo muito complicado de resolver, mas facílimo de entender, é quase instintivo.

  Mesmo na guerra sempre tem quem ganha com a situação.
  Brasil e Argentina foram bem privilegiados na Segunda Guerra, estavam  longe do conflito e receberam grandes investimentos para fornecimento de produtos.
  Brasileiros e argentinos devem ser execrados por terem uma vantagem natural em um momento tão perturbador!?
  (Só um exemplo, entre tantos possíveis.)

  Com pandemias não é diferente?
  Álcool, máscara, serviços hospitalares, supermercados... setores muito beneficiados.

  Acredito que o pessoal da enfermagem viveu (ou vive) uma fase de pleno emprego.
  A China foi afetada, mas não para de crescer em um mundo onde a grande maioria dos países encolheu.

  O comércio online teve um grande incremento.

  Poderíamos falar que salvou muitas vidas por evitar aglomerações, mas preferimos falar que enriqueceu mais do que devia explorando a população...

  A pandemia favoreceu o comércio online, isso é um fato que até analfabeto consegue entender o porque.
  Vamos odiar as Americanas e o Mercado Livre por nos propiciar esse serviço!?
  Os Estados Unidos tem que estatizar a Amazon!?

  Vamos estatizar as redes sociais porque o "fique em casa" favoreceu muito os relacionamentos virtuais, enriquecendo esse tipo de empresa!?

  Gente, a situação mundial está complicada.
  Não vejo como pode melhorar se tantos de nós deixarmos nos guiar pura e simplesmente pela INVEJA.

  Todos temos "inteligência básica" que tal começar a usar?

  Se entendemos o que esta acontecendo fica mais fácil pensar soluções.
  Se nem ao menos identificamos o problema ficamos a mercê da sorte, a espera de um "milagre".








  









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